Jogador precisa de apoio, incentivo e boa preparação. E, claro, é preciso ter mostrado algum potencial anteriormente. Ribéry chegou ao Bayern na temporada 2007/08. Nesse tempo, enfrentou 29 lesões e teve lidar com polêmicas extracampo. Se fosse no Inter, dada a paciência atual da torcida, não teria passado da quinta lesão. Mas no Bayern foi diferente. Foi bancado pela direção e comissão técnica e, como resultado, na atual temporada da Bundesliga disputou 27 das 34 partidas, somando 10 gols e 14 assistências, sendo o líder do time em assistências, passes para finalização, faltas sofridas e dribles. Esteve entre os três melhores em chutes, cruzamentos e enfiadas de bola (fonte). Em parte, o caso do Dale se assemelha ao dele. Mas, talvez, o de Dátolo tenha ainda mais paralelos. Ele já mostrou futebol. Não seria o caso de fazer um trabalho especial com ele? Vejam esse gol do Ribéry, no último jogo.
Times em formação oscilam. E, claro, há oscilações e oscilações. O Coritiba, que alguns aqui no blog vinham enaltecendo os resultados, perdeu por 4 x 1 do Nacional-AM, pela Copa do Brasil. Assim como o Inter, o Coritiba é um time em formação, com vários jogadores que chegaram a pouco, como o Alex. É um clube que tem se esmerado no planejamento em todos os níveis e que vem colhendo alguns resultados importantes. Mas oscila. Assim como o Inter. Dunga está fazendo um trabalho que precisa de bastante tempo e o time vai oscilar. Algumas oscilações são compreensíveis, outras não. Se ficar visível a falta de compromisso, tem que cobrar. Mas é possível que as oscilações do Inter se devem às diversas configurações da volância no meio-campo, este ano. Quando foi possível ter estabilidade, esta veio com Aírton e Willians, dupla sobre a qual pairam (em mim) sérias dúvidas.
Grandes conquistas sucedem as pequenas. E, claro, é preciso manter a corda esticada. O Grêmio tem mostrado ano após ano o quanto esse pensamento mágico de que um time vai simplesmente ganhar os campeonatos mais importantes de uma hora para outra, sem que haja um progresso mais ou menos linear é uma idiotice. Disputar títulos demanda experiência, demanda maturidade. E isso não vem do nada. As maiores glórias do Inter vieram depois de dois campeonatos brasileiros incríveis, disputando o título até o final. Desse ponto de vista, o trabalho de Dunga não poderia ter começado melhor. O Inter ainda não apresentou um futebol que permita acreditar em disputa direta do título brasileiro ou da Copa do Brasil. Mas tampouco me parece que vai ser fácil vencer o Inter. Há limitações no ataque, mas parece que a defesa está razoavelmente sólida. Assim, no mínimo, o Inter vai ser um time mais encardido de vencer, do que vinha sendo.
É isso. Bom domingo a tod@s.