terça-feira, maio 13, 2008

43 O Oitavo Título

Escrito por Raul Pons

Em homenagem aos 8x1 no Juventude, na final do Gauchão, a história do octa-campeonato, em 1976.

No início de 1976 o Internacional começou a temporada com grande otimismo. A equipe iria tentar o bicampeonato brasileiro, o inédito título da Libertadores e o octa gaúcho. Na revista Placar, a direção afirmava que a prioridade era o octacampeonato gaúcho. Mesmo assim, uma empresa de Porto Alegre publicou anúncios nos jornais com o título: "Pode começar a tremer, Beckenbauer", em referência ao Bayern de Munique, que enfrentaria o campeão da Libertadores na Final Intercontinental.

Como reforços, o clube apresentava Marinho Peres, ex-Barcelona, o centroavante Ramón, ex-Santa Cruz, e o ponteiro-esquerdo Genau, ex-Colorado. Apenas o zagueiro tinha garantia de ser titular. Ramón tinha feito um bom campeonato brasileiro em 1975, e chegara a atuar pela seleção do campeonato, contra o Internacional, mas ia disputar vaga com Flávio. E Genau era uma jovem revelação paranaense, uma aposta para o futuro.

Antes de estrear no campeonato gaúcho, o Internacional já estava eliminado da Taça Libertadores, e havia um certo desânimo na torcida. Mesmo assim, 7.000 colorados foram ver a estréia, contra o São Luiz: 5x1 para o Colorado. A seguir, um clube inicia uma série de resultados positivos, que só vão sofrer um abalo na 8ª rodada, quando empatou em 0x0 com o Bagé, no interior. Nesta partida, aos 24' do 2º tempo, o jogador Otávio, do Bagé, cortou um cruzamento com a mão, dentro da área, mas o juiz José Luiz Barreto preferiu não marcar nada.

A desclassificação na Libertadores, algumas partidas sem brilho no campeonato gaúcho e notícias de crises internas no clube (possíveis saídas de Lula e Minelli, brigas entre jogadores) levavam muitos a afirmar que o clube estava em decadência. Para provar o contrário, o Colorado decidiu massacrar um adversário, e quem pagou o pato foi o pequeno Ferrocarril, cujo goleiro pesava 105 kg e o técnico era o presidente do clube, que argumentava que com um técnico profissional perderiam de qualquer jeito, e sairia mais caro. Porém, o Ferrocarril, se fazia uma campanha ruim, não sofrera nenhuma grande humilhação, Sua maior derrota havia sido para o Grêmio (0x5), e até tinha derrotado o Internacional SM, em Santa Maria, por 1x0. Mas no dia 23.05.1976 um vendaval vermelho desabaria sobre o time, deixando-o completamente destruído, no gramado do Beira-Rio. Jogando para provar que ainda era o poderoso esquadrão campeão brasileiro, o Internacional chegou fácil aos 5x0, ainda na 1ª etapa. No intervalo, em vez de pedir para o time diminuir o ritmo, Minelli incentiva a produção ofensiva: quer mais gols. Dallegrave chega a prometer uma compensação financeira por gols marcados. E o pobre Orlando teve de mover seus 105 kg e trabalhar, fazendo pelo menos 4 grandes defesas, mas sofrendo mais 9 gols! A partida terminou 14x0 para o Colorado, na maior goleada da história do Beira-Rio, e do campeonato gaúcho profissional. Detalhe: O Internacional jogou desfalcado de Falcão e Lula, convocados para a Seleção Brasileira.

Na época, clube que tivesse dois ou mais jogadores convocados para a Seleção podia adiar seus jogos para mais tarde, quando os atletas voltassem. Internacional e Grêmio tiveram dois convocados, mas enquanto o tricolor preferiu esperar a volta dos selecionados, o Clube do Povo preferiu continuar jogando, mesmo com os desfalques. E venceu as três partidas sem os selecionados. Alternando boas partidas com jogos encardidos no interior, onde o chuveirinho para Escurinho resolvia tudo no final, o Colorado foi avançando, de vitória em vitória, até a partida contra o xará de São Borja. Nessa partida, depois de dois gols iniciais, o empate em 1x1 arrastava-se até o final, e o Colorado da capital, desfalcado de Cláudio Duarte, Caçapava e Lula, não conseguia vencer a retranca do Internacional local. Até que Valdomiro marcou o segundo gol. O juiz Luís Louruz confirmou o gol, mas acabou voltando atrás, por intervenção do bandeirinha, e o anulou: durante 12 minutos choveram pedras sobre o trio de arbitragem, arrancadas pelos colorados do concreto do estádio.

Irritada com o tropeço, a direção colorada decidiu trocar Ramón, que vinha fazendo seus golzinhos, por Dario, folclórico centroavante que estava no Sport. Na rodada seguinte, Ramón já estava de volta a PE, 6 meses depois de ter saído do Santa Cruz, e Dario estreava no Colorado marcando o gol “Ítalo-Brasileiro”, no Esportivo. No Gre-Nal que encerrava o turno, o Grêmio chegou com dois pontos de vantagem, pois havia vencido todos seus jogos. Se empatasse, ganharia o turno, algo que não acontecia há muitos anos. Se perdesse, haveria jogo-extra. Os gremistas sonhavam com o empate, mas foram derrotados, em uma partida que foi recorde de público e renda. Mas no jogo-extra os gremistas vencem, e fazem um carnaval no estado, como se tivessem ganho um título.

Os dois turnos seguintes eram curtos: apenas as 4 melhores equipes se enfrentariam. O vencedor de cada turno classificaria-se para as finais. Se o Grêmio ganhasse os dois turnos restantes, seria campeão. Se uma equipe chegasse nas finais com 2 turnos ganhos, entraria com um ponto de vantagem. E no 2º turno o Colorado venceu todos os adversários. No Gre-Nal, jogo tenso e pancadaria, com 5 expulsos: os colorados Falcão, Hermínio e Dario, e os gremistas Alcino e Eurico.

No 3º turno o Internacional chegou ao Gre-Nal jogando pelo empate. O Grêmio vencia o jogo até os 45’ do 2º tempo, e ficava a uma vitória do título gaúcho. Mas em uma cobrança de escanteio Escurinho empatou, e a vantagem trocou de lado. Dizem os outros atletas que, na hora da cobrança do escanteio, Escurinho estava repetindo, baixinho: vem pra mim, bola, vem pra mim...

Se o Internacional vencesse o primeiro Gre-Nal da decisão, seria campeão. Caso contrário, haveria outro jogo. A partida foi morna até os 10' do 2º tempo. Quando a torcida colorada viu a placa indicando que Escurinho entraria, iniciou uma manifestação de alegria que prolongou-se por vários minutos, como se fosse um gol. Durante esta agitação, sucederam-se as jogadas ofensivas coloradas. Aos 11', com Escurinho em campo, um escanteio leva pânico à defesa gremista. Aos 13', Falcão faz um carnaval de dribles na defesa gremista, mas perde o gol. No lance seguinte, Lula aplicou uma meia-lua em Ancheta e tocou por cima de Cejas, para abrir o marcador. A vibração pela entrada de Escurinho emendou-se com a comemoração do gol. Também foi de Lula a jogada do segundo gol. O ponteiro recebeu a bola no meio de campo, correu com ela até a área e tocou para Dario, livre, concluir. Aos 41' do 2º tempo, Bolívar foi expulso. Com este resultado o Internacional sagrou-se octacampeão gaúcho.

Campanha:
1º Turno
5x1 São Luiz (C) – Falcão (3), Ramón e Escurinho
1x0 Ypiranga (F) – Ramón
4x0 Sá Viana (C) – Figueroa (2), Ramón e Enrico (contra)
4x1 Juventude (F) – Lula (2), Figueroa e Caçapava
1x0 Cruzeiro (C) – Escurinho
1x0 Caxias (F) – Batista
4x0 Gaúcho (C) – Ramón (2), Escurinho e Marinho Peres
0x0 Bagé (F)
4x0 Riograndense RG (C) – Flávio, Genau, Escurinho e Cláudio (contra)
14x0 Ferrocarril (C) – Valdomiro (3), Ramón (3), Caçapava (2), Genau, Carpegiani, Flávio, Cláudio Duarte, Escurinho e Lula
2x0 Internacional SM (C) – Escurinho e Ramón
1x0 Atlântico (C) – Figueroa
3x1 Estrela (F) – Lula, Carpegiani e Ramón
1x0 Santa Cruz (F) – Escurinho
1x1 Internacional SB (F) – Figueroa
3x0 Esportivo (C) – Jair, Dario e Borjão
3x0 Guarany BA (F) – Dario, Jair e Valdomiro
1x0 Atlético (F) – Escurinho
2x0 Grêmio (C) – Figueroa e Carpegiani
Jogo-extra
0x2 Grêmio (F)
2º Turno
3x0 Esportivo (C) – Valdomiro (2) e Jair
4x2 Caxias (C) – Jair, Dario, Lula e Valdomiro
1x0 Grêmio (C) – Beto Fuscão (contra)
3º Turno
2x0 Esportivo (C) – Carlão (contra) e Batista
1x0 Caxias (F) – Lula
1x1 Grêmio (F) – Escurinho
Final
2x0 Grêmio (C) – Lula e Dario

43 Comentários:

cjr-sp disse...

Genial Raul...simplesmente genial.

Eu nao tenho palavras para descrever aquilo e nem me lembrava de todos esses detalhes que tu colocaste aí...mas quando me vem na cabeça...só consigo pensar numa coisa....GENIAL.

Julio.Colorado em Sampa disse...

Grande PROFESSOR Raul, grande lembrança. Jamais esquecerei de 22 de agosto de 1976. Quando fizemos o oitavo gol no juventude imediatamente lembrei do Octa.

Só para confirmar. Acho que 76 foi o último ano do Borjão no Inter. Estava vendo e só aparece um gol dele em todo o Gaúcho. Tá certo que ele ficava longe do Flávio(75) e do Dário(76), mas eu gostava dele como reserva.

Só para os mais jovens, vejam os goleadores do Inter da época: Marinho Peres, Falcão, Batista, Figueroa, Dário, Lula, Carpegiani... Nossa, o Manchester iria tremer só em pensar em nos enfrentar.

Julio.Colorado em Sampa disse...

Desculpa aí Escurinho, Jair, Valdomiro....

Malafa disse...

Humildemente, consegui retirar meu post.

No final da manhã publico de novo.

Valeu professor, grande post!

abs

Colorado de Esmeralda disse...

Bem, como eu nasci em 75, já fui campeão brasileiro em seguida..hehehe.Pena que não estava "apto" a comemorar os títulos nacionais devidamente.Pior foi esperar até 2006 para comemorar algo digno de nota.Mas sinceramente, valeu a espera.Com o Inter rumo à Libertadores 2009 e com o Inter sempre!

geoband disse...

Muitíssimo obrigado Prof. Raul!

cjr-sp disse...

Tem alguns detalhes que dá para se comparar com o futebol atual...

Como por ex na época o LULA E O VALDOMIRO conseguiam cruzar certinho, na medida para o Flavio/Dario.??? Quando a bola subia já dava para levantar das cadeiras que ia ser gols, metade das vezes....hehehe.

Hoje em dia..nao sei o que acontece...mas os jogadores de qq time tem enorme dificuldade para fazer um cruzamento perfeito mesmo quando escapam da marcaçao.

Hoje temos um representante brasileiro na libertadores que vive as custas de um ala campeao da libertadores pelo colorado, graças ao FC diga-se de passagem senao ele estaria na reserva do rubens cardoso até hoje...mas enfim, é o principal, salvador da patria bambi hoje em dia, só que pq sabe meter uma bola bem metida.

Ou seja, em todo universo nacional, temos um bom cruzador de bolas...o JW.

Naquela época eram incontaveis...depois ainda veio uma safra muito boa...que nem aquele ataque do guarani...com capitao careca e bozó...e com zenon no meio que metia a bola aonde queria com total precisao.

Hoje é raro um jogador que sabe chutar/cruzar.

Teríamos que apelar para o riquelme que sequer tem a precisao de um Zenon.

Enfim...quem viu viu...agora só em DVD...E POR ISSO ACHO QUE A DIREÇAO COLORADA DEVE ISSO AOS SEUS TORCEDORES...UMA COLEÇAO COMPLETA DOS ANOS SETENTA...

ps. remasterizados, editados e liberados em alta definiçao...hehehe.

Marimas disse...

Raul, faço minhas as palavras do Geoband... obrigado por mais uma vez nos contar um pouco da história do nosso colorado (sou de 82).

Agora, sem querer fugir muito do tópico, cheguei no trabalho e fui fazer minha via crúcius colorada matinal... tava lendo a coluna do Inter no finalsports e achei isso aqui:

"O fato é que as torcidas que as barras aqui do Sul estão consolidadas como um exemplo vitorioso de “décimo segundo jogador”. Os fogos, barras verticais, panos, bumbos, murgas, sinalizadores, bandeirolas, músicas e torcedores que apóiam o jogo todo são o lado maravilhoso de um estilo de torcer nem sempre exemplar, principalmente no que diz respeito à violência, em muitos casos uma violência covarde. Porém o espetáculo proporcionado supera qualquer coisa."


Alguém concorda com isso?!! Achei um absurdo o cara escrever uma coisa dessas...

O texto como um todo até que tá legalzinho, mas esse parágrafo não precisava!

Marimas disse...

O texto na íntegra:

http://www.finalsports.com.br/colunas_dupla/inter.php

Almilano disse...

Sensacional Prof. Raul, eu acho muito bala esses posts!!!!

Imagina se hoje a direção de um time priorizar o campeonato regional em vez de uma libertadores, dá uma revolução na torcida heheheh

Ouuuuuuuuutros tempos...

Pior CJR, é só ver em BOLA PARADA também, que teoricamente é muito mais fácil de ACERTAR o cruzamento.

Os caras não acertam UMA!!!!

É irritante. Escanteio é sempre baixo e no primeiro poste.

Cruzamento é sempre baixo, mesmo com bola rolando, e quando não é baixo, é um balão no segundo poste, se catá bando de perneta!!!!!

Como é que os caras não aprofundam isso na base eu não entendo!!!!

Guilherme CB disse...

Muito bacana o post, espero daqui a dez anos ler um post sobre o inter de 2005 e 2006.

Acabei de ver a nova camisa do Gremio, é de chorar de rir, sinceramente nunca vi uma camisa de futebol TÃO FEIA, um material de baixissima qualidade, perto dessa camisa a RBK do inter é um luxo!!

Marco disse...

Raul: brilhante!

Grandes recordações!
Este time aí, que foi o Time da Década de 1970, nos dava uma sensação de superioridade tão grande, que quando sentávamos para ver o jogo, a confiança era tão grande que só esperávamos o momento dos gols.

Não "se", mas "quando". Guardadas algumas proporções, este time atual está me dando, aos poucos, a mesma sensação.

Ainda está a confirmar, claro, mas boto fé.

Com três bons reforços (LD, LE e um meia) dá para atingir este nível. Falando em reforços, o que acham daquele LE do Caxias?

Marco disse...

CJR

concordo contigo, mas acho que se dá por dois motivos.

O primeiro, é que os pontas da época faziam exatamente e somente isto: levavam o marcador e cruzavam para o centro-avante, na marca do penalti. Tinha o Gil, ponta-direita do Botafogo que gostava de driblar para dentro e bater de esquerda, fazendo muitos gols assim. E o nosso Valdomiro, que idem ibidem, mas batia muito melhor, além de chegar para cabecear também quando a bola partia do Lula.

O outro motivo tem a ver com isto, mas muito mais com fundamentos do futebol. Os moleques da década de 1970 tínhamos uma brincadeira que, hoje, pouco se vê, que era brincar de cruzamento. Um ficava cruzando até sair gol (ou até aprender a cruzar, como dizíamos), daí ia para a área cabecear e o "goleiro" ia cruzar. Quem marcava o gol escolhia o goleiro. O jogo acabava quando alguém atingisse uma certa contagem (geralmente 10).

Com isto, a molecada do dente-de-leite já sabia cruzar por natureza. Qualquer um que queria ser atacante, se fosse alto iria de centroavante, se fosse baixa teria que ser ponta, mas daí tinha que saber driblar e cruzar.

Estas características dos pontas eram até mais importantes que saber fazer gol. Vide o Cafuringa, que fez certo sucesso no Rio de Janeiro e que é o caso mais notório de atacante perdedor de gol.

Colorado de Esmeralda disse...

Marimon, essa escrita do colunista do finalsports foi lamentável.Vai na contramão de tudo o que se tem falado até agora em relação ao convívio civilizado das torcidas.Não há espetáculo que apague a imagem daquele torcedor morto a pauladas em São Paulo, nem lembro de que torcida, passando em rede nacional já faz um certo tempo.

diana oliveira disse...

era um torcedor do são paulo, q morreu espancado.

marimon e col-esmeralda,
vcs pegaram uma frase do texto do cara e transformaram na mensagem q ele quis passar... não é por aí.

por falar em torcida, acabo de falar com o serginho q tá em recife, vai trabalhar no jogo de hoje. ele tá no mesmo hotel do inter e me disse q teve foguetório das 21:00 às 5 da matina. sem sossego.
acho q a história do foguetório aqui em poa vai nos causar problemas em jogos fora de casa. vão nos devolver a "gentileza".

essa estratégia deve ser repensada. acho q causa antipatia em alguns e dá idéia pra outros.

abrçs

Marimas disse...

Diana, na boa mesmo, não te entendi... como assim transformaram na msg que ele quis passar?! Pra mim tá bem claro, escrito com todas as letras o que ele quis dizer...

Quanto ao foguetório, foi bem o que tu falou... li hj que nem é comum essa prática em Recife, mas como foi feito aqui no sul eles resolveram dar o troco...

Marimas disse...

Aliás, de onde saiu essa história de foguetório, é coisa nossa?!

Colorado de Esmeralda disse...

Dona Diana: meu comentário foi em relação ao parágrafo em epígrafe.Não transformei o trecho do texto em opinião, mas que o texto SUGERE isso, sugere.E de qualquer forma é lamentável que o que deveria ser uma festa se transforme; por vezes; em assassinatos como aquele que lembrei no meu comentário.

cjr-sp disse...

É verdade Marco...

Me lembro de que usavamos o gol nessa brincadeira, sendo aquele brinquedo que se ve em pças que vai se dependurando e segurando com as maos no alto em barras..atravessa-se uns 5 metros até chegar o outro lado.

Era a goleira perfeita...e a grande brincadeira mesmo era o cruzamento para subir de cabeça e marcar o gol...agora que tu falou isso me lembrei dos meus 10 anos de idade.

diana oliveira disse...

bom, se vcs não entenderam eu (de novo) não vou explicar...

acordaram hoje no clima "don't touch me"

Colorado de Esmeralda disse...

Eu, hein...

Marimas disse...

Diana, eu perguntei numa boa, não entendi o que tu quis dizer com a frase e nem acordei atravessado hj, de verdade!

Vou acordar atravessado amanhã se não classificarmos hj, mas no momento eu tô bem tranquilo, só realmente não entendi o que tu quis dizer.

Pra mim, a frase do cara quis dizer:

"Não dá nada tu ir no jogo e na saída tomar uma camaçada de pau de uns 20 covardes desde que a festa seja bonita"

Eu entendi assim, o Clécius e algumas pessoas que tb reclamaram lá no finalsports...

Mas se tu puder me explicar como tu entendeu pode ser que eu compreenda a frase do cara de maneira diferente.. não me cai pedaço em rever minhas opiniões...

Mas eu tô tranquilaço, pode acreditar.

Colorado de Esmeralda disse...

Acho que foi você que não dormiu direito preocupada com o foguetório em Recife...kkkkk

cjr-sp disse...

Pior que o Alemao tem razao...

Pq na bola parada nao tem desculpa para nao acertarem o cruzamento. Nao tem marcaçao...as medidas do campo são a mesma.

Taí uma coisa em que o futebol pode realmente ser comparado entre os tempos antigos e atuais...e ve-se que nos tempos atuais como o ALEMAO citou nao se preocupam, ou sequer treinam o fundamento...mas fato é que a ruindade atual chega a ser desonesto com a torcida que paga para ver pernetas nem saberem bater um escanteio.
é LAMENTÁVEL.

frederick disse...

Eu estava nesse Jogo e com bandeirinha na mão...9 aninhos apenas
e UMA PAIXÃO IMENSA...

Me lembro que depois desse jogo entrei no vestiário com meu tio...
tenho vários autógrafos até hj guardados....

Muito legal relembrar,

Parabéns Raul, agora só falta TU TE ASSOCIARES no Inter, PRECISAMOS DE TI no nosso quadro, uma pessoa extremamente qualificada.

Marco disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marco disse...

Diana e outros anti-foguetório

o Palmeiras sofreu com o foguetório deles no último jogo, e não tinha havido isto em SP. Portanto, a torcida do Sport está é muito acostumada a fazer isto.

Melhor para nós, se fizerem nossos jogadores sentir mais raiva, pior para eles.

Em guerra, sou mais Inter.

Mas sou contra esta história, porque é jogar dinheiro fora e futebol se ganha dentro de campo.

Se bem que o Vidarte (FinalSports) disse que os jogadores ficaram em outro lugar, em um resort 40 km de Recife, e não viram nada.

Li que o Sport terá alguns desfalques importantes hoje. Além de Romerito, Daniel Paulista e Everton, suspenso pelo ST-Bota-D.

ps: o "gramado" da Ilha é um lixo, pior que o pasto do sertão pernambucano.

diana oliveira disse...

a mensagem do texto não é a desta frase específica.
no dia em q escreveres um texto e as pessoas se prenderem a um parágrafo ou frase, tu vai entender o q eu tô querendo dizer.

não acho q ele tenha justificado a violência através do espetáculo. me parece q ele pesou e concluiu q há mais espetáculo q violência.
mas, porém, todavia... o uso do "supera" foi infeliz, realmente.

só acho q ele escreveu pedindo q a torcida seja fiel, entregue, participativa. em 01 parágrafo ele cometeu 01 equívoco, o q não deveria condenar o restante. pelo menos pra mim. não pra classificar de lamentável A ESCRITA do autor, q pode mto bem ser interpretado como O TEXTO do cara.

é mta tese pra pouca desenvoltura no protesto de vcs dois.
e tu não vai acordar de mau humor amanhã, tenho certeza, vai dormir o sono dos classificados.

enjoado, mas classificado, hihihi

Marco disse...

Do Final Sports:

"Direto de Recife, o diretor-executivo de futebol do Internacional, Newton Drummond, mais conhecido como Chumbinho, confirmou a informação noticiada anteriormente pelo Blog do Vidarte.

Saindo pela garagem em duas vans, após a janta desta terça-feira, os jogadores colorados deixaram o hotel da concentração para um resort localizado a cerca de 40 km de onde permaneceram o técnico Abel Braga e a maior parte dos diretores. Tudo para fugir do foguetório proporcionado por torcedores do Sport a partir das 23 horas".



TROUXAS! GASTARAM DINHEIRO A TOA!

Daniel Chiodelli disse...

Obrigado, Professor Raul, por mais essa aula. Nasci poucos dias depois do Octa.

Quanto aos fundamentos no futebol, acho que o desenvolvimento do preparo físico explica isso em parte. Hoje há menos espaçoem campo, o jogador tem menos tempo para executar as jogadas. Claro, isso não explica o cara não conseguir levantar a bola numa cobrança de escanteio, mas explica a dificuldade dos atacantes dentro da área. Há um nivelamento físico muito grande.

Quanto à torcida, conheço alguns membros da Popular que participam de reuniões com a direção, com o próprio Píffero, como na véspera da final do Gauchão. O "capo" do movimento (como eles chamam a torcida) diz que são uma barrabrava, cuja ideologia é torcer, beber e brigar, não necessariamente nessa ordem.

Os foguetes têm sido custeados pela direção do Inter.

Daniel Chiodelli disse...

Só pra esclarecer, sou fã da festa da Popular. Acho que, atualmente, poucos têm sido os incidentes relacionados a essa torcida, ou movimento, como eles preferem ser chamados.

Rodrigo - Internet/BV - Conselheiro disse...

Essa história de foguetório deve ser herança argentina, pra variar...hauahuahua

Bah Marimon, o que a Diana quis dizer é que esse parágrafo fica fora do contexto geral, pois a mensagem é que as barras são torcidas AFUDÊ e com RAÇA!! O cara fez uma pequena ressalva (pequena mesmo, pois o próprio parágrafo é de idolatria à torcida, ao "12º jogador") e isso não pode se tornar o "mote" do texto.

Eu mesmo sofri isso aqui já. Lembram do mata-mata com mais de 200 coments, entre o pró-Abel e o "anti"-Abel?? O "anti" era EU! E se forem ler lá de novo, vão ver que eu critico sim, mas dou um VOTO DE CONFIANÇA ao técnico, tentando mostrar que ele tem potencial pra ser melhor do que é e que pode dar muitas alegrias a torcida.
As vezes, as interpretações dadas a um texto são mais passionais que racionais. Eu mesmo cometo essas "heresias" de vez em quando...hehehehe

Rodrigo - Internet/BV - Conselheiro disse...

Sobre o post do Raul, sem comentários!! Resgate histórico sem igual!

Valeu, "Heródoto" colorado!! ahauhauahua

cjr-sp disse...

Para os que nao sabem...e só por curiosidade...

Eu fiz uns orçamentos de janelas acusticas com vidro quadruplo( o + resistente a som que existe) num apt em SP com alto grau de barulho que era para revenda...

Quando o engenheiro de som dessa empresa foi lá fazer orçamento...o cara me disse que a unica coisa que a janela anti-ruido nao iria eliminar totalmente é o latido de cachorros...pois eles tem uma frequencia diferente e passam praticamente por qq sistema anti ruído.

E depois fiz outro dois orçamentos e ouvi dos caras a mesma coisa...nada pior que o latido de um cao.

Complicado né....hehehe.

Portanto levem uma manada de caes da proxima vez que dará mais certo....aheauhuhuhaaaaa.

SDS.

cjr-sp disse...

Eu tb sou fa da POPULAR e acho que ela deve ser bem custeada e organizada pelo Inter. E ACHO QUE ELA DEVE SUBIR DE ANDAR E TOMAR DE FORA A FORA A TRASEIRA DO GOL.

Já disse isso aqui mil vezes.

Tb já li essa trilogia idiota deles no orkut, mas na realidade acho que eles estao domados e talvez financiados já de leve pela direçao colorada que nao é burra e concordo com o Daniel...nao tem havido tantos problemas assim nos ultimos tempos....

A tecnologia tá enquadrando eles pelo menos dentro do estadio..pois o sistema de cameras do beira rio pega tudo e identifica todo mundo.

E nao deve demorar para fora do estadio eles tb sofrerem com monitoramento total.

Ou alguem acha que o INTER vai fazer um complexo novo e deixa-lo sem monitoramento de segurança arriscando o patrimonio...pois o inimigo pode vir da trincheira azul. Entao dentre em breve...Desde o centrao até o BR os caras estarao sendo vigiados...com certeza antes da copa do mundo.

E tb tem a delegacia dentro do estadio...

Ou seja, nao vejo futuro para os valentoes e brigoes...

Vou dar uma de SEVERO AQUI....se qerem soltar adrenalina que batam uma e nao encham o saco...hehehee.

Colorado de Esmeralda disse...

Alto lá: não transformem a observação de um momento infeliz em determinado parágrafo em apologia contra as torcidas organizadas. Lamentável foi escrever que o espetáculo anula os atos violentos. E ESCRITA não é pejorativo.

Colorado de Esmeralda disse...

E o post não é sobre isso, também.Viva o octa campeonato e que possamos repetí-lo um dia, quem sabe.

Movimento INTERnet/BV disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Celso disse...

O texto do Raul é show !!! baita aula

CJR,

eu li outros comentarios teus que talves expliquem minha duvida entao por gentlieza repita se ler minha mensagem: porque tu acha que a popular deve ocupar o andar de cima ?

pelo espetaculo eu acho mais bonito embaixo

O ideal (o idela esta longe) seria que a torcida aderisse espontaneamente e começasse a cantar e pular em cima e embaixo

a torcida do Boca quanod vemos os videos é assim e , mais, dos dois lados da goleira !! porem a de se ressaltar que Buenos Aires é uma capital do porte de São Paulo.. muito maior, etc.

nao sou fã do Boca e de enhum clube argetnino, apenas comparei

Celso disse...

ops.. na terceira linha quis dizer que NAO li

Raul Pons disse...

Bah, gurizada, valeu pelos elogios.

Quanto às organizadas: pessoalmente, não gosto do estilo "argentino" de torcer, com aquele bumbo monótono. Prefiro o bom samba brasileiro.

Torcer, beber e brigar? Só tenho um comentário: falta de mulher. Torcer, beber de forma civilizada e depois amar sua mulher é uma tríade muito mais interessante que a outra.

Mas, no mais, a Popular faz um belo espetáculo no estádio. Só não gosto muito do discurso de alguns membros da torcida sobre "uniformizar" a forma de torcer pelo clube. Cada um torce do seu jeito, e a soma de todas as formas de torcer faz o dinamismo da torcida colorada.

Raul Pons disse...

Júlio:

A última partida oficial que Borjão jogou pelo Internacional foi em 18.07.1976 (1x0 Atlético de Carazinho).

Borjão jogou o campeonato gaúcho de 1973 pela Associação Caxias, e depois transferiu-se para o Colorado, onde disputou o campeonato brasileiro. Infelizmente, não tenho informações para onde ele foi, depois de sair do Internacional.

Frederik:
Talvez volte a me associar logo. Já fui sócio em 1999/2000 e 2004/2005, mas salário de professor, no Brasil, às vezes obriga e gente a fazer alguns cortes, até acertar as finanças de novo, he, he, he (de repente, se a gurizada do Internet voltar a me chamar para palestras, he, he, he)
Mas está nos planos, me associar de novo, está nos planos...

Julio.Colorado em Sampa disse...

Legal Raul, obrigado por matar a minha curiosidade.

Abraço

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