terça-feira, novembro 18, 2014

Apogeu e queda

O que há de comum nos anos recentes além de decepções no futebol do Inter? Respondo: quedas ACENTUADAS de produção no 2º semestre.

Nos últimos 3 campeonatos (inclusive no ano passado, onde quase caiu) o Inter oscilou entre postulante a títulos a figurante nos últimas semanas do ano. O desempenho da equipe no 2º semestre, especialmente em setembro, outubro e novembro tem sempre caido vertiginosamente.

Este ano apesar de nosso amado time ainda estar brigando por Libertadores talvez até a última rodada, deixamos de ser o real perseguidor ao Cruzeiro (e com diferença de vários pontos para as equipes de fora do G4) para ser a equipe que precisa vencer todos os seus jogos restantes ou terminar ter que torcendo por resultados paralelos, o que por si só é uma frustração considerável.

A queda de desempenho é díficil de explicar, mas é possível elencar alguns fatores, em ordem de importância: plantel com elevada média de idade, preparação física deficiente (e consequentemente lesões em abundância), desequilíbrio técnico na composição do grupo (algumas posições com absurda deficiência de reposição e qualidade, sobrecarregando alguns jogadores), baixo aproveitamento da base entre outros.

Entrando no campo subjetivo é possível também alegar que a queda de desempenho também reside (ou origina-se) na falta de uma política de futebol clara, com reflexo na comissão técnica e  jogadores, onde falta mentalidade de equipe vencedora e comando para manter os atletas motivados e focados em vencer TODAS as competições possíveis.

E assim é composto o cenário (re)corrente do colorado no final de ano: precisamos vencer as duas partidas em casa para chegar com reais condições de vaga na última rodada. Classificação com pontuação de 4 a 6 pontos nestes últimos jogos irá depender de uma série de resultados paralelos que parecem improváveis de momento.

A realidade é que todas nossos concorrentes ao G4 estão em melhor momento técnico e em curva ascendente, ou seja, jogando muita mais bola que nós.

Além da campanha fraca nos chamados confrontos diretos, o Inter especialmente pecou em confrontos chaves: as derrotas para Corinthians e Grêmio não apenas geraram uma carga de pressão extra nos ombros do time, mas também reabilitaram rivais diretos, que hoje parecem muito próximos a vaga devido a suas ultimas atuações.

Não há outra alternativa: é aproveitar a promoção (e o preço) e lotar o Beira-Rio para vencer o Atlético Mineiro nem que seja na marra. Se a Brio tiver um mínimo de visão estende a oferta para o jogo contra o Palmeiras, ambos jogos chaves para o resultado final do semestre (e do ano).

Com o Gigante rugindo é vencer ou vencer para atingirmos o prêmio de consolação e começar 2015 planejando um investimento maior advindo das receitas vindouras da competição continental. Ou seja, há muita coisa em jogo.

Sábado é dia de matar ou morrer.

A torcida colorada sempre faz a parte dela.

Cabe ao time fazer o mesmo.

SC
@Davi_Inter_BV