segunda-feira, maio 12, 2014

Enganauchão 2 - A Missão

Afu. Estamos na liderança isolada, depois de 4 rodadas. 3 vitórias e 1 derrotinha. A campanha é boa, anima, mas...
Vamos analisar com calma o que já fizemos até aqui:

  • Vencemos o Vitória, magramente. Time de segunda. Divisão e página da tabela.
  • Depois, aquela derrotinha nojenta pro Botafogo, que é a mesma porcaria que o Vitória desde que o Garrincha saiu de lá.
  • Voltamos a vencer o Sport, com direito a sufoco no final. Esse Sport então é aquele time que se engana que é campeão brasileiro tendo vencido a segunda divisão. Vitória = Botafogo = Sport.
  • E ontem, o Atlético Paranaense. Quase no mesmo nível dos outros três, mas que costuma encardir os jogos contra o Inter toda vez, em casa e fora (tirando aqueles 6 x 0 do Danilo!). Novamente, sufoco no final.

Olha, quatro jogos, a campanha é quase perfeita, mas além de ser muito cedo prá ficar confiante, o time não é estável, os adversários não são de nível, e o passado recente aponta prá uma repetição da história.
A grande diferença é que até o ano passado, a campanha contra esses times medíocres seria de 1V, 2E, 1D. Algo assim! Pelo menos desses estamos ganhando, fazendo o dever. Isso já é diferente. Que continue assim. Agora, eu só fico confiante depois de ver o Inter contra um Cruzeiro, um SP, algo assim. Pode até perder o jogo, mas se jogar bem contra um de nível alto, aí sim posso ficar confiante. 

Por enquanto, espero a síndrome de Enaganauchão passar.

Semana passada o Aírton Kwitko lançou uma idéia ótima nos comentários. Por que não usar o blog prá se discutir uma idéia, um assunto por semana? Teríamos um repositório de idéias aqui após alguns meses que com certeza poderia ser aproveitado por alguém que faça alguma coisa no Inter (de 2015 em diante, lógico).
Eu sugiro então aos colunistas da semana que se dispuserem a oferecer um ou dois parágrafos dos seus textos a comentarem sobre um tema.
Sugiro também o tema dessa semana, também lançado pelo Aírton: categorias de base.

Não vou falar sobre a idéia barcelonistica (o Barcelona da Espanha, digo. Não o da RBS.) de se instaurar e praticar o mesmo esquema de jogo desde os “dente de leite” até os profissionais. Não sei se funcionaria aqui, pois os clubes brasileiros (e muitos de fora) são mais barriga de alguél do que formadores de craques.

Mas gostaria de falar de algo que prá mim sempre é muito importante: A INTELIGÊNCIA do guri.

Jogador inteligente faz toda a diferença. Pode compensar até pela falta de habilidade. A inteligência na hora de decidir qual jogada dar seguimento, de ler o jogo, sentir o ambiente do time, perceber como o adversário está postado e jogando... tudo isso o cara que é inteligente tem condições de perceber e executar ações a partir da sua interpretação.

Exemplo recente: Fernandão. Tinha boa técnica, habilidade acima da média, mas o que mais chamava a atenção era sua inteligência. Muito veio de sua criação, muito diferente da maioria dos jogadores. E é aí que entra o trabalho das categorias de base.

Quando falamos de pré-adolescentes, é aí que se tem tempo a disposição para um trabalho de “exercício cerebral”. Eu não vou citar nada aqui, pois não conheço muito disso, mas existe, e não consigo pensar em um motivo sequer para não ser posto em prática. Não acredito que existam crianças burras. Todas podem ser trabalhadas. Acredito que algumas tenham mais potencial de desenvolvimento que outras, mas aí só o tempo dirá, e qualquer trabalho em cima disso será melhor do que trabalho algum.
E considerando o “background” que a maioria dos guris de uma escolinha tem, há MUITO potencial de desenvolvimento.

Paro por aqui. Talvez alguém aqui com conhecimento de causa de verdade possa contribuir. Há algum educador aqui?

Tenham uma boa semana.

Ps. Pros fãs de Motorhead, assitam o filme Lemmy! Vale a pena! A biblioteca aqui finalmente adquiriu o filme, e assisti nesse fim de semana.