Domingo de sol e calor. Levantei cedo, mas saí de casa mais tarde. O fim de semana permite não fazer nada e depois descansar um pouquinho. Mas este domingo era diferente, era o dia da família.
Família é uma instituição milenar, configurada por mãe, pai e filhos. Digo assim, nessa ordem, contrariando a formação patriarcal, estabelecendo uma nova.
Matriarcado é uma forma de sociedade na qual o poder é exercido pelas mulheres, e especialmente, pelas mães da comunidade. A palavra matriarcado deriva do latim mater que significa mãe e do grego archein que significa governar.
(fonte: Google, oráculo da sociedade moderna e, quem sabe, matriarcal)
Não. Não pretendo aqui subjugar o valor dos ícones que ‘mijam em pé’, digo apenas que há espaço para nova ordem. O dia seguiu quente, incomum e predestinado. Os novos tempos apresentam renovados profetas, que escutam vozes por meio de um aparelho pequeno e seus adereços junto ao ouvido. Eles gritam antes, selecionam o que profetizar, pois algum infortúnio não cabe valorizar. E também anunciam frases que acalmam seu povo: “Lauro! Lauro!”.
Contudo, não é preciso antever o futuro, com magia ou tecnologia, pra saber que D’Alessandro é o homem grenal e que Nilmar sempre marca
Não somos todos iguais, temos, porém, o mesmo valor. Cada qual com seu destino, sua função e seu lugar. Mas como já disse, são tempos modernos. Chegando ao estabelecimento do complexo Beira Rio, amigo de longa data no volante, da guarita inicia-se o diálogo:
- O senhor é sócio?
- Sou.
- E a sua esposa, é sócia?
- Ela é conselheira.
(e abrem-se as portas que não são da esperança, que é coisa pra desiludido)
Moral da história: ganhei um marido sem nem precisar casar, quem tem poder sou eu, meus filhos passaram o dia de pijama e ainda foram pra cama mais cedo, pois na noite só se via gente grande na rua, vestindo vermelho. Os tempos mudaram, mas algo se confirma a cada domingo incomum, no entanto, com nova ordem, a maternidade.