Com dois gols de Barcos, um em falha horrorosa de Juan, outra em uma jogada com mérito total gremista, perdemos o clássico pelo placar que não podíamos perder. Gols que saíram depois dos 30 minutos do segundo tempo, quando nosso time, depois de cozinhar o jogo o quanto pôde, relaxou e entrou antecipadamente em clima de festa.
Festa gremista, em estádio de alma azul, enquanto o vermelho dorme, esplêndido.
Há dois anos, éramos nós comemorando o título dentro da ex-casa gremista, justamente nos aproveitando da soberba deles, depois de vencerem o primeiro jogo no Beira Rio. Será que a lição era só para o Grêmio? Claro que não. Nós podíamos ter aprendido algo, mas não.
Entramos na mesma soberba idiota e de gente pequena.
Festa gremista.
Agora estou aqui, nesta segunda nefasta, lendo a imprensa gaúcha feliz da vida, num nível tal que - imagino - se fosse uma libertadores, era bem capaz de decretarem feriado estadual.
Compreensível, temos que reconhecer.
Mas, me pergunto - retoricamente, pois sei que é em vão - como é possível um monte de "macaco velho" cair em armadilhas tão previsíveis como esta da soberba no futebol. Futebol se decide no campo. Frase repetida à exaustão pelos jogadores, mas da boca para fora.
Futebol se decide no campo. Vence quem se concentra, quem se dedica, quem não tira o pé. Vence quem termina o jogo com a impressão de que ainda faltam 90 minutos.
Depois do jogo, a mídia está exaltando o Grêmio, com seu "elenco forte", "treinador novo e promissor" e sua "arena moderna". Elogios e mais elogios.
E com relação ao Inter?
"Abel está se tornando um treinador ultrapassado, como Muricy e outros", dizem.
"O elenco que tem em Rafael Moura seu centro-avante de referência e em Juan, já velho e lento, seu zagueiro de confiança, não pode ser considerado bom", diz um comentarista.
Outro vai além e sentencia "Este ano é certamente o início do declínio de Dalessandro!", que não teria mais condições físicas de ser o maestro do time. "Alex há muito deixou de ser 'aquele' da passagem anterior", "Willians segue sua sina bipolar de ótimo roubador de bola e também entregador", "Dida é mesmo melhor que Muriel?", e por aí vai...
Gostaria de poder perguntar diretamente para Abel ou qualquer outro jogador, como eles estão se sentindo agora. Gostaria de saber se caso pudessem ir para o futuro e ver que o resultado seria esse, se seriam capazes de mudar o destino e entrar no jogo com mais seriedade e comprometimento. Vocês jogariam diferente, Abel? Dalessandro? Moura?
Bem, agora que voltei de lá e trago estas notícias, espero que sim.
Olha aí a foto apagando, Inter! Abre o olho! (a foto foi sugestão do Saci Colorado!) |
ps.: Chelsea reverteu um 1x3 para o PSG, enquanto o Borussia por muito pouco não reverteu o 0x3 contra o Real Madrid. Não tem jogo ganho e nem time que não possa se superar.