terça-feira, abril 08, 2014

REUNIÃO CD #11


Abaixo segue o vídeo feito pela minha irmã Aline, que no domingo fez sua primeira visita ao BEIRA-RIO desde que as obras iniciaram e do meu irmão Adriano que trabalhou para uma empresa contratada da organizadora do evento, confere que ficou bem legal.




Ontem houve uma reunião do Conselho Delibertativo. A pauta era AVALIAÇÃO DAS CONTAS DE 2013. Como já expliquei outras vezes essa é minha opinião parcial sobre o que eu vi e eu considerei importante, não tem a mínima pretensão de ser a ata da reunião, penso que essa é uma forma de prestação de contas do meu mandato.


O PARECER

Junto com a mesa diretiva do Conselho Deliberativo é eleito o Conselho Fiscal. Na última eleição, como houve um acordo dos grupos, praticamente todos estão representados na mesa e no Conselho Fiscal. E as contas funcionam assim:

A Direção e o Conselho Fiscal contratam uma auditoria independente, e as contas são aauditadas por essa empresa que repassa as informações a direção e ao Conselho Fiscal. A direção faz uma avaliação do seu balanço e remete ao Conselho Fiscal que faz a sua avalição com sua recomendação e manda para todos os Conselheiros, e nós Conselheiros votamos as contas, em resumo (bem resumido) é isso.

Pois a maioria do Conselho Fiscal (Conselheiros da situação e da oposição) entenderam que as contas deveriam ser aprovadas com quatro ressalvas. Uma delas dava conta da forma como foi contabilizado uma dívida assumida junto a Caixa Econômica Federal. Uma questão que vem desde a gestão do ex-Presidente Zachia (que o ex-Presidente Miranda ficou de detalhar melhor).

Outra ressalva apontada pelo Conselho Fiscal foi quanto a forma como os contratos da compra do Scocco e venda do Oscar, onde surgiram comissões a pagar para empresários de maneira extemporânea. Os contratos do jurídico não tem numeração cronológica, é impossível saber quando cada contrato é feito e essa situação vem, a muito tempo, sendo apontada pelo Conselho Fiscal, pois dificulta e muito o controle sobre as transações.

No caso do Oscar (cuja venda foi ainda em 2012) o contrato que obrigava a pagar uma vultuosa comissão (cerca de R$ 1,3 milhões) só apareceu na contabilidade no ano de 2013. No caso do Scocco é um pouco mais complicado de explicar, mas a raiz do problema é a mesma, ha desordem administrativa.

Havia ainda o caso do Guiñazu, que o INTER liberou sem custo algum para o Libertad, com uma cláusula de indenização pesada caso ele voltasse ao Brasil. Dizia-se (não sei se é verdade) que o próprio jogador pediu para sair por motivos pessoais. Mas o fato é que poucos meses depois o INTER liberou essa multa para ele ir para o Vasco. Se não era para cobrar para que havia a multa???

SUPLEMENTAÇÃO

Mas havia também uma grande discussão pela não apresentação do pedido de suplementação. Ja falei disso AQUI, e o resumo é o seguinte: 

A Direção pediu autorização do CD para gastar R$ 201 MI (R$ 132 MI em futebol) e o Presidente Luigi gastou R$ 226 (R$ 176 MI em futebol), ou planejou mal, ou executou mal ou o que é ainda pior, planejou e executou mal, vez que terminamos o Brasileirão em 15º lugar.

REPROVAÇÃO x APROVAÇÃO COM RESSALVAS

Diante deste quadro 6 membros do Conselho Fiscal (1 do Convergência, 3 do DIRETAS SEMPRE e 2 da situação) opinaram pela APROVAÇÃO COM RESSALVAS, pois entendiam que as falhas apontadas, apesar de graves, não justificariam a reprovação das contas.

Já para 2 membros do Conselho Fiscal (ambos do Convergência) as falhas apontadas mereciam a REPROVAÇÃO DAS CONTAS. E com base nestes dados e deste parecer a gestão fez uma exposição aos Conselheiros.

A gestão reconheceu os erros, o próprio presidente Luigi se comprometeu a fazer o pedido de suplementação e não mais ignorar o Conselho, a gestão reconheceu o problema nos contratos que não tem numeração cronológica e deu uma série de justificativas para as transações dos atletas.

Aqui é importante ressaltar que nem sequer a própria gestão defendeu que as contas fossem aprovadas na forma como apresentadas, o próprio Presidente Luigi reconheceu os motivos que ensejaram as ressalvas.

Eu, e outros diversos Conselheiros, nos manifestamos com preocupação com preocupação com a forma como as coisas estão sendo conduzidas no INTER, como os contratos tem sempre surpresas, que as vezes prejudicam o interesse do INTER, que a desculpa da falta do BEIRA-RIO pode servir ao time, não a gestão para cumprir as suas obrigações.

VOTAÇÃO

Como já era de se esperar só houve duas possibilidades de votação, REPROVAÇÃO ou APROVAÇÃO COM RESSALVAS, vez que nem a direção teve coragem de defender a APROVAÇÃO SEM RESSALVAS.

Embora eu tenha discordância da forma como o clube vem sendo gerido, não vi neste ano motivos para reprovar as contas (ano passado votei pela reprovação por motivos que considerei bem mais graves AQUI)

A maioria dos Conselheiros presentes votou pela APROVAÇÃO COM RESSALVAS. Uma boa parte do Convergência, diferente do ano passado, este ano votou pela reprovação das contas (acompanhando 2 dos seus 3 membros do Conselho Fiscal), também votaram assim independentes e membros de outros grupos.

Ao final o que mais me chamou a atenção foi o ineditismo de que não houve mesmo quem defendesse a aprovação, nem a própria gestão, o que da uma certa medida do quanto nosso clube vai mal administrativamente.


Aproveitei para tirar fotos com efeito da iluminação cênica

Eu e diversos outros Conselheiros pedimos que greNAL de domingo já seja na nossa casa, será a coroação dessa reabertura!! Muitas outras coisas foram tratadas na reunião, mas até para o post não ficar ainda mais longo volto a esses assuntos no futuro próximo, apenas que .

André Flores
@ojogodointer