segunda-feira, novembro 05, 2007

76 Garotinho Nilmar e as Coloradas

76
Escrito por Diana Oliveira

Eu nunca acerto placar, quem vai fazer os gols, que dirá o momento da partida em que ocorrerão. Sou péssima em previsões. Poucas vezes eu me arrisco a declarar vitórias antecipadas, mas esta em especial vou relatar que o fiz. Quinta-feira, saindo do Beira Rio eu disse a uns amigos que ganharíamos do Vasco e não por causa do Nilmar, nem sabia que ele viria a atuar nesse domingo. Proclamei os três pontos devido ao critério que tenho para grenais, no futebol, quando a situação é tensa normalmente o improvável acontece. Sempre acho que favorito em clássico perde ou não joga bem.

Nessa mesma noite ouvi os comentários da imprensa pelo rádio, depois do empate com o Sport. Eu, intolerante, eles, compreensivos. O usual é perceber jornalistas criticando enquanto minha postura se aproxima da condescendência. Dessa vez, porém, notei um consenso de que o Internacional foi um time nervoso em campo. Quando a revolta passou, com a cabeça menos quente, acabei concordando com essa observação. Então decidi ter a virtude que me resta a essas alturas, paciência. Fui recordando os lances do jogo e o quanto a arquibancada igualmente esteve tensa, reflexo do que acontecia no gramado. Nesses momentos eu costumo ouvir mais e falar menos. Não tive gana de externar meu desamor, até porque se tivesse mandaria às favas o tradicional dito de “sexo frágil” e daria um soco no nariz do Granja, outro no do Pinga. Se até mesmo Freud certa vez declarou-se incapaz de compreender as mulheres, não saberia eu explicar o porquê, mas imediatamente acreditei na vitória de ontem.

As coincidências do meu súbito pressentimento não param por aí, desde o anúncio do retorno do Nilmar eu digo que ele vai comer a bola. Isso não é instintivo, tampouco técnico, é admiração mesmo. Eu não poderia viver de torcer pelo Edinho né pessoal... que por sinal foi muito bem ontem. Dos debates em relação ao assunto Golden boy, o título do post abaixo demonstra a discussão mais fervorosa e vos digo meu pensamento, hoje, em 2007, o Nilmar é melhor que o Pato, não sei como será daqui a alguns anos. Talvez com maturidade o Pato seja indiscutível, mas vejo o guri prodígio como um Ronaldo Nazário, homem de área mesmo, com absurda habilidade. Nilmar desde os primórdios se sua existência futebolística faz e serve, matador e garçom, por isso acredito ser um jogador mais importante. A nilmaravilha de vê-lo jogar é a certeza de que o ataque como um todo será deveras ofensivo. E foi.

Não tenho intensão de diminuir o fenômeno Alexandre Pato, nem conseguiria, só demonstro aqui minha preferência pelo estilo de jogador que é o Nilmar. Como rotina de montanha russa não me arrisco à euforia. Este foi um final de semana espetacular, mas a semana inicia e com ela o trabalho, meu, vosso e dos jogadores. Contudo me permito dizer duplamente: eu já sabia.

As Coloradas:

O time feminino do Inter empatou em 1x1 com o Juventude, na última sexta-feira, no Alfredo Jaconi, partida válida pela Copa do Brasil feminina de futebol. Esta fase é de classificação regional. O jogo de volta é quinta-feira próxima, dia 08/11, no Beira Rio, sem horário definido (ainda!).

Treinadas por Ronaldo Pires, as coloradas atuaram com a seguinte formação: Solane; Manoela (Daniela Cunha), Kelly, Daiane e Camila; Bruna, Kamila, Patrícia e Carol (Bruna Daiana); Jarina e Karen (Tatiele).

Foi um resultado importante. O Inter tem no plantel muitas meninas com pouca experiência em competições, o empate foi significativo. Saudações coloradas!

AVISO:
O jogo de volta das meninas, no Beira Rio, é quinta-feira, dia 08/11, às 16:00 (entrada franca).