2012 foi o ano das novelas. A novela do imbróglio Oscar – São Paulo. A novela D´alessandro – China. A novela do anúncio de Dunga. E finalmente a epopeia Andrade Gutierrez.
Em comum, num ano tão repleto de percalços, a demora em resolver/sanar assuntos de vital importância para o clube.
É óbvio que não posso ser leviano e dizer que assuntos de tal envergadura como a reforma do estádio devem ser resolvidos do dia para a noite. Precipitar não é a mesma coisa que agilizar, assim como cautela não é da mesma família de excesso de zelo.
O problema é que mesmo os assuntos de menor complexidade se tornam enfadonhos pela morosidade que são tratados.
Não é possível mensurar e quantificar de forma concreta quanto isso afeta o dia-a-dia do clube, mas me parece inquestionável que o foco acaba dividido. E o futebol acaba ficando muitas vezes de lado. Futebol este que é a razão, a essência da instituição.
Postos os problemas administrativos de lado, e falando exclusivamente do resultado apresentado nas quatro linhas, o saldo é decepcionante: um gauchão, eliminação prematura da libertadores e uma colocação quase vexatória no nacional, entrando em férias em pleno novembro.
Contexto é tudo.
Aliado a estes resultados, a maior folha salarial da história do clube, uma dívida a curto prazo que se acentuou imensamente na última gestão (em torno de R$ 60 milhões segundo números divulgados) e com a ausência da equipe em competições internacionais, fato que não ocorria desde 2005.
Jogadores de nome e prestígio foram uma decepção a parte. Forlán e Juan talvez as duas maiores.
Atletas que já deveriam ter sido dispensados em 2011, tais como Bolívar, Nei, Renam, Kléber tiveram um péssimo 2012, o que só corrobora a necessidade cada vez mais tardia de renovação.
Sem mencionar erros absurdos de avaliação tais como Ratinho, Fransérgio, Gilberto e Jô.
Atletas de vital importância como D´alessandro, Dátolo, Damião e Dagoberto passaram muito tempo em recuperação física/a serviço da seleção, não apresentando regularidade nem sequência e ficando muito aquém das expectativas de protagonismo.
Enfim, um ano marcado por 3 treinadores diferentes, inúmeras experiências no campo de gestão, execução e administração do futebol, e um resultado que não poderia ser nada senão insatisfatório.
É, 2012 não vai deixar saudades.
A salutar, para 2013, os nomes de Dunga e Paulo Paixão. O primeiro principalmente pelas suas entrevistas, ressaltando a importância de um vestiário fechado, jogadores comprometidos e respaldo da alta cúpula. O segundo por ser um profissional de ponta, e acima de tudo agregador e motivador; um colecionador de títulos por onde passou.
Será necessário um alto índice de acertos na (re) formulação do grupo e gestão do futebol para que 2013 não deixe na boca dos colorados o mesmo gosto amargo de 2012.
Não há tempo a perder.
Sds Coloradas.
@Davi_Inter_BV