segunda-feira, junho 18, 2012

Repetição


A derrota para o esforçado time do Botafogo, em pleno Beira-Rio, significou muito mais que a perda de invencibilidade e uma queda para a zona intermediária da tabela. Foi um duro golpe, mas acima de tudo um despertar para a realidade.

A equipe vinha jogando um futebol pragmático. Desfalcada de seus principais jogadores e sem apresentar um futebol empolgante, mas somando pontos preciosos contra adversários de certa qualificação, as perspectivas eram boas e a empolgação visível.

A certeza era que com o retorno de seus jogadores selecionáveis e com a ampliação das opções disponíveis ao treinador, era de se esperar um salto de qualidade, talvez rumando à liderança e uma ótima arrancada no Brasileirão.

O cenário estava perfeito, mas bastou uma equipe mediana, bem organizada e com domínio do setor de meio-campo para revivermos nossos maiores temores e expor a verdadeira realidade do time.

Como todos sabem, a zaga é fraca,  a equipe depende de individualidades e o trabalho de Dorival é medíocre, pois, veja bem, o time consegue a proeza de involuir, muita vezes apresentando organização tática de fazer inveja a “muita pelada”por ai.

Ironias a parte, voltamos a estaca zero, aquela da imprevisibilidade, de não saber se a qualidade ofensiva irá compensar a defensiva, se reforços virão e muito menos de poder ter a segurança de que temos um treinador que nos guiará a vitórias.

A única certeza é que do jeito que está vamos precisar de intervenção divina para acabar com o jejum nacional. E é claro, que nossos treinadores vêm deixando muito a desejar. Mas isso, infelizmente, não é de hoje. Assim como os problemas crônicos do time.

Afinal, é no mínimo complicado  esperar resultados diferentes quando você faz as coisas sempre do mesmo jeito.