Às vezes, como no caso dele, erra-se por ingenuidade, bobeira mesmo. Outras vezes, erramos sabendo do erro, mas acreditamos poder controlar a situação de modo a evitar as consequências ou, quando não for possível, cremos poder lidar com elas.
Ledo engano.
Às vezes, a gente realmente se arrebenta, mesmo que apenas metafisicamente. E aí, amig@s, não há pra onde correr, pois em todo lugar e a todo instante, nossa consciência estará lá, cobrando. E ela cobra mesmo.
Ler sobre o caso do Maurídes me remeteu às minhas próprias "lesões" e me fez realmente sentir empatia em relação a ele. Espero que ele esteja recebendo o apoio adequado de familiares e profissionais. Torço demais para que ele se recupere e que consiga ter uma carreira minimamente digna.
Nada me entristece mais do que ver um potencial abortado.
Mas a vida costuma dar chances. Não para esquecer, não para "apagar" o erro. Isto é impossível. Mais possível, embora dificílimo, é recuperar gradativamente a confiança em si próprio, a auto-estima. Cuidar do que não desmoronou e, com sorte, reconstruir o que se perdeu em bases mais sólidas. É a chance de digerir de verdade o que foi vivido, de entender, perdoar(-se) e superar.
Quem não percorre este percurso, está fadado a repetir o erro, cedo ou tarde.
Sinto que são estas experiências que impregnam de profundidade o olhar de algumas pessoas, especialmente as mais velhas. Talvez seja isto aquilo que chamamos de "estar calejado".
Ah, sim, o Inter vai muito bem, obrigado.
No Gauchão.