Bom, não há muito a acrescentar sobre o que já temos discutido aqui. Mas cabe uma reflexão sobre a variação no rendimento do time, que em alguns momentos nos causou calafrios e lembranças assustadoras dos anos de 2011 e 2012. Até o Dale pareceu querer retomar suas burrices costumeiras.
Vimos que o Inter, depois do 5 x 0 na final do primeiro turno, caiu bastante de rendimento, sendo que apenas o segundo tempo do último jogo pode ser classificado como "bom" ou pouco mais que isso (mas não ótimo e muito menos excelente). Vários fatores poderiam justificar essa queda. Por exemplo, a sequência de jogos e o cansaço dos jogadores, especialmente os laterais, que não tem nenhum reserva. Os zagueiros titulares também tem tido alguma dificuldade, por conta de lesões. Não esqueçam também da volância, que tem mudado constantemente e não há time que aguente um meio-campo sempre em renovação.
Outro fator possível é o desinteresse, na medida em que o time viu que podia (em tese) alçar maiores vôos, mas que ainda tinha todo o resto do Gauchão e o início precário da CdB, antes de enfrentar adversários de verdade. Ou seja, começaram com tudo, animados com o novo comando, com as renovações no elenco, mas esse ânimo por si só não se mantém, é preciso desafios. Mas nem o Gauchão, nem o começo da CdB podem ser chamados de desafios. Daí, o time deu uma acomodada, uma relaxada.
Um terceiro fator também plausível, é que após os 5 x 0 sobre o São Luiz, os adversários entenderam (exceto o Juventude) que se jogarem abertos contra o Inter (pelo menos o time titular), vão acabar goleados. Assim, todos passaram a jogar mais retrancados contra o Inter, apostando em contra-ataques e nas falhas. Essa é uma tática que, para o bem do futebol, funciona contra o Inter, assim como contra o Barcelona ou o Real Madrid. Uma marcação encaixada e muita raça pode sim fazer o Davi dar trabalho ao Golias, às vezes até a vencê-lo.
Portanto, ainda não temos razão para desespero e nem, como sempre nos lembra o Louis, para animação demais. Para quem ainda sonha com títulos de expressão este ano, sugiro ir na onda do Louis e esperar o BR para ver como o time começa. Estes não devem, para o bem de seu próprio humor, basear sua confiança nos resultados atuais. Para os que, como eu, não esperam por tais títulos este ano, a confiança é admissível, pois essa não vem dos resultados, mas da forma como o trabalho tem sido conduzido por Dunga e pela comissão técnica. Enquanto os primeiros bocejam nesse período de espera até o BR, os últimos observam com atenção e interesse o trabalho que tem sido feito e se satisfazem com os frutos colhidos até aqui.
Enfim, o que importa - e isso vale para todos - é que falta pouco para começar o BR e fases mais interessantes da CdB.
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No mais, a obra no estádio segue bem, ao que parece. Ainda temo pela cobertura e não me surpreenderia se ela só ficasse pronta ano que vem, dado o ritmo atual. Mas nada que seja tão ruim quanto a vergonha que Maracanã e Mané Garrincha estão passando neste momento, quando prometem estar prontos apenas um mês antes da CdC, estourando prazo atrás de prazo. Até a FIFA tem passado vergonha, ao estabelecer o "último prazo" a cada mês que passa.