segunda-feira, setembro 10, 2012

Tragédia anunciada

Setembro de 2012. Sabe quantas vezes o Inter repetiu a mesma escalação ao longo do ano?

Dez, cinco, três? A resposta é ZERO.

Uma grande parcela de culpa para as oscilações e desempenho insatisfatório ao longo da temporada pode muito bem recair em uma equipe que dificilmente deixa de trocar três ou quatro peças por jogo.

Sem repetição, inclusive de sistema tático, a movimentação é mecanizada, as alternativas escassas e o futebolpobre

Trocar de treinadores (e comissão técnica) várias vezes ao ano, e quando fazer, fazer por aposta e não por convicção, obviamente, cobra o seu preço, um caro preço.

Contraturas, estiramentos, pubalgias, distensões e outras lesões musculares, muitas vezes reincidentes…

O departamento médico do clube nunca esteve tão cheio, e consequentemente, a heterogeneidade física dos atletas tão acentuada – temos jogadores nos mais diversos patamares – mas no geral, o preparo físico é insuficiente, pra não dizer risível, e um dos grandes vilões da temporada.

Por fim, avaliações técnicas que certamente não foram baseados no desempenho dentro de campo. O que falar de contratações como Fransérgio e Édson Ratinho? Qual a justificativa da renovação de Nei? Porque Élton é sempre titular, se suas atuações não condizem com essa titularidade quase inquestionável aos olhos do treinador? Exemplos não faltam.

Quando uma, duas ou até três peças estão visivelmente insuficientes, o time todo é desequilibrado como efeito compensatório, e eis aí uma outra explicação para um ano que parece perdido.

Toda partida, invariavelmente, o Inter joga com jogadores insuficientes, e num esporte tão equilibrado, entrar com um ou dois homens a menos geralmente é um custo que incorre na derrota.

Onde está a renovação da zaga? Do meio de campo? Damião continuará a ser convocado, e fatalmente vendido, quem será a reposição?

Título, 15 pontos atrás do Fluminense, sem apresentar regularidade alguma, com atletas do time B e/ou juniores, hoje, só através de um verdadeiro milagre.

Resta torcer para que 2012 seja o novo 2011, onde nenhum clube queira assumir a quarta vaga para a Libertadores, e a vaga acabe caindo no nosso colo novamente.

Convenhamos, muito pouco para uma folha mensal de aproximados R$ 7 milhões

E acho bom alguém já começar a planejar 2013… Mas para isso, o diagnóstico certo é necessário… Não basta dizer que só falta o gol, porque pasmem, o vencedor no futebol é medido pela quantidade de gols.

Começa por enxugar o elenco, dispensar medalhões, contratar preparador e treinador afirmados e reavaliar/readaptar os planos constantemente.

Quem vive de passado é museu, e experiências, seja de treinador, preparador físico, roupeiro, dirigente…bom, estas devem estar restritas à laboratórios… por um 2013 melhor…