sexta-feira, fevereiro 22, 2013

HOMICÍDIO

Jovem de 14 assassinado por torcedores do corinthians

O futebol sulamericano parece consternado com a morte de um torcedor boliviano assassinado por torcedores corintianos que atiraram um projétil (sinalizador naval) a esmo contra os torcedores do São José de Oruro. O Técnico Tite, sempre muito afeito a gestos dramáticos disse que trocaria o título mundial pela possibilidade de impedir a perda daquela vida. (lei mais AQUI e AQUI)

Vejo que a CONMEBOL decidiu punir o corinthians preventivamente, que não terá torcedores em nenhuma partida, até mesmo como mandante (veja AQUI).O Presidente do time paulista deu uma desastrada entrevista hoje a tarde, disse que o assassinato foi uma fatalidade, tentando eximir seu clube e torcida de qualquer responsabilidade pelo homicídio do jovem boliviano.

Infelizmente esse tipo de postura não é novidade, ainda mais aqui no Rio Grande do Sul, onde marginais contam com o apoio do dirigentes e complacência das autoridades, que por sua falta de atitude passam o recado de que a impunidade impera nos estádios de futebol.

Há pouco mais de 10 anos, um torcedor do INTER chamado Anderson Liv foi assassinado dentro do Alfredo Jaconi, vitimado por uma bomba jogada por um torcedor do Juventude. Passado 10 anos nenhum torcedor foi julgado, o Jaconi não ficou um dia sequer interditado por causa dessa morte (lembre o caso lendo AQUI).

Bombeiros sendo apedrjados enquanto tentam combater o fogo

Quem de nós não lembra do ex-presidente Odone e outros dirigentes do gfpa defendendo "os meninos da geral" por terem ateado fogo em banheiros químicos do Beira-Rio. Aquela ação criminosa não teve até hoje qualquer torcedor julgado pelo judiciário. Nenhum promotor criminal conseguiu condenar um torcedor sequer e segue até hoje a impunidade dos criminosos que destruiriam o patrimônio do INTER, apedrejaram bombeiros que tentavam apagar o fogo entre outros crimes.


Recentemente no último greNAL do Brasileirão de 2012 um torcedor do gfpa jogou (das socias, portanto sócio do time da azenha) uma bomba, issso mesmo uma bomba foi jogada das sociais e foi a causa da hospitalização imediata de um membro da comissão técnica do INTER.

Nosso funcionário Flávio Soares teve perda parcial da audição, saiu do estádio de ambulância, e o torcedor foi identificado  ainda na partida. Tanto o Promotor quanto o Juiz no JECRIM ententederam que a melhor punição eram míseros R$ 300,00.

Segundo a ótica do Ministério Público e do Judiciário esse torcedor pode continuar frquentanto estádio (note que ele não foi punido com afastamento do estádio) não teve seu nome revelado e a imprensa deixou por isso mesmo, afinal mexer nisso poderia gerar uma dura punição ao gfpa.

Casos como estes, poderia citar muitos outros que restaram impunes, mostram que clubes e principalmente as autoridades (Polícia, Ministério Público e Judiciário) por sua falta de ação passam a sensação de impunidade e como qualquer um sabe a impunidade é o combustível dos marginais.

Não precisamos de novas leis para punir culpados e evitar tragédias, precisamos que as autoridades comecem a agir e façam  valer as leis existentes, pois como disse certa feita Cesare Beccaria "Não é a dureza da pena que evita o crime, e sim a certeza da punição"

André Flores
@ojogodointer