quarta-feira, junho 20, 2012

CATA... KLINSMANN

Não sei quanto a vocês que acessam o blog, mas eu ando farto de ouvir a mesma conversa ha dois anos (ou mais). Em geral, velhas soluções para antigos problemas que NUNCA são resolvidos. Me nego a fazer conversa de burro de engenho, aquele que caminha a vida toda e não sai do lugar. Por isso, saio fora da ciranda da imprensa e não vou comentar especulações nem expectativas.

Isso é tão anos 80/90... Não, não falo da fase sobria do INTER. Me refiro a um certo país da América do Sul e suas obras públicas: eram gastos rios de dinheiro, raramente ficavam acabadas e quando pareciam prontas já tinha de ser feito algum remendo. Lembra algum time de futebol? [ FIM ]

"Futebol? Me gusta mais um churrasco"
(Pepe, o cão adotado, atuou sem cachê)
- Arquivo pessoal -
De uma maneira geral tenho visto os jogos de futebol no Brasil serem jogados em uma mediocridade impressionante. Alguns casos é vergonhoso dizer que o cara ganha a vida (e bem ganha) fazendo o que faz.

Eu comparo os jogadores de futebol a garçons... porque eles tem de trabalhar para a nossa diversão e quando estamos num momento de lazer eles estão trabalhando. Mas, como aproveitar um momento de recreação quando se é mal atendido e o serviço é mal executado? Acho  que fica sem condições.

Métodos de treinamento ultrapassados - isso quando treinam de verdade, desculpas esfarrapadas que não enganam nem menininhas e atuação que seria ofensa aos amadores chamar de varzeana (em alguns casos pra chegar neste patamar tem de melhorar muito). No Brasil um agravante: Só existe futebol. Só se fala em futebol. Parece que só se pratica futebol. O resto é relegado a periferia... Enquanto isso a MLS que é o quinto esporte nos EUA é a décima liga mais valiosa do mundo, enquanto que o "poderoso" futebol brasileiro é o décimo segundo e com o motor fumaceando. 

Enquanto eles perdem dinheiro acabam com a nossa paciência. Nenhuma vantagem... pra ninguém.

Por outro lado, para alguns amigos no Brasil quando eu falo de MLS, parece que estou me referindo a algum campeonato de chula no Alaska ou algo do gênero. Acho que isso só vai mudar quando o Louis e Eu conduzirmos o NY Cosmos a conquista da Libertadores da América. A parte mais difícil eu acho que é convencer o Cantona.  

Falo isso porque para chegar em novos lugares precisamos mudar a forma de fazer as coisas (em nosso caso, torcedores, VER). Para isso, passamos, necessariamente, pela quebra de alguns paradigmas e a superação de preconceitos.

O futebol brasileiro anda tão bom que o selecio-nike não ganha (e bem) de nenhum time listado como TOP 10 da Fifa desde... nem me lembro quando. Nesta roda, apesar da resistência dos separatistas (tsc, tsc), também está metido o INTER, tanto pela questão financeira (quem no mundo quer ver campeonato segunda linha?), quanto pela questão técnica (treinadores, preparadores, atletas: os melhores do mundo já foram daqui... Já foram), além, é claro, do fator geográfico (estamos presos aqui, a menos que coloquemos o Beira-rio nas costas e nos mudemos para Montevidéo). 

Enquanto não chegarmos ao ponto em que nos perdermos: ser o melhor que podemos dentro de nossas características, seguiremos com passo firme rumo a periferia do esporte. Até um dia nos darmos conta de que viramos um time mediano jogando em um campeonato tão relevante quanto o da Nova Zelândia.

A partir de agora NÃO ADMITO nada menos que a busca pela perfeição. EXIJO uso de todos os recursos de maneira adequada e buscando sempre o máximo. 

Só jogadores são mais de 22 profissionais com salário em dia para colocar em campo. Titular ou reserva não importa. São profissionais e é isso que deve ser levado em consideração. Precisamos de qualidade. Clube de futebol não é velha estatal pra ser cabide de emprego. É uma associação sem fins lucrativos (tsc, tsc) de propriedade dos sócios-torcedores, ninguém mais! Apesar de acharem que não, por uma inversão de valores que acontece.

Chega de estar acostumados com várzea, lá onde, por exemplo, a numeração não é fixa e só vale do "1" ao "11" e o resto é ruim. Que problema tem o atacante jogar com a "32". Só porque a RGT diz que não é legal não significa que seja verdade.

Futuros técnicos (futuros, porque esta geração está falida) sigam o exemplo de Klinsmann. De repente, não dá pra ser um dos grandes jogadores da história do futebol alemão. MAS, as ideias do filho do padeiro são bem interessantes. Afinal, alguém precisa fazer o trabalho sujo e não mais depender SÓ do talento de um jogador fora de série para resolver a parada.





PS: para os mais novinhos, Cata-Klinsmann era um dos apelidos do atacante Jurguen Klinsmann. Uma alusão a cataclismo (Kataklysmus - alemão; Cataclysm - Inglês) e a sua habilidade de fazer gols.

PS-2: RGT é a maior emissora de canal aberto do Brasil. Até que ela respeite o Naming Rights e patrocinadores das equipes (e/ou pague para isso) seu nome não será citado neste espaço.

PS-3: CADE O ZAGUEIRO?