sexta-feira, junho 22, 2012

Talvez não

Antes de tudo, claro, o Grêmio imortalizou-se como um morredor nato, novamente. Pronto, o ano do Inter está salvo! Ou talvez não, já que Grêmio está na nossa frente no Brasileirão, mesmo estando disputando a Copa do Brasil, até ontem (rsrsrs). Estou sentindo um forte cheiro de retorno ao GreNal da secação, aquele período em que nenhum dos dois vence nada fora do estado e as conquistas extra-RS ficam por conta das derrotas do rival. Se o Luxa não fosse "o Luxa", eu teria certeza que o Grêmio ficaria na nossa frente até o final. Mas como o Dorival é "o Dorival", se não tenho razões para ter certeza, tenho-as suficientemente para temer muito. O mais provável, no entanto, é ver Inter e Grêmio disputando palmo a palmo uma vaga para Sula, no fim do ano. Isso SE...

E agora vem outra assunto também relacionado a incertezas. Lendo o texto do André, de ontem, sobre as obras e a questão da interdição, fiquei pensando. Para ele, não se cogita interditar o estádio de modo algum. Sinceramente, a depender do que isto impliclaria no ritmo da obra, eu pensaria no caso. Talvez a interdição possa ser uma boa, se vier dentro de um planejamento. Tenho minhas razões para cogitar isso.

 Em primeiro lugar, o Beira-Rio desde que começou essa reforma não mete mais medo em ninguém. Aliás, mete sim, mas no nosso time. Parece que ao olhar para as áreas demolidas, nossos boleiros (especialmente os mais velhos) sentem uma espécie de empatia com elas e temem pelo próprio futuro. O velho é demolido para trazer o novo. Isso deveria ser positivo, mas entendo que não seja para alguns jogadores do grupo.

Em segundo lugar, se essa interdição acelerar a entrega da obra, poderia ser mesmo uma boa, não? Vamos lá, pessoal, quem ainda acredita em título brasileiro? Sejamos realistas, o Inter está com muitos problemas sérios para que o título venha agora. Será preciso arrumar a casa, antes de, quem sabe, um novo ciclo de títulos. Com problemas de elenco, estrutura de futebol e com eleições chegando aí, sinceramente, vencer o campeonato seria um evento desses extraordinários. Portanto, talvez interditar o estádio, ainda mais com uma multa prevista em contrato que poderia ser negociada com a AG para minorar danos materiais, deveria ser sim uma opção.

Então, pergunto: por que não planejar uma reforma mais profunda, com calma? Por que não reavaliar os jogadores da base, bem como os jogadores do time principal, rever contratos, definir prioridades de contratação para as posições carentes, etc.? Que tal usar o campeonato (obviamente, com cuidado) para dar experiência aos jogadores da base? Eles poderiam entrar no meio do segundo tempo dos jogos ou até iniciar partidas contra adversários mais fracos, sempre com o cuidado de termos o titular da posição no banco, para qualquer eventualidade.


Em suma, muitas vezes o que parece o pior cenário pode ser, sob a perspectiva adequada, a pontapé inicial para um avanço significativo. Fica aí a ideia para debate.