domingo, novembro 20, 2005

29 Apesar de TUDO, o INTER ainda pode ser Campeao


Apesar do Zveitar, apesar dos Juizes, apeasar da CBF, apesar da Mafia Russa, apesar do Corinthians, apesar de TUDO que vem acontecendo e por coincidencia favorecendo o Corinthians continuo otimista que justica sera feita e o Inter sera Campeao!

Ainda faltam 2 rodadas e tenho CERTEZA que o Corinthians tropecara contra a Ponte e Goias. Acho que ainda da. A Vitoria sera ate mais saborosa apos toda essa roubalheira. Continue na briga Inter, nao acabou ainda!

A formula e' simples. Inter Ganha do Palmeiras. Corinthians ganha da Ponte. Sao caetano ganha do Coritiba.

Com isso o Coritiba chega na ultima rodada rebaixado e sem motivacao alguma, o Inter entao metera uma goleada historica neles. Em Goias o Goias ira ajudar em fazer justica vencendo o Corinthians. Assim o Inter sera Campeao. Bem simples e vai acontecer.

29 Comentários:

Anônimo disse...

Do jeito que a coisa tá caminhando, sinto muito mesmo, mas não vão deixar o título escapar do Corinthians. Por "não vão deixar", entenda-se: arbitragens ou STJD.
Infelizmente...

Anônimo disse...

Talvez o Goias precise mesmo ganhar para se classificar para a Libertadores, mas o Coritiba nao vai facilitar as coisas para nos, mesmo ja estando rebaixado. Alem disso, o Palmeiras tambem esta brigando pela Libertadores, entao nem pensar em jogo facil. A nossa grande chance era ontem, e acabamos roubados vergonhosamente!

Hugues disse...

Que Deus te ouça, mas tá difícil, Palmeiras muito motivado, ainda mais com a má fase do Flu, e não acho que o Coritiba perca pro São Caetano.

Mas vamos lá, fé e muito pensamento positivo.

http://theblugs.blogspot.com/

Será que vão anular este jogo por interferência da arbitragem?

Anônimo disse...

O que fizeram com o Inter ontem foi uma vergonha , um dos lances mais patéticos que já vi em meus mais de 20 anos como fã de futebol , roubo descarado sem pudor , não sou torcedor do colorado , sou um flamenguista indignado com o que fizeram com o Inter , Força colorado , você ainda tem chances !!!!!

Anônimo disse...

Chances tem mas aceitar torcedor urubu, dá a maior zica, agora ferrou juntou as viúvas do falcão com as do zico, fora as do péle que já tavam aí.
Pelo menos vcs terão um monte de desculpas inventadas para se consolar e a FIEL irá para a PAULISTA, centro financeiro nacional, COMEMORAR O TETRA!
SARAVÁ SÃO JORGE, DESÇA DO CAVALO E AJUDE MEU TIMÃO A SER TETRA CAMPEÃO.

Anônimo disse...

Senhor anonimo , o pior cego é aquele que não quer ver , no minimo você é apenas mais um garotinho alienado que é incapaz de aceitar e reconhecer um fato obvio , o de que o Inter foi roubado , vá comemorar no fétido centro financeiro nacional o titulo da vergonha , o Zveitão 2005 !!!!


p.s : os craques do seu time http://img349.imageshack.us/img349/4972/65228355ng.jpg

Anônimo disse...

http://img349.imageshack.us/img349/4972/65228355ng.jpg

Anônimo disse...

O FISCHER VC PESCA O QUE?
EU NUNCA VI O INTER NA TV A NÃO SER CONTRA O CORINTHIANS!
ASSISTI MAIS O GREMIO NA SEGUNDONA QUE SEU TIME QUE DEVE UMA GRANA PRO INSS E AINDA ROUBA NA MAIOR APROVEITANDO-SE DO FATO DE NINGUÉM VER ESSE TIMECO VERMELHO DE VERGONHA!
PIOR EXPLIQUE PQ PRO INTER VALE GOL IMPEDIDO? GOL DE MÃO? VALE ANULAR GOL LEGÍTIMO DO S. CAETANO E PAISANDÚ? E PENAL CONTRA O INTER NUM PODE DAR,QUE O DIGA O FORTALEZA,PODEM ROUBAR O EURICO MIRANDA, E JOGADOR QUE DÁ GRAVATA NO ADVERSÁRIO TBM PODE E NÃO É EXPULSO!
REALMENTE SE VCS GANHAREM O TÍTULO VAI SER NA MAIOR NORMALIDADE?
PROMOVAM A CAMPANHA"LADRÃO SÃO OS OUTROS,POR NÓS ALGUÉM ROUBA MAS O BRASIL NÃO VÊ!"
A COR DO PT VCS JÁ TEM!

Anônimo disse...

A burrice é um imensuravel mal , não tem e nunca terá cura , o seu timinho d fedidos comprou o campeonato , todos estão vendo que esse campeonato é de cartas marcadas , deveriam dar logo o caneca aos gambás fedorentos , seu timinho está sendo beneficiado desde o começo do campeonato e vc quer usar esses argumentos de tipico paulistinha corintianus retardado , nossa , vc é mesmo burro , como se o inter estivesse na mesma vala podre que vcs , que patético vc é , sobre o PT , vcs paulistas de bosta criaram o PT e inventaram o Lula ................isso é tudo!!! va ver programinhas paulistas feitos pra marionetes alienadas como vc !

Anônimo disse...

NÓS CRIAMOS E VCS APERFEIÇOARAM,VIVERAM SOB A ÉGIDE DELES QUANTOS ANOS?
NEM ESTRADAS VCS NÃO FAZEM SEM O GOV. FEDERAL,NÃO QUERO FALAR DE POLÍTICA!
VC RECLAMA DOS MEUS ARGUMENTOS E CONTINUA USANDO OS MESMOS, TIRE A BOMBA DA BOCA DEIXA DE CHUPAR QUE TÁ FAZENDO MAL PARA VC MENINO INGÊNUO!
A GLOBO TINHA INTERESSE EM ACABAR O CAMPEONATO COM 5,6 RODADAS?
A GLOBO QUE BENEFICIOU O INTER POIS NÃO MOSTRA A LADROAGEM,PARAFRASEANDO A JUIZA DENISE FROSSARD,QUE SÃO OS JOGOS DO VERMELHO DE VERGONHA, ATÉ O PRESIDENTE DE VCS JÁ CONCORDOU COM ALGUNS ERROS,E O TINGA FALOU A RADIO BANDEIRANTES E RECORD DE SÃO PAULO(O MAIOR ESTADO DO PAIS) QUE NÃO FOI PENALTI E QUE NÃO QUERIA SER EXPULSO,O TINGA É AQUELE DO GREMIO? BATE MAIS QUE UM CAVALO,TÁ NO TIME CERTO, POIS O JOGADOR DA GRANJA DEU UMA GRAVATA QUE ATÉ VCS ACHARAM Q ELE SERIA EXPULSO E O LADRÃO DO MÁRCIO DEIXOU ELE EM CAMPO, SERÁ Q ELE SÓ BENEFICIOU O CORINTHIANS?

Anônimo disse...

Exacto , não fale de politica , pq o seu desempenho será tão apocrifo quanto no topico futebol . Tinga dando patadas? vc alem de burro é cego , o Tinga é um jogador limpo q joga na bola . seu time é uma vergonha , aceite isso , é simples , a globo protege seu time d gambás todo o tempo assim como redetv . band e record . quanto a "o maior estado do país" o senhor está estupidamente enganado , o maior estado do país é o Amazonas , vcs só são o maior estado do país em população , violencia , drogados e lixos pelas ruas , sequestros ...etc...uma merda monumental que tem a maior economia , só isso, um lixo que vive rodeado de inveja dos outros estados , No ambito geral .

Anônimo disse...

o fischer, calma véio,o tinga é limpo,mas e o granja bate no lugar dele?
esqueci que vcs gostam de agarrar, mas no futebol num pode véio!
pena q vc não assistiu aos programas de tv aqui domingo, nem boa noite num deram era só porrda no timão,pois um certo time de vermelho, acho que o chapolim colorado,time de estância,falido e sem títulos importantes a muito tempo,veio a nossa maravilhosa são paulo e se assustaram com a nossa torcida com a grandeza da nossa cidade e um jogador deles tentou simular o penalti e foi expulso,a noção de justiça está tão distorcida não fischer, vcs podem tudo e se errar contra vcs, baixa o capitão gay em todos no chapolim!
Reforço os pedidos: ENVIEM OS DOCUMENTOS QUE ESTÃO EM PODER DA GAÚCHADA PARA O ROMEU TUMA E/OU JUKA KFOURI, OU AINDA PARA O CITADINI, QUEM SABE ESSES DOCUMENTOS AJUDEM A ESSES GRANDES CORINTHIANOS A ACABAR COM A MSI!
E NÃO ESQUEÇAM DA CAMPANHA"LADRÃO SÃO OS OUTROS,O INTER NÃO PASSA NA TV E ALGUÉM ROUBA POR NÓS E ASSIM NÃO PRECISAMOS EXPLICAR NEM A DÍVIDA COM O INSS!"

Anônimo disse...

Vc ainda na sua pobre cabeçinha não consegue admitir que o Fabio Bosta acertou o Tinga e fez um penalty claro , todo o Brasil e o mundo viram , basta uma pessoa ter bom senso e carater para admitir isso , coisa que vc nao tem e tantos outro biletrados corinthianos , realmente não assisti a esses programas , pelo simples fato de eu não gostar de merdas feitas para marionetes alienadas paulistas , a proposito , de maravilhosa sp não tem nada , esse lugar fede...etc... como ja citei em outro post, sim , nós gostamos de agarrar mulheres...alias , sua sp d merda é conhecida em todo mundo por ter tanto viado , haja visto a parada gay a maior do mundo.......de uma passada no ministerio publico de Sp para ver os autos do processo investigativo contra msi , talvez seja um pouco demais para sua kbça , mas pelo menos tente .

Anônimo disse...

MEU VC VIU A PARADA GAY?
SEM PRECONCEITO,MAS O TEVEZ NUM TEM NEM CARA DE MULHER PRO GRANJA AGARRÁ-LO DAQUELE JEITO.
MR. INGÊNUO,SÓ VC E O OUTRO GAUCHÃO ROTHMANN PARA ACREDITAR QUE TÁ TUDO PROVADO, VC LEMBRA DO CITADINI? ESSE CARA TÁ BABANDO PARA VOLTAR A ARRANCAR A GRANA DO CORINTHIANS DIZEM QUE ERA 30 MIL AO MÊS E AGORA É O DOBRO! O DOBRO DE NADA!
DEIXA DE SER ABESTADO,RAPAZ,ESSE CITADINI É O CÃO CHUPANDO MANGA AQUI EM SAMPA, E VC FALA UMA MERDA DESTA!
NISSO VC TEM RAZÃO COMO TEM GAYUCHO EM SÃO PAULO E PROSTITUTAS DE PROGRAMAS GAÚCHAS TBM,PQ VCS NÃO SEGURAM ESSA RAÇA AÍ?
LEGAL! VOU IMAGINAR QUE FOI PENALTI,MARCA DA CAL E O ---------,
CHUTOU FORA,QUE MERDA, NÉ?
ESPERO A REMARCAÇÃO,TUDO TEM QUE TER TIRA-TEIMA,VAI SER LEGAL.
VENS DE GAYUCHIO OU DE CHAPOLIM?

Anônimo disse...

Va ao ministerio publico o meu , os autos do processo estão la , que coincidencia , as putas do sul são paulistas........esse mundo ta louco , sim , eu vi a parada nos jornais , na tv em programas como Fantastico . orgulho de sp a parada gay.....Citadini é só um bobo querendo aparecer as custas do seu time , nem isso vcs conseguem perceber , mas num ponto ele está totalmente certo , a lavanderia por tras da msi , mas uma vez digo , va ao mp de sp !!! nada pessoal.

Anônimo disse...

QUE PESSOAL,DEIXA DISSO!
MAS AQUI NINGUÉM VIU NADA NO MP, EU ACHAVA QUE VARGINHA FICASSE EM MINAS?
MAS VCS TEM CADA PAPO DE E.T. VÉIO!
ESSA NEM O PAPA ACREDITA,SÓ VC E O ROTHMANN, OU VC E O FISCHER SEI LÁ,VOU DORMIR E SONHAR COM A FESTA NA MAIOR CIDADE DO PAIS,CHEIO DE PUTAS GAÚCHAS E GAYUCHOS, FAZER O QUE PELO MENOS A FESTA SERÁ BRANCA E PRETA!
VIVA TEVEZ!

Anônimo disse...

Que pobre coitado , va dormir que amanhã vc tem aula no primario , vc deve ter no maximo 10 anos de idade , é tipico de burro questionar o obvio , vc não acredita no MP(ministerio publico) , por isso que o país anda mal tanta marionete alienada .

Mais uma ajudinha pra sua pobre kbça :

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Estado de São Paulo divulgou relatório nesta quinta-feira em que concluiu que existem "indícios suficientes para a demonstração de que a parceria Corinthians/MSI está sendo utilizada para prática de lavagem de dinheiro".

Segundo o relatório, o dinheiro da parceria foi obtido principalmente de Boris Berezovski, que, de acordo com o Gaeco, tem uma condenação de 20 anos na Rússia e é procurado por crimes contra o sistema financeiro russo, participação em organização criminosa e outras fraudes.

De acordo com o Gaeco, o iraniano Kia Joorabchian, presidente da MSI, seria o intermediário de Berezovski em transações suspeitas. As investigações apontaram que, além de Berezovski, a parceria conta com a "participação direta" do magnata Badri Patarkatsishvili e de Reza Irani Kermani.

No Brasil, os investidores contam com a "colaboração direta", segundo o relatório, de Paulo Angioni, diretor da MSI, e do presidente corintiano, Alberto Dualib, além dos vices Nesi Curi e Andres Sanches.

O relatório diz que as operações realizadas pela parceria são concretizadas com a utilização de diversas "offshores", que têm o único e conhecido propósito de distanciar o investidor e a origem ilícita dos recursos de seu destino final --no caso a aquisição e venda de jogadores e produtos em clube de futebol.

O documento do Gaeco pede que todos os envolvidos sejam objeto de análise do Ministério Público Federal, de forma individualizada.

Anônimo disse...

NUM TENHO 10 ANOS, MAS QUEM DEVE TER VERGONHA DISSO É VC COPIOU TEU SÓSIA O ROTHMANN OU VC É O FISCHER?
SEI LÁ VÉIO,MAS NA ESCOLA APRENDI QUE TODA BIBLIOGRÁFIA DEVE SER CITADA COM O NOME DA FONTE,DATA DA PUBLICAÇÃO EXISTE ATÉ REGRA PARA FAZER ISSO DIREITINHO, ENTÃO VOLTA PARA A LIÇÃO E PARA DE XINGAR CRIANÇA,SENÃO ACIONO O ADVOGADO DE MEU PAI E ELE TE PROCESSA SEGUNDO O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE!

Anônimo disse...

Pobre coitado , vc é um pobre ignorante , a fonte está tão obvia pois está claramente citada no texto . nos altos dos seus 10 anos d idade vc ja deveria saber interpretar um texto !!! pobre paulista

Anônimo disse...

EXATO, EU SEI LER O TEXTO,MAS O GAECO NÃO PUBLICA JORNAL,MANÉ, SE CONTINUAR ESTA BESTAGEM CAIO FORA,POIS ONTEM VCS TAVAM LEGAIS AGORA TÃO SE FAZENDO DE OTÁRIOS, OU SERÁ QUE SÃO?

Anônimo disse...

Ô FISCHER VC É MEIO ANTIGO,NUM É NÃO?
ONDE SE ESCREVE EXACTO? VÉIO!

Anônimo disse...

A GAECO não publica jornal e sim divulga nota oficial , mas uma vez vc mostrou sua vasta burrice é melhor ir embora mesmo , vc ta passando vergonha nesse blog , vc não tem um unico e relevante argumento , va embora , demonstrar sua acefalia em outro lugar.

Anônimo disse...

PELO MENOS APRENDEU UMA NOVA, CONSULTAR O PAI DOS BURROS, O GAECO DIVULGOU EM ALGUM LUGAR CERTO?
QUANDO E ONDE? SÓ ISSO VÉIO!
TÔ FORA!
VÁ TEM ACENTO!

Anônimo disse...

Procure ou vc não quer ver ? não preciso ficar buscando coisas para vc , alias , vc não quer aceitar a verdade , todo o tempo questiona a mesma coisa .


"PELO MENOS APRENDEU UMA NOVA, CONSULTAR O PAI DOS BURROS, O GAECO DIVULGOU EM ALGUM LUGAR CERTO?
QUANDO E ONDE? SÓ ISSO VÉIO!
TÔ FORA!
VÁ TEM ACENTO"

Vc Cansou de passar vergonha e foi brincar no dicionario ....rsrsrs...que patético e agora quer falar de acentos ....isso só demonstra mais a sua pobre kbçinha.....tadinho


Outra vez:

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Estado de São Paulo divulgou relatório nesta quinta-feira em que concluiu que existem "indícios suficientes para a demonstração de que a parceria Corinthians/MSI está sendo utilizada para prática de lavagem de dinheiro".

Segundo o relatório, o dinheiro da parceria foi obtido principalmente de Boris Berezovski, que, de acordo com o Gaeco, tem uma condenação de 20 anos na Rússia e é procurado por crimes contra o sistema financeiro russo, participação em organização criminosa e outras fraudes.

De acordo com o Gaeco, o iraniano Kia Joorabchian, presidente da MSI, seria o intermediário de Berezovski em transações suspeitas. As investigações apontaram que, além de Berezovski, a parceria conta com a "participação direta" do magnata Badri Patarkatsishvili e de Reza Irani Kermani.

No Brasil, os investidores contam com a "colaboração direta", segundo o relatório, de Paulo Angioni, diretor da MSI, e do presidente corintiano, Alberto Dualib, além dos vices Nesi Curi e Andres Sanches.

O relatório diz que as operações realizadas pela parceria são concretizadas com a utilização de diversas "offshores", que têm o único e conhecido propósito de distanciar o investidor e a origem ilícita dos recursos de seu destino final --no caso a aquisição e venda de jogadores e produtos em clube de futebol.

O documento do Gaeco pede que todos os envolvidos sejam objeto de análise do Ministério Público Federal, de forma individualizada.

é melhor vc ir embora .....toma toma e não aprende , bicha masoquista

Anônimo disse...

Procedimento Administrativo Criminal nº 10/05

“Caso MSI -- Media Sport Investiment”

Relatório de Investigação

Vistos, etc.

O procedimento administrativo criminal teve início por portaria baixada pelos subscritores no âmbito do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Estado de São Paulo (fls. 02/03), cumprindo determinação do Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo (fls. 05/06) e buscou esclarecer crime de lavagem de dinheiro (Lei Federal no. 9.613/98) e outros delitos conexos, ocorridos, em tese, na parceria celebrada entre MSI e Corinthians, tendo por base a representação formulada pelo Deputado Estadual Romeu Tuma.

Em resumo, afirmou o autor da representação que a parceria veio celebrada mediante intermediação de Kiavash Joorabchian, com captação de recursos obtidos no exterior, provenientes da pessoa de Boris Berezovski, detentor de antecedentes criminais, acusado de envolvimento em negócios fraudulentos no ramo de petróleo, assassinatos, lavagem de dinheiro e financiamento de grupos guerrilheiros (fls. 06/09).

Instaurado o procedimento, instruído com os documentos que acompanharam a representação inicial (fls. 06/163), o GAECO requisitou junto ao Corinthians a apresentação do contrato relativo à parceria, tendo sido atendido a fls. 221/238. Da mesma forma, foram solicitadas informações oriundas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras -- COAF (fls. 341/342). Documento do Veirano Advogados (fls. 382) trouxe dados acerca de Reza Irani Kermani, pessoa mencionada na investigação.

Sobre a existência da investigação, deu-se notícia formal à Agência Brasileira de Informações -- ABIN (fls. 410), ao Banco Central do Brasil (fls. 411), ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras -- COAF (fls. 413/414) e ao Presidente do Bradesco S.A. (fls. 412), instituições que, após, interagiram no procedimento (fls. 429 -- ABIN; fls. 454- BACEN e 479-BRADESCO).

Solicitação de auxílio do Governo Russo, foi inicialmente dirigida à Embaixada Russa no Brasil (fls. 451/452), e, posteriormente, com correção, encaminhada ao Governo daquele país por intermédio do Ministério das Relações Exteriores (fls. 450, 456 e 457/458), vindo, então, aos autos notícia do encaminhamento realizado em forma de pedido de cooperação jurídica internacional (fls. 496).

Em três apensos numerados, produziu-se documentação relativa à constituição e desconstituição de empresas situadas no Brasil e no Exterior -- utilizadas como apoio na concretização da parceria (apenso I). Foram reunidos, também, contratos de aquisição de direitos financeiros e federativos relativos a jogadores brasileiros e estrangeiros relacionados à parceria (apensos II e III).

Com o auxílio da INTERPOL (fls. 468 e 469), foi possível de se obter cópia do pedido de prisão preventiva expedido em desfavor de Boris Berezovski (fls. 473/477).

Foi requisitada (fls. 445), apresentada (fls. 498) e transcrita (fls. 502/504), fita de áudio atribuído a Alberto Dualib, Presidente do Sport Club Corinthians Paulista, reproduzida em programa jornalístico da Rádio e Televisão Record S.A..

Foram ouvidos na investigação, como testemunhas, Rolando Wohlers (fls. 168/169), Antonio Roque Citadini (fls. 361/365) e Miguel Marques e Silva (fls. 393/396).

Foram ouvidos em declarações os advogados Alexandre Verri (fls. 351/354), Carlos Fernando Sampaio Marques (fls. 355/357) e Maurício Fleury Pereira Leitão (fls. 368/371), do escritório “Veirano Advogados”, contratado por Kia para viabilizar juridicamente seus negócios em território brasileiro. Da mesma forma, prestaram declarações Paulo Sérgio Scudiere Angioni (fls. 377/385), Alberto Dualib (fls. 401/406), Nesi Curi (fls. 422/425), Andrés Navarro Sanches (fls. 436/439) e Carlos Roberto de Mello (fls. 462/467), dirigentes do Sport Club Corinthians Paulista.

Procedeu-se à oitiva de Kiavash Joorabchian (fls. 482/488), com o auxílio de intérprete compromissada nos autos (fls. 481).

Determinou-se a remessa de cópia integral do procedimento administrativo criminal para conhecimento e eventuais providências administrativas no âmbito do Banco Central do Brasil (fls. 506).

Juntou-se, por derradeiro, relatório encaminhado pela Agência Brasileira de Informações -- ABIN, trazendo informações complementares acerca do objeto da investigação (fls. 508/511)

É o relatório necessário.

Consistente o resultado da investigação.

Cabia averiguar, em primeiro plano, a situação processual de Boris Berezovski, apontado na representação inicial como investidor “oculto” da parceria. Sobre ele, vieram afirmadas “condenações por fraudes e remessas ilegais de capitais ao exterior”. Mais. Foram relatados seus contatos com o “submundo do crime, através de Badri Patarkatsishvili, por meio de quem eram realizados contatos com as máfias tchetchenas e com a Fraternidade Soltntsevo, considerada a maior e mais importante organização criminosa russa”.

Tais dados constam de um dos minuciosos relatórios produzidos pela Agência Brasileira de Informações -- ABIN (fls. 11/16). Também se vê daquele documento a ligação de Boris Berezovski com sucessivos governos da antiga União Soviética e, posteriormente, da Rússia, fato que lhe propiciou a aquisição de empresas estatais a preços abaixo do valor real de mercado e, também, a acusação de ter representado “papel importante no desenvolvimento da ‘jihad’ islâmica ao financiar as ações de grupos armados na Tchetchênia em 1999”, assim, apontado como “banqueiro informal” dos movimentos tchetchenos, local que, nos dois anos seguintes, “se tornaria um centro para a ação de criminosos”, tendo sua capital, Grozny, listada como importante ponto para o “tráfico internacional de heroína”.

Nada obstante ter recebido asilo político do governo inglês ainda segundo o relatório ABIN (fls. 16), o fato é que, no curso da investigação, foi possível de se obter junto à INTERPOL cópia do pedido de prisão preventiva de Boris Berezovski (fls. 473/477). O documento, aqui reproduzido eletronicamente, dá conta de que tal pessoa mereceu duas condenações criminais em território russo, cada uma delas de dez (10) anos de prisão, somados, assim, vinte (20) anos de prisão, inclusive por crime de lavagem de dinheiro.

Há destaque, no documento INTERPOL para a menção de Boris Berezovski como membro de organização criminosa (fls. 476). Para o organismo internacional, Boris está incluído na chamada “Difusão Vermelha”, difundida pela Secretaria Geral da INTERPOL em Lion, na França, a pedido da Rússia (fls. 473) sendo, assim, procurado pela Justiça Russa em todo o mundo.

Documento ABIN, produzido quase ao final da investigação, veio confirmar a situação processual de Boris Berezovski na Rússia. Ali está dito que “atualmente há sentença condenatória para Boris Berezovski em processo no qual há provas de seu envolvimento em abuso financeiro” na direção da sociedade anônima. Há, também, acusação formal de roubo de bens de sociedade anônima, com utilização de meio fraudulento e, em complementação, há notícia de acusação formal por lavagem de dinheiro (fls. 509).

Badri Patarkatsishvili, de sua feita, “foi considerado culpado de crime previsto no artigo 313 do Código Penal da Rússia (organização de evasão coletiva com conclusão antecipada)”, sendo certo que em razão do processo foi emitido mandado de detenção em face de tal pessoa, que também “foi incluído na lista de procurados em nível federal, interestadual e internacional” (fls. 509).

Boris Berezoviski e Badri Patarkatsishvili, agora em co-autoria, foram processados em ação penal com provas de “atividades ilícitas dos mesmos em sociedade anônima”. Em razão de tal processo “foi-lhes imputado o crime de fraude em grandes volumes e formação de quadrilha, previsto no artigo 147 do Código Penal da Rússia” (fls. 509/510), sendo certo que continuam procurados, bem também a pessoa de Y. Dubov, também por conta de tais delitos.

Por derradeiro, o relatório ABIN destacou que há processo em andamento no qual é investigada a participação de Boris Berezovski, durante sua permanência no cargo de Secretário Adjunto do Conselho de Segurança da Rússia, na organização e atuação “em grupos armados ilegais na região do Cáucaso Norte” (fls. 510), fato que poderá valer condenação por organização de grupo armado ilegal e abuso de poder, delitos tipificados nos artigos 33, 208 e 285 do Código Penal da Rússia.

Para efeitos da lavagem de dinheiro, tipificada na Lei Federal no. 9.613/98, tal como evidenciado nos documentos obtidos no curso da investigação, Boris Berezovski está direta ou indiretamente ligado com crimes praticados contra o sistema financeiro da Rússia, delitos diversos praticados por organização criminosa, e, também, por acusações de financiamento de guerrilhas islâmicas, equivalentes a atos de terrorismo (1). Os documentos ABIN falam expressamente em “financiamento de ações de grupos armados na Tchetchênia em 1999” (fls. 16) e “acusação por organização de grupo armado ilegal” (fls. 510).

A questão, então, estava em saber se Boris Berezovski e Badri Patarkatsishvili, seu apontado companheiro de crimes, estavam ou não ligados à parceria MSI-Corinthians. Aqui, nada obstante a negativa formal de todos os envolvidos na parceria, sem exceção, o fato é que desde o início os indícios colhidos apontavam neste sentido, muito embora a ABIN não tenha obtido dados disponíveis sobre a relação dos russos com a MSI.

A investigação do GAECO é que avançou neste sentido.

A primeira evidência decorreu da própria constituição das empresas ligadas à parceria, sempre elaborada com o propósito de, em verdadeira cascata de “offshores”, tentar afastar qualquer ligação direta ou indiciária com aquelas duas pessoas mencionadas no início da investigação.

Foi constituída na Inglaterra, quase que simultaneamente ao final das tratativas com os dirigentes corintianos, a MSI Inglesa (fls. 76 do apenso I). Tal empresa, antes desconhecida, associada a outras duas, a DEVETIA LIMITED e a JUST SPORT LIMITED, respectivamente constituídas nas Ilhas Virgens Britânicas em 10 de junho de 2004 (fls. 38 do apenso I) e 07 de junho de 2004 (fls. 133 do apenso I), tornaram-se as únicas proprietárias da MSI Brasileira (fls. 3/16 do apenso I), representadas pela pessoa de Paulo Sérgio Scudiere Angioni (fls. 11 do apenso I).

Em demonstração de que as empresas são utilizadas com único propósito de ocultar a identidade dos investidores e o ramo de atividade onde produzidos os recursos, Paulo Angioni foi ouvido nos autos e declarou, de forma surpreendente, não conhecer quaisquer dados das empresas estrangeiras das quais estava aceitando, com remuneração, ser procurador (Just, Devetia e MSI Londrina), bem como não saber por qual motivo havia assinado documentos bancários variados e desconhecidos, inclusive para possibilitar a continuidade de transferência de recursos financeiros da MSI Brasileira ao Corinthians (fls. 377/381).

Pouco antes, um dos advogados do Veirano afirmou que as transações eram realizadas por determinação de Reza Irani Kermani, iraniano trazido em confiança por Kia Joorabchian, que de Londres geria a empresa brasileira por telefone ou e-mail (fls. 370/371), em uma demonstração evidente de que Paulo Angioni tinha papel decorativo trazido ao negócio com o único propósito de conferir aspecto de legalidade formal ao que estava sendo realizado.

Vale dizer, Angioni era o representante das empresas estrangeiras, que, nada obstante, atuavam no Brasil a mando de um iraniano de confiança de Kia, que, para atingir sua finalidade -- ordem de transferência de milhões e milhões de dólares -- operava com o auxilio de uma conta de e-mail gratuito (hotmail), formalmente declinada a fls. 382. O expediente de utilização de provedor internacional gratuito é conhecido justamente por dificultar a quebra de sigilo por parte de autoridades brasileiras, constituindo forma segura e informal para transações clandestinas.

Ao mesmo tempo em que as operações financeiras se realizavam com a utilização de “offshores” situadas em paraísos fiscais, expediente bastante difundido entre organizações criminosas, quando da primeira remessa de dinheiro ao Corinthians, no valor de US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares), a título de empréstimo ao clube brasileiro, surgiu como remetente a pessoa-física de ZAZA TOIDZE, oriundo o dinheiro de Tibilizi, Capital da Geórgia, base operacional de Badri Patarkatsishvili, apontado parceiro de Boris Berezovski.

O fato não conferiu com as declarações inicialmente prestadas pela MSI Brasileira -- que apontava o remetente como a DEVETIA -, e a operação, para não ficar perdida, teve que ser novamente declarada pelo Banco Bradesco S.A., instituição escolhida para o ingresso dos recursos. Assim, constou que ZAZA mandava os recursos direto de Tbilizi, a mando da DEVETIA, operação que acabou denunciada ao COAF (fls. 341/342).

Até onde foi possível investigar, não se localizou ZAZA TOIDZE, nem se chegou à sua identidade efetiva, havendo suspeita fundada de que tal pessoa sequer exista efetivamente(2). Kia, quando ouvido, declarou não conhecer tal pessoa, nem nunca dela ter ouvido falar (fls. 482/488), fato que, à evidência, somente corrobora a convicção de que apenas tenta, a todo custo, ocultar do conhecimento da investigação as pessoas e empreendimentos compreendidos nas transações, integralmente comandadas por ele próprio. Kia chegou a descrever a existência entre um contrato formal de empréstimo, com cláusulas de juros, entre a DEVETIA e ZAZA e, entretanto, preferiu omitir-se sobre a identidade misteriosa de tal pessoa. Foi muito além, declarou conhecer nomes e qualificações de pessoas que trabalhavam nas empresas estrangeiras e, ainda assim, optou por não revelá-los nos autos do procedimento.

De qualquer forma, a exposição acidental do remetente pessoa-física acabou relacionando a Geórgia com a origem dos recursos ocultados por trás das “offshores” das Ilhas Virgens Britânicas.

Desmontada a estrutura das empresas estrangeiras, foi possível saber que a DEVETIA é de propriedade de outra “offshore” (fls. 70 do apenso I -- GGAW LIMITED). A JUST, de sua feita, teve seu certificado corporativo omitido na investigação, porém, segundo Kia, é dele próprio e de outras pessoas físicas e jurídicas (fls. 484) até agora omitidas das autoridades. Cobrada a MSI Brasileira, na pessoa de Paulo Angioni, veio a promessa de que o certificado será apresentado assim que se finalizar a tradução do certificado corporativo da JUST (fls. 490).

Sobre a transação de compra e venda de direitos federativos relativos a jogadores com recursos da parceria investigada, efetivamente realizada pelo Sport Club Corinthians Paulista, descobriu-se que a compra de jogadores brasileiros e estrangeiros no exterior não passou pelo território nacional, conforme afirmado pelo Vice-Presidente de Finanças do Corinthians, Carlos Roberto de Mello (fls. 465). Assim, Carlos Alberto Tevez foi adquirido pelo Corinthians diretamente do Boca Juniors da Argentina pela quantia de US$ 16.000.000,00 (dezesseis milhões de dólares -- fls. 61 do apenso III). Ao mesmo tempo, foi celebrado entre os dois clubes um intercâmbio de jogadores nas categorias de base, no valor de outros US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares -- fls. 66 do apenso III), o que significa dizer que a transação total é representada por estes dois valores, somados a quinze por cento devidos ao jogador, dez por cento devidos aos intermediadores e outros U$ 400.000,00 (quatrocentos mil dólares) a título de impostos diversos, conforme declarado por Kia (fls. 486), ao mesmo tempo em que afirmava que o contrato apresentado pelo Corinthians em atendimento à requisição do Ministério Público (fls. 06 do apenso II) não tinha validade alguma, fato, por sinal, reconhecido pelo próprio Corinthians no dia da oitiva do iraniano (fls. 492 e 493).(3)

Efetivada a contratação, os direitos financeiros sobre Tevez foram cedidos pelo Corinthias à JUST SPORT LIMITED (65% - fls. 71 do apenso III) e 35% à MSI GROUP LIMITED, ambas as empresas sediadas nas Ilhas Virgens Britânicas. A MSI GROUP, até então desconhecida na investigação, não teve juntado nos autos seu certificado corporativo, nem cuidou Kia de esclarecer na investigação quem sejam seus reais proprietários.

Da mesma forma se procedeu com relação ao jogador Marcelo Mattos, adquirido junto ao São Caetano pela quantia de US$ 1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil dólares), pelo Corinthians, que, em seguida, tratou de ceder os direitos financeiros integralmente à empresa DEVETIA LIMITED (fls. 99 do apenso III).

Dominguez Sebastian foi adquirido pelo Corinthians do Club Atlético Newell’s Old Boys, da Argentina (fls. 106 do apenso III), por US$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil dólares) e os direitos financeiros sobre o contrato foram cedidos, na integralidade, à MSI GROUP LIMITED (fls. 111 do apenso III).

Pelos direitos federativos do jogador Carlos Alberto, o Corinthians pagou Euros 6.766.107,00 (seis milhões, setecentos e sessenta e seis mil e cento e sete euros - fls. 122 do apenso III). Os direitos financeiros sobre esse jogador foram cedidos à MSI GROUP (50% - fls. 125 do apenso III) e à GLOBAL SOCCER AGENCIES LIMITED (50% - fls. 130 do apenso III), empresa registrada em Gibraltar e escritórios localizados em Israel, até então desconhecida da investigação.

As evidências, assim, são no sentido de que a MSI Brasileira foi constituída apenas e exclusivamente para fazer receber no Brasil recursos oriundos das “offshores” sediadas em paraísos fiscais, conforme já mencionado. Tem como administrador remunerado a pessoa de Paulo Angioni, que, quando ouvido, não tinha nem a mais vaga idéia das operações que, em tese, seriam de responsabilidade de empresas por ele representadas no país. Enquanto isso, as transações envolvendo compra de jogadores estavam centradas na JUST SPORT, DEVETIA, MSI GROUP e GLOBAL SOCCER (as três primeiras das Ilhas Virgens Britânicas e, a última, de Gibraltar). Não foram localizadas movimentações financeiras oriundas da MSI Londrina, titular minoritária da MSI Brasileira.

Na verdade, há indícios de que a constituição da MSI Londrina teve como único propósito o de ocultar, ao menos por algum tempo, a existência da MSI GROUP LIMITED, nas Ilhas Virgens, de onde vieram efetivamente os recursos introduzidos na parceria, ao menos para aquisição de jogadores no exterior. Não houve investimento oriundo de Londres e os milhões de dólares transacionados vieram todos das Ilhas Virgens, Gibraltar e Geórgia.

Compreendida a dinâmica dos investimentos, a relação de Boris Berezovski com a parceria veio suficientemente demonstrada. Primeiro, por declarações prestadas pelo próprio Alberto Dualib à imprensa, depois negadas quando de suas declarações formais. A fita de áudio obtida junto à Rede Record de Televisão, transcrita a fls. 503/504, revela o dirigente corintiano relatando ao Conselho de Orientação do Clube (CORI), ainda antes da época da assinatura do contrato final da parceria, a ligação de Boris Berezovski com os investimentos no clube.

Surpreendido por gravação de áudio, Dualib afirma as tratativas com o magnata russo que “gostaria de vir ao Brasil, mas como convidado oficial” (fls. 504). Demonstrando prévio conhecimento dos problemas penais de Boris, diz que ele “está escondido na Inglaterra, ele não pode voltar para a Rússia por enquanto” (fls. 504). Arremata, aos dirigentes presentes no CORI, ter ouvido do russo “...eu quero entrar no Brasil pelo Corinthians, espero que o Governo Brasileiro me faça esse convite para tratar de fazer alguns negócios em parceria com o governo” (fls. 504).

Segundo, porque em fato notório as identidades de Boris Berezovski e Badri Patarkatsishvili como integrantes da parceria nunca foram escondidas por Dualib de seus dirigentes. A propósito, ouvido no procedimento, Antonio Roque Citadini, ex-vice-presidente de futebol do clube e Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, esclareceu que o presidente Dualib afirmou em bom tom dentro do clube que Boris Berezovski e Badri Patarkatsishvili, investidores na parceria, eram pessoas de muito dinheiro. Também esclareceu ter ouvido de Dualib que a esposa de Boris veio ao Corinthians para conhecer o parceiro brasileiro, já que o marido não poderia sair do território inglês em razão de seus problemas criminais (fls. 362). Citadini esclareceu ainda ter se retirado das negociações e avisado o presidente do Corinthians acerca dos pontos obscuros da parceria que estava nascendo, em razão de pesquisas realizadas que mostravam péssima condição criminal daquelas pessoas na Rússia.

No mesmo teor veio o depoimento de outro dos dirigentes corintianos, Miguel Marques e Silva. Juiz de Direito em São Paulo e Conselheiro Vitalício do Clube, a testemunha, embora tenha ressalvado o aspecto formal e simples do contrato da parceria, recordou-se de reunião de vários dirigentes do Corinthians, onde se deu acesso ao relatório criminal de Boris Berezovski e Badri Patarkatsishvili elaborado pela Agência Brasileira de Informações -- ABIN. Depois, relatou também ter ouvido, novamente do próprio Dualib, em reunião do Corinthians, que o presidente, os vice Nesi Curi e Andres Sanches e Carla Dualib, foram pessoalmente à Inglaterra e à Geórgia, para conhecer os parceiros internacionais, travando contato, ali, inclusive nas residências pessoais, com Boris Berezovski e Badri Patarkatsishvili (fls. 393/396). O presidente Dualib disse ao depoente que as despesas totais com a comitiva montaram US$ 500.000,00 (quinhentos mil dólares -- fls. 395), arcadas justamente pelos tais anfitriões internacionais.

Não há dúvida alguma acerca da efetiva participação de Boris Berezovski e Badri Patarkatsishvili nos investimentos no Corinthians. O fato foi admitido inicialmente por Alberto Dualib e confirmado pelas testemunhas que ouviram dele, no Corinthians, o relato da viagem da comitiva do clube ao encontro dos parceiros internacionais.

Depois disso, ainda sobreveio o depósito da primeira remessa de dólares(4), a título de empréstimo ao Corinthians, oriunda justamente de Tibilizi, terra de Badri Patarkatsishvili, para onde, aliás, voou a comitiva corintiana, em jato particular fornecido por Boris Berezovski.

Alberto Dualib (fls. 401/406), Nesi Curi (fls. 422/425), e Andrés Sanches (fls. 436/439), ouvidos, não puderam negar que, justamente após avançar nos detalhes da parceria com Kia, no Brasil, finalmente viajaram para Londres e Tbilizi, onde conheceram Boris Berezovski e Badri Patarkatsishvili, inclusive valendo-se de jato particular de Boris para a viagem à Geórgia, terra de Badri e de Zaza. Embora tenham tentado minimizar as declarações iniciais do presidente corintiano, ficou evidente que os anfitriões internacionais (outros nomes não foram citados) eram justamente os investidores buscados.

Anônimo disse...

continuação


Tanto é verdade que, mais recentemente, ouvido nos autos, Carlos Roberto de Mello confirmou que a esposa de Boris Berezovski veio realmente ao Brasil, conhecendo o Corinthians e sendo recepcionada pelo Presidente Dualib e por Nesi Curi, que, indagados a respeito, haviam tergiversado sobre o fato (fls. 466). Aliás, Dualib havia negado expressamente o contato.

Em suma, até onde avançaram as investigações somaram-se indícios suficientes à demonstração de que a parceria MSI-CORINTHIANS está sendo utilizada para prática de lavagem de dinheiro obtido principalmente de Boris Berezovski, pessoa condenada a vinte anos de prisão, e, que, hoje, é procurada pelos crimes contra o sistema financeiro russo, participação em organização criminosa e outras fraudes, sem prejuízo da existência de outros desconhecidos investidores.

Deram conta de que tal pessoa opera com Kia, seu intermediário em transações suspeitas.(5) As operações são concretizadas com a utilização de diversas “offshores” que têm o único e conhecido propósito de distanciar o investidor e a origem ilícita dos recursos de seu destino final, no caso a aquisição e venda de jogadores e produtos em clube de futebol.

E os indícios apontam para Kia Jorabchian como principal responsável pela parceria investigada, atuando dentro do território brasileiro, contando com a participação direta de Reza Irani Kermani (hoje provavelmente domiciliado em Londres) e de Boris Berezovski (domiciliado em Londres e procurado pela INTERPOL) e Badri Patarkatsishvili (há notícia de que, com a morte do primeiro-ministro da Geórgia, ocorrida recentemente, Badri estaria deixando aquele país, rumo à Ucrânia -- fls. 499/500).

No Brasil, tais pessoas contaram com a colaboração direta de Paulo Sérgio Scudiere Angioni, que, ciente de suas responsabilidades, emprestou o nome para representar três “off shores” desconhecidas, para finalidades já declaradamente suspeitas. Da mesma forma, colaboraram com as operações os dirigentes do Corinthians Alberto Dualib, Nesi Curi e Andres Sanches que, mesmo após terem sido cientificados, por outros diretores, dos problemas criminais dos russos, prosseguiram tratando de assuntos relativos à parceria, posteriormente concretizada documentalmente em contrato, de forma que suas condutas, obviamente individualizadas, deverão ser objeto de análise pelo Ministério Público Federal.

Diante do exposto, presentes indícios suficientes de crime de competência da Justiça Federal, porque a lavagem internacional aqui apurada tenta contra a ordem econômico-financeira e o sistema financeiro nacional, conforme se infere dos artigos 1º, incisos II, V, VII e 2o, inciso III, da Lei Federal 9.613/98, delibera-se, relatada a investigação, submetê-la ao crivo do Procurador-Geral de Justiça, com sugestão de remessa dos autos, na via original, ao Procurador-Geral da República, a quem compete prosseguir atuando nas etapas supervenientes, mantendo-se, no Grupo de Atuação Especial, cópia integral do procedimento e de seus apensos.

São Paulo, 08 de abril de 2005

JOSÉ REINALDO GUIMARÃES CARNEIRO

Promotor de Justiça -- GAECO

ROBERTO PORTO

Promotor de Justiça – GAECO

Notas de rodapé

1- Lei Federal 9.613/98, artigo 1o.

2- Há indício a ser confirmado que o número de passaporte utilizado e declarado na operação não corresponda à pessoa de Zaza, e, sim, seja referente a outra pessoa, apontada como sendo Giorgi Imedaishvili.

3- Aquela de US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares), atribuída a um desconhecido e obscuro Zaza Toidze.

4- Aquela de US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares), atribuída a um desconhecido e obscuro Zaza Toidze.

5- O relatório ABIN também faz menção à intermediação de Kia, como “testa de ferro” de Boris Berezovski, para compra de jornal na Rússia, de título “Komensant” (fls. 12), fato evidenciado em maiores detalhes no depoimento de Antonio Roque Citadini (fls. 362).

Anônimo disse...

O, rothmann fischer price, até que enfim vcs publicaram algo novo!
de abril de 2005!
e fala em evidências e não em provas concretas!
OBRIGADO PELA ATENÇÃO E ATENDIMENTO DO PEDIDO!
TENTE ALGUMAS PROVAS CONCRETAS POIS SÓ ASSIM PODERÁ EXISTIR JUSTIÇA.
BOA !

Anônimo disse...

Ok , provas concretas , definitivamente acho que vc não leu , só prestou atenção na data "que" o relatorio do MP de SP foi enviado ao MP Federal justamente por existirem crimes federais ,o relatorio final ta chegando com mais de 3000 mil paginas, é só esperar...infelizmente , por falta de verbas , a morosidade é grande , atrapalhando os poucos que trabalham sério nesse país .

Anônimo disse...

falta de verba?AH!ah!AH!
É FALTA MESMO!

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