Impossível não comentar o evento de ontem, a assinatura do contrato com a AG. Foi uma novela, cansou, mas terminou. Ao menos a primeira fase, de negociação. Agora teremos a fase de execução e depois a gestão do novo estádio. Essas três fases foram bem esclarecidas ontem à noite, no Conversas Cruzadas da TVCOM, quando tive a satisfação de ver, representando o Inter, a minha amiga Diana Oliveira, que também escreve aqui no BV. Conselheira eleita em 2008, participou da Comissão de Obras e hoje é também Diretora de Patrimônio do clube. Parabéns à Direção que reconheceu seu potencial e qualifica seus quadros.
Tive o privilégio de conhecer a Diana através deste espaço. Depois, estivemos juntos no INTERnet/BV, até o ano passado. Ainda no início de 2011, quando assumi a Coordenação do extinto Movimento Político colorado, ela já se destacava como integrante da Comissão de Obras do Conselho Deliberativo, vindo a ocupar espaço também na Comissão do Executivo, para então chegar onde hoje está. Essa guria tá traçando um belo caminho dentro do clube e, acreditem, é só o começo.
Infelizmente, hoje não estamos mais no mesmo grupo político, mas aprendi que na dinâmica de um grande clube de futebol isso é natural. Eu tinha um certo preconceito com esse tipo de situação, decorrente de uma idéia radical de fidelidade partidária. Entretanto, depois de algum tempo, compreendi que no âmbito do clube esse conceito comporta uma maior flexibilidade.
Ao menos no meu ponto de vista, termos como Situação e Oposição não fazem o menor sentido fora do período eleitoral. Durante uma gestão, escolher o que criticar e torcer por resultados, não faz nenhum sentido se tiver por motivação o resultado na eleição seguinte. Somos todos colorados e torcemos sempre pela vitória dentro de campo. Fora dele, queremos a melhor gestão, os melhores negócios, as melhores receitas, etc. O nosso partido é o Inter, isso é elementar. Um grupo político jamais pode ser mais importante que o clube!
Eu sou Oposição ao Grêmio, jamais ao Inter. Essa dicotomia, Situação/Oposição, a meu juízo, só cabe para contextualizar candidaturas vinculadas ou não a quem está na Direção, sem jamais confundir gestão (temporária) com instituição (eterna). Portanto, não importa se hoje a Diana faz parte de um Movimento Político que possui membros integrando a atual Direção, enquanto eu me reúno com Conselheiros não vinculados a ela. Como disse, o que importa é que somos todos colorados!
Na última sexta, tive a oportunidade de conversar brevemente com um possível candidato a Presidente do rival. Ele me disse que está falando com diversos grupos em busca de uma grande composição. Não sei exatamente o que ele pretende, mas me soou como algo feito no Inter há cerca de 10 anos, quando quase todos os movimentos se uniram, relegando diferenças e/ou interesses pessoais ou de seus grupos a um segundo plano. Desde que não se subvertam valores éticos e não se desprezem as melhores práticas de gestão (premissas elementares), me parece um bom caminho político. Clube rachado não vai longe.
O pluralismo político é salutar e a democracia é uma tradição no Inter, mas é importante frisar que divisões cabem somente no momento do processo eleitoral, através do debate de ideias quanto ao que são as melhores práticas de gestão e as mais eficientes políticas de futebol. Afora esse período específico, é todo mundo junto, torcendo pelo time. Ao menos é assim que sempre deveria ser.
Enfim, suposições políticas à parte, o fato é que amanhã recomeça a fase de execução das obras do Beira-Rio e muitas questões complexas advirão a partir desse momento. Precisaremos continuar atentos, mesmo com o sensacionalismo tendencioso desta ou daquela manchete que poderá vir. Faz parte. Nós, colorados, já estamos acostumados.
No mais, é seguir torcendo para um bom desempenho do time, mesmo na adversidade da altitude, e por mais umas patadas atômicas do Jajá Coelho, novo xodó da torcida, conforme anteviu o @BoemiaColorada. Bola pra frente!
Dá-lhe, Colorado!