Tratando-se do
prestigiadíssimo ruralito, da ausência de expoentes técnicos (Damião, D´Ale,
Dátolo…) e da escalação de nulidades como Jô e Bolívar, somadas à necessidade
de preservação em semana decisiva de Libertadores, e o resultado ontem em Caxias
pode ser considerado muito bom.
Pois bem, isso
era tudo que eu queria falar sobre o Bovinão – um parágrafo. Não que a
competição mereça mais que isso.
O clube volta
agora o foco para a Libertadores, objetivo do primeiro semestre e sonho de
todos os colorados, mas verdade seja dita, sonho distante.
Não é que o sonho
é maior que a realidade, ou a ousadia suplante a irresponsabilidade com
consequências trágicas. A verdade é que há potencial (principalmente ofensivo)
mas falta (demonstrar) futebol.
Três meses
competitivos calendário adentro e ainda não tivemos uma atuação de luxo –
desconsidere goleadas contra times fracos do regional – aquela em que o time
defende com consistência e agride o adversário tal qual um esfomeado luta por
um prato de comida. Não há padrão tático muito menos nota-se evolução no nível
de atuações.
É claro que só
reclamar não leva à nada; além de tudo agora é muito tarde para correções
drásticas de rumo. É esperar por uma partida de entrega e uma noite iluminada
de nossos jogadores, esperando pelo melhor e preparando-se para o pior.
Veja bem, o
Fluminense não é nenhum Barcelona, longe, muito longe disso. Não precisamos
parir uma bigorna para seguir adiante na competição continental. O problema é
que nosso time é, em termos brandos, imprevisível. Quando a mecânica de jogo
não existe, o time depende muito da individualidade, e por isso tanta
oscilação.
Derrotas contra o
poderoso Aurich, empate fora de casa contra Strongest e uma derrota acachapante
contra o Santos (com postura de time pequeno) desautorizam qualquer manifesto
de confiança. O saldo é de débito.
Controlem sua
ansiedade e expectativas com parcimônia. Mas quem sabe quinta seja o divisor de
águas, o dia de uma grande atuação e a retomada da confiança e convicção que
sim, podemos mirar alto.