Uma coisa que os "marketeiros" sabem desde muito tempo, especialmente desde a época de Claude Hopkins é que TODAS as coisas que envolvem nosso dia-a-dia (o que amamos, odiamos e principalmente compramos) vem dos hábitos. Tudo o que precisa é um estopim e a recompensa certa.
Isso é usado até hoje, mesmo tendo passado mais de cem anos, pra vender desde creme dental, roupas, cerveja e o que mais se imaginar. Agrega-se um valor ao produto seja real ou aumentado (o estopim), apela-se ao emocional das pessoas (a recompensa) e espera-se os resultados... quanto melhor a referência e quanto mais benefício as pessoas verem maior será o sucesso das vendas. É mais ou menos como jogar a linha na água e esperar pelos peixes. Depois nós mesmos nos encarregamos de manter-se preso na escolha.
No caso do INTER beira ao ridículo o jogo sujo e apelação que usam com as pessoas. Nos vendem a ideia de um clube de futebol moderno, profissional e focado no sucesso. Só que, francamente, me lembra muito mais os times da várzea que passei como atleta, dirigente e técnico. Na verdade, sinto até constrangimento de comparar aos varzeanos, porque o INTER esté muito pior. Além do amadorismo de seus atos o INTER traz a cobiça das pessoas pela enorme receita que gera. O clube hoje é uma máquina de juntar, girar e lavar dinheiro. Além de servir como escudo fiscal, isento de impostos, por ser uma entidade sem fins lucrativos (que alguns usaram para seus interesses particulares).
Triste ver o ponto que chegarmos. Um sucesso esportivo servindo como recompensa para gerações enquanto segue-se espoliando os torcedores com uma baixa qualidade do produto. Vende-se entretenimento com mais pompa do que a qualidade do que é oferecido de verdade. O Futebol brasileiro está ridículo: ultrapassado, amador e com qualidade técnica abaixo da linha da miséria, com raras e gratas exceções.
Muito provavelmente toda essa nossa revolta com o clube e sua corrupção passa na primeira sequência de vitórias e na mais tênue esperança de título.
Como um padre, as glórias do time exorcizam nossas agonias e frustrações internas, a esperança nos dá alegria... e toda essa parafernália traz algum sentido para a rotina chata do dia-a-dia da maioria dos pobres e mortais como nós. Além disso, todo o cenário nos faz lembrar a época que lutávamos tribo contra tribo pela sobrevivência. É difícil lutar contra milênios de evolução, mas podemos ser muito mais do que isso.
Por isso eu peço: lembrar da podridão até mesmo depois das horas boas (especialmente nas eleições). Devemos comemorar cada vitória, mas que elas não sirvam mais de proteção a incompetência. Só assim as conquistas deixarão de bater em nossa porta trazidas pelo acaso e serão reconhecidas como o merecido desfecho de um trabalho bem feito. Como eu sempre digo: em futebol não se ganha por merecimento, ganha-se por eficiência: quem fez mais do que tomou gols ganha. É assim que se constrói o respeito, ele não é ganho em sorteio ou rifa. Simples assim.
Isso é usado até hoje, mesmo tendo passado mais de cem anos, pra vender desde creme dental, roupas, cerveja e o que mais se imaginar. Agrega-se um valor ao produto seja real ou aumentado (o estopim), apela-se ao emocional das pessoas (a recompensa) e espera-se os resultados... quanto melhor a referência e quanto mais benefício as pessoas verem maior será o sucesso das vendas. É mais ou menos como jogar a linha na água e esperar pelos peixes. Depois nós mesmos nos encarregamos de manter-se preso na escolha.
No caso do INTER beira ao ridículo o jogo sujo e apelação que usam com as pessoas. Nos vendem a ideia de um clube de futebol moderno, profissional e focado no sucesso. Só que, francamente, me lembra muito mais os times da várzea que passei como atleta, dirigente e técnico. Na verdade, sinto até constrangimento de comparar aos varzeanos, porque o INTER esté muito pior. Além do amadorismo de seus atos o INTER traz a cobiça das pessoas pela enorme receita que gera. O clube hoje é uma máquina de juntar, girar e lavar dinheiro. Além de servir como escudo fiscal, isento de impostos, por ser uma entidade sem fins lucrativos (que alguns usaram para seus interesses particulares).
Triste ver o ponto que chegarmos. Um sucesso esportivo servindo como recompensa para gerações enquanto segue-se espoliando os torcedores com uma baixa qualidade do produto. Vende-se entretenimento com mais pompa do que a qualidade do que é oferecido de verdade. O Futebol brasileiro está ridículo: ultrapassado, amador e com qualidade técnica abaixo da linha da miséria, com raras e gratas exceções.
Muito provavelmente toda essa nossa revolta com o clube e sua corrupção passa na primeira sequência de vitórias e na mais tênue esperança de título.
Como um padre, as glórias do time exorcizam nossas agonias e frustrações internas, a esperança nos dá alegria... e toda essa parafernália traz algum sentido para a rotina chata do dia-a-dia da maioria dos pobres e mortais como nós. Além disso, todo o cenário nos faz lembrar a época que lutávamos tribo contra tribo pela sobrevivência. É difícil lutar contra milênios de evolução, mas podemos ser muito mais do que isso.
Por isso eu peço: lembrar da podridão até mesmo depois das horas boas (especialmente nas eleições). Devemos comemorar cada vitória, mas que elas não sirvam mais de proteção a incompetência. Só assim as conquistas deixarão de bater em nossa porta trazidas pelo acaso e serão reconhecidas como o merecido desfecho de um trabalho bem feito. Como eu sempre digo: em futebol não se ganha por merecimento, ganha-se por eficiência: quem fez mais do que tomou gols ganha. É assim que se constrói o respeito, ele não é ganho em sorteio ou rifa. Simples assim.