Ao contrário de 2011, onde nenhum clube demonstrou o mínimo de regularidade, e a vaga caiu no nosso colo – muito mais por incompetência dos adversários do que mérito próprio – este ano temos reais e emergentes postulantes ao prêmio de consolação que é a participação na competição continental.
O cenário consequente é simplesmente desolador: a folha mensal de R$ 9 milhões não disputa nem ambiciona mais nada em pleno outubro, e só resta pensar em 2013.
D-E-C-E-P-Ç-Ã-O
O pior de tudo é ver que o ano acabou em outubro, e o clube fica refém de eleições que só ocorrem em Dezembro. Com isso, o planejamento já começa defasado, e os rumos, até então incertos.
Futuro presidente, seja quem for, já em sua campanha, favor atentar aos seguintes detalhes:
- Entrevistas pós-jogo, declarações, citações e provocações referenciando/corneteando/detratando o coirmão não apenas denigrem a imagem do clube, mas são uma tentativa patética e infrutífera de mudar o foco e desviar a atenção. Somos torcedores apenas do Sport Club Internacional.
- Propagar profissionalismo, modelo de gestão inovador, cobrança de resultados e toda a tradicional ladainha é ótimo, mas é necessário arregaçar as mangas e viabilizar o que se prega. Vide o recente caso Aod Cunha, que certamente foi um diferencial de campanha, angariando muitos votos, mas que durou um semestre e caiu em completo descaso. Prometer é fácil, mas não basta, é necessário cumprir.
- Um projeto vitorioso não se faz com nomes, e sim com idéias.
- A torcida é o maior património de um clube. A melhor forma de fideliza-la, além do respeito e da subserviência invariavelmente passa pela transparência.
- Jogadores, diretores, administradores, gestores… tudo passa, o clube fica. Ninguém deve vir à frente da instituição SCI.
Se mesmo assim tiveres dúvida do que não deve ser feito, caro futuro presidente, é só ler a ladainha, ou melhor, o disco riscado que tem sido discutir o Internacional nos últimos 2 anos.
Os problemas se repetem. Até quando?