sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Sai pra lá, azedume!

Continuarei indo na contramão da "síndrome de Afonso" da qual falei semana passada. Sim, eu também penso que estaduais são perniciosos para os times da primeira divisão, que se expõem a riscos significativos sobre seu investimento, sem que o retorno (com premiação, receita de público, transmissão ou publicidade) seja equivalente. MAS, não adianta bater a cabeça contra a parede ou, no caso, contra essa realidade atual que se apresenta não como uma parede, mas como uma verdadeira montanha. Estaduais são e continuarão a ser uma realidade por muitos e muitos anos, ponto final.

Diante disso, me volto para os aspectos positivos desses quase cinco meses de estadual: a possibilidade de preparar fisicamente, entrosar e testar bem o elenco. Dunga et al tem feito isso à perfeição. Vimos no último jogo como o preparo físico melhorou enormemente. Além disso, mesmo não sendo possível jogar futebol de verdade, vencemos por dois a zero contra o Caxias que, dos times do estadual, é um dos mais fortes. Garantimos a classificação antecipada e agora podemos ser ainda mais cuidadosos com o elenco, o que espero que ocorra. Os jogadores tem que seguir jogando, mas acredito que a estratégia de duas partidas jogadas seguidas de uma rodada de descanso (para os titulares) está de muito bom tamanho.

Aliás, isso é algo que eu defendo há muito tempo. É preciso que todos joguem (titulares e reservas). Algumas vezes pode ser feito um mistão, mas o rodízio é fundamental para que os caras aguentem a temporada inteira. Os caras no futebol europeu não costumam jogar duas vezes por semana, como aqui. Ocorre, claro, mas não sempre. E quando ocorre eles em geral recorrem aos reservas, ao rodízio. Portanto, estou muito satisfeito com o trabalho até aqui e torço para que continue assim. É muito bom ver Dale jogando bem, feliz e correndo o jogo todo. Tenho certeza que o Damião recupera a forma e ainda quero crer que o RMoura vai corresponder bem.

Eu acredito no trabalho bem feito e que é possível tirar de jogadores medianos e comuns muito mais do que se espera. Quanto aos craques, então, nem se fala.

Basta trabalhar direito.