quarta-feira, outubro 02, 2013

Disco Furado

O que dizer que ainda não foi dito? O que esbravejar ou tecer teorias das mais altas ou baixas (ou até conspiratórias) que já não foram tocadas? Ando sumido, é verdade, mas o que eu tenho de novo para comentar? Ou de onde tirar tesão para desenvolver uma ideia que envolva esse time?

Erros que se repete ano após ano. Deficiências demonstradas jogo após jogo, e não são tratadas. Haja paciência, Deus!

Incrível como o INTER (instituição, não time) reflete a realidade ética e financeira do Brasil. Capital financeiro para ser uma potência mundial, mas qualidade técnica duvidosa, salva por algumas exceções e gestão amadora que põe tudo a perder. Além de ter um direcionamento discutível dos recursos captados.

Eu sou contra revoluções de internet, daquelas que meia dúzia de palavrões jogadas na rede bastam para sanar a sede de justiça dos revolucionários. Estão brincando com o dinheiro alheio e estragando a diversão das pessoas, evidências de roubo, má gestão e desvio de recursos do clube não surpreenderiam ninguém, e tudo isso em nosso próprio quintal.

Quanto aos resultados e desempenho não culpo aos jogadores ou a comissão técnica em primeira instância, porque, afinal, quem foi que colocou eles lá e quem deu as condições de trabalho? Não vou nem entrar no mérito do calendário, é mais uma expressão da mais pura "brasilidade do jeitinho": ZONA! PORCARIA! AMADORISMO!

Os caras não tem tempo de recuperação, de treinar... de porra nenhuma (só pra uma festinha aqui, uma ida ao exterior ali...). Daí seguimos ano após ano na involução técnica dos torneios nacionais. Enquanto isso, provavelmente alguém numa sala não muito distante daqui conta dinheiro que entra em sua conta enquanto seguimos cegos doando nossas suadas moedinhas ao time e jogando tempo de nossa vida fora com o pior "espetáculo" do mundo.

Uma sensação de vergonha alheia toma conta de mim, seguida da expressão "que cagada seria", quando lembro que uma vez estive a dois segundos de pegar uma cadeira e bater na cara de um colega de trabalho gremista que tripudiava das minhas feridas mazêmbicas recém abertas. Só Deus sabe quanta raiva senti naquele dia, a ponto de jogar toda minha carreira fora. Não era nem pelo boçal de meu colega invejoso, que teve a única brecha na vida para me incomodar, nem na insuficiência do time de superar os africanos, mas o conjunto da obra, uma comédia pastelão anunciada. Só a gente mesmo pra acreditar que um time treinado pelo Celso Roth, com as peças que tinhamos, naquela vontade e com o dedo do Giovani Luigi ia ser campeão do mundo. Essa raiva é toda vossa sr. Presidente! E, claro, sem esquecer dos amigos! 

E vem cá: quando é que o Leandro Damião vai voltar a jogar futebol? Desde que ele assinou com a 9ine só pensa em enfeitar a jogada. Onde foi parar aquele jogador raçudo, aquele varzeano trombador que aprendi a respeitar? Aquele touro que fazia os zagueiros entrarem em campo borrados? Se alguém ver esse rapaz, por favor encaminha para o Dunga escalar no ataque.




Falando em disco: minha música favorita do último
vinil que comprei na vida do jeito tradicional
(ver, escolher, pagar na loja de discos, ouvir...)