segunda-feira, fevereiro 02, 2009

24 Dois ou três

24

Cafezinho,

- Quantas colherinhas de açúcar?

- Duas ou três.


Espeto corrido,

- Quantos “coração”?

- Ah, dois ou três.


Sujeito chega em casa fedendo a ceva, que se sente o cheiro desde a esquina,

- Quantos chopps foram, ô jóia rara?

- Uns dois ou três...

- Barris!


Quantos volantes?

Ou são dois. Ou são três.

Brilhante!

Calma, isso significa que pra uma formação entra Alecsandro, pra outra, Taison. Não tenho preferência de esquema pré-estabelecida. Vejo que para cada situação e plantel, há possibilidades de montagem do time.

Com dois volantes como Magrão e Guiñazu, ou se deve ter mais um jogador que prenda atenção no ataque, ou um jogador que guarde posição e não deixe a zaga desprotegida. Ontem, não fosse Álvaro e a precariedade do Sapucaiense, o resultado seria outro.


Os dois volantes que citei não são da primeira função, podem até já terem atuado nessa posição, mas a verdade é que têm o cacoete ofensivo. Eu não tiraria nenhum dos dois, Guiñazu é unanimidade e Magrão não deve nada, pelo contrário, sobra futebol. Este debate parte da seguinte questão, a formação tática do colorado deve ocorrer a partir da permanência destes dois? Sim.


Daí se podem criar situações. O ataque de ontem era bastante agressivo, porém, na velocidade. D’Alessandro é excelente armador, o gol do Alex foi presente dele, mas o argentino trabalha na mesma zona do meia, em frente à área. Até aí tudo bem, dois meias. Já Taison e Nilmar compartilham da mesma característica, velocidade e drible. Falta um homem de área, sobram segundos atacantes. E pior, sobe a manada ofensiva que, logicamente, se eu sou um defensor do Sapucaiense, vejo a cena do comboio e saio correndo chorando, mas quando a jogada não é finalizada, fica um imenso espaço vazio no meio campo. E se não for um time de Gauchão, dá problema.


Com um camisa nove de carteirinha, aumentam as chances de finalizar, pois haverá alguém lá dentro pra dar de cotovelo, girar e chutar, ou tentar cabeceio, enfim, alguém que possa receber o último passe. Não é o Nilmar esse cara, tampouco Taison.

Então, se vamos de dois volantes, o ataque terá D’Alessandro, Alex, Nilmar ou Taison e Alecsandro. Se vamos de três volantes, com Sandro ou Paulinho, sobra o primeiro atacante, pois, creio eu, que com mais um homem no meio defensivo, dá pra apostar na velocidade e abrir mão da referência na área.


O que não pode é suprimir um volante e jogar com ataque velocista, ainda que seja de talento indiscutível. Nem todo drible é bem sucedido, faz parte, é normal. Só se torna grave quando vira um presente para o adversário. Não estou aqui avaliando os laterais e o que eles têm a ver com isso. É papo pra outro dia. Também acho que o técnico Tite formou a equipe com o que tinha pra essa partida, fica difícil deixar Taison no banco, o garoto pede passagem. Com a iminente saída de Alex e disposição de Alecsandro, o mais provável é que estes problemas sejam resolvidos naturalmente, sem dor nem sacrifícios.


E se fica o Alex?

Ah, daí o Tite ganha pra isso. Eu só escrevo em blog. Quer trocar professor? Deve ser angustiante olhar pro banco e ver Alex, Nilmar e Taison pra escolher. Enquanto eu fico aqui, com o Nelson, Col e CJR. É dureza professor.

Brincadeirinha rapazes, vocês são meu ataque dos sonhos do amendoim, titulares absolutos!

Beijos