terça-feira, julho 30, 2013

Grenal

Eu não vi o jogo contra o Náutico, haja visto que não foi televisionado onde moro, então fica difícil dar uma opinião definitiva.

Pelo que li e ouvi, no entanto, houve uma certa dose de salto alto e um relaxamento natural, principalmente por enfrentar um adversário considerado inferior e achar que iria marcar o gol no momento que quisesse.

Ai a equipe não conseguiu marcar, tomou um gol e quando decidiu jogar já era tarde. E futebol, de salto alto, e sem transpiração, raramente dá resultados.

Este comportamento desfocado, ou de desprestígio em relação ao jogo é questão de mentalidade.

Quando você força o cartão amarelo de jogadores importantes, poupa alguns outros e dá declarações manifestas de que o jogo importa menos que o clássico, você acaba, mesmo que inconscientemente, incrustando uma mentalidade desfocada, até mesmo de certa poupança de energia e de esforços, o que invariavelmente se reflete em campo.

Há um histórico recente de insucessos nos Aflitos, que não pode ser desconsiderado, no entretanto, a lição que fica é que em jogo estavam os mesmos 3 pontos de qualquer jogo.

Tivesse ganho, um empate no Grenal seria considerado um ótimo resultado.

Com a derrota inesperada, a vitória no clássico torna-se imprescindível, não apenas para efeitos anímicos (e flautas) mas também para manter-se no topo da classificação.

Assim, acabamos colocando uma dose adicional de pressão em um bom resultado no Grenal.

Obviamente não deve-se comparar a motivação entre os jogos, que é sempre maior em um clássico. É da natureza humana.

No entanto, ao fim de um campeonato, ninguém vai olhar para os pontos perdidos eventualmente contra times de primeira grandeza e dizer que ali escapou vitórias importantes.

Irão ser os Náuticos, Bahias e Portuguesas da vida que podem fazer a diferença.

Analisando o que acontece dentro das quatro linhas, podemos tirar algumas conclusões, tais que Rafael Moura deve virar a quarta opção no ataque e que Ygor, como primeiro volante fixo, faz muita falta.

Mas o que realmente fica do fim-de-semana, além da falta brutal e a grande dependência que temos de D´alessandro, é importância de tratar cada jogo como uma decisão.

Equipe que não transpira e foca no jogo invariavelmente pode ser batida por qualquer adversário, até mesmo a fraquíssima e lanterna equipe Capibaribe.

Agora tudo é Grenal.

Mais do que nunca, um jogo importante, e tenho certeza que nossos atletas darão a resposta em campo.

@Davi_Inter_BV