Lentamente, você olha para a cara do cidadão, depois para os pacotes, depois para algum ponto perdido no horizonte. Em sua mente, uma imagem mal definida vai tomando forma e então você se imagina defecando (eufemismo, claro) em cima dos dois pacotes e na mão do cara que te mandou escolher. De volta à realidade, você vira as costas e sai em silêncio, deixando o rapaz com seus pacotes. Lá fora, uma grande quantidade de pessoas, cada uma com um pacote similar a um dos que lhe foram oferecidos, parecendo felizes.
Meio absorto, você segue até a bilheteria, compra um ingresso e vai até o Celeiro tomar uma cerveja pra relaxar e esquecer dessa merda toda, antes de entrar para mais um jogo. Uma frase lhe vem à mente, enquanto sua garganta sente o correr refrescante da cerveja, "Não quero ter que rezar para saber qual Jajá está entrando campo". Sem que pudesse impedir, uma versão nova da frase surge em seguida, "Não quero ter que rezar para saber qual time vai entrar em campo".
Ô sina.