Escrito por Raul Pons
Em 1922 o Internacional conquistaria três torneios: além do campeonato municipal, o clube venceria mais dois, em estilo Torneio Initium (partidas em 20 minutos, decididas em número de gols ou escanteios): o próprio Torneio Início, e a Taça Centenário da Independência.
O campeonato municipal de 1922 contava com 7 equipes: Internacional, Cruzeiro, Porto Alegre, São José, Ypiranga, Americano e Tabajara. Apesar da ausência do maior rival, que estava em uma liga paralela, a vida do Colorado não era fácil. Em 1921 o Cruzeiro havia levado o título, e o Porto Alegre estava com uma das melhores equipes de sua história. Ao contrário da liga gremista, onde, além do rival, só haviam clubes sem nenhuma expressão, a liga colorada prometia ser emocionante.
Na largada, foi disputado o Torneio Início, uma novidade que havia sido importada do centro do país, no ano anterior. O Colorado levou a taça, após bater o Americano na primeira partida e o São José na final.
No primeiro turno, apenas as três últimas partidas (vitória de 2x1 sobre Porto Alegre e Americano, e derrota de 2x0 para o Cruzeiro) apresentaram dificuldades. Destacou-se a goleada de 8x1 sobre o Ypiranga.
No intervalo entre os dois turnos, foi disputado em Porto Alegre um torneio em homenagem ao Centenário da Independência do Brasil. Participaram do torneio os porto-alegrenses Internacional, Cruzeiro, São José, Americano, Tabajara e Ypiranga, o pelotense Brasil e o riograndino Riograndense. O Internacional venceu a competição, disputada no dia 14 de setembro de 1922, conquistando o troféu "Bronze da Independência", oferecido pelo Governo do Estado. Na primeira partida, o Colorado empatou com o Brasil, em 1x1, mas venceu em número de escanteios (1x0). Na final, bateu o Riograndense por 2x0. Equipe campeã: Bard; Meneghetti e Só; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Ary, Genny, Eduardo e Gallego.
No segundo turno, o Porto Alegre conseguiu empatar com o Internacional (3x3), mas os demais adversários foram batidos com certa facilidade, destacando-se as goleadas sobre o São José (7x0) e Ypiranga (12x0). O Cruzeiro, na última partida, foi batido por 3x0, sacramentando o título colorado.
A equipe-base campeã foi: Danton; Meneghetti e Só; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Genny, Gasypo, Sady e Maia.
Danton (Danton Coelho) - Era vaiado pelas torcidas adversárias por jogar de luvas, uma raridade entre os goleiros da época. Depois de abandonar o futebol, foi ministro do Trabalho no governo de Getúlio Vargas.
Meneghetti (Reinaldo Meneghetti) - Zagueiro de rara habilidade, jogou várias temporadas no Internacional. Encerrou a carreira em 1926, mas voltou a campo para disputar a final do campeonato gaúcho de 1927, pois o titular Gilberto lesionou-se e não pode jogar.
Só (José Só) - Jogou no Internacional de 1919 a 1924.
Ribeiro (Carlos Ribeiro da Silva) - Iniciou a carreira nos filhotes (juvenis) do Cruzeiro, em 1916. Em 1917 ingressou nos filhotes do Internacional, chegando ao 3º quadro em 1919 (campeão municipal em 1919), 2º quadro em 1920 e 1º quadro em 1921. Até 1920 atuava de centroavante. Foi convocado para a seleção gaúcha que disputou os campeonatos brasileiros de 1923, 1925 e 1926. Lateral goleador, foi o antepassado dos atuais alas. Jogou no Internacional até 1932.
Lampinha (Abílio Mello) - Centromédio nascido em Bagé, unia uma boa técnica à raça e virilidade, às vezes exagerada. Jogou por vários clubes da Fronteira Oeste, tanto no Brasil como no Uruguai. Participou da excursão do Oriental (de Rivera) à Porto Alegre, em 1917, chamando a atenção dos clubes da capital. Chegou ao Internacional em 1920. Era o jogador mais experiente da equipe colorada. Participou da seleção gaúcha de 1925, foi campeão gaúcho em 1927, e jogou no Colorado até o final da década.
Moreno (Dercylidas Lopes) - Lateral-esquerdo que jogava no Grêmio, antes de ingressar no Colorado (talvez tenha sido o primeiro a jogar nos dois clubes). Jogador discreto, mas eficiente, foi titular até 1926. Não participou da campanha vitoriosa de 1927, mas de 1928 a 1932 alternou temporadas como titular e reserva.
Rosário (João Pedro Rosário) - Ponteiro-direito, jogou entre 1919 e 1925. Não era goleador, participando mais na assistência.
Genny (Genny Souza) - Jogou no Internacional de 1919 a 1925.
Gasypo - Centroavante titular apenas em 1922. Na vitória de 8x1 sobre o Ypiranga, marcou 4 gols.
Sady - Atacante que atuou no Colorado de 1922 a 1925.
Maia (Vicente José da Maia) – Ponteiro-esquerdo, jogou no Internacional de 1919 a 1922.
O campeonato municipal de 1922 contava com 7 equipes: Internacional, Cruzeiro, Porto Alegre, São José, Ypiranga, Americano e Tabajara. Apesar da ausência do maior rival, que estava em uma liga paralela, a vida do Colorado não era fácil. Em 1921 o Cruzeiro havia levado o título, e o Porto Alegre estava com uma das melhores equipes de sua história. Ao contrário da liga gremista, onde, além do rival, só haviam clubes sem nenhuma expressão, a liga colorada prometia ser emocionante.
Na largada, foi disputado o Torneio Início, uma novidade que havia sido importada do centro do país, no ano anterior. O Colorado levou a taça, após bater o Americano na primeira partida e o São José na final.
No primeiro turno, apenas as três últimas partidas (vitória de 2x1 sobre Porto Alegre e Americano, e derrota de 2x0 para o Cruzeiro) apresentaram dificuldades. Destacou-se a goleada de 8x1 sobre o Ypiranga.
No intervalo entre os dois turnos, foi disputado em Porto Alegre um torneio em homenagem ao Centenário da Independência do Brasil. Participaram do torneio os porto-alegrenses Internacional, Cruzeiro, São José, Americano, Tabajara e Ypiranga, o pelotense Brasil e o riograndino Riograndense. O Internacional venceu a competição, disputada no dia 14 de setembro de 1922, conquistando o troféu "Bronze da Independência", oferecido pelo Governo do Estado. Na primeira partida, o Colorado empatou com o Brasil, em 1x1, mas venceu em número de escanteios (1x0). Na final, bateu o Riograndense por 2x0. Equipe campeã: Bard; Meneghetti e Só; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Ary, Genny, Eduardo e Gallego.
No segundo turno, o Porto Alegre conseguiu empatar com o Internacional (3x3), mas os demais adversários foram batidos com certa facilidade, destacando-se as goleadas sobre o São José (7x0) e Ypiranga (12x0). O Cruzeiro, na última partida, foi batido por 3x0, sacramentando o título colorado.
A equipe-base campeã foi: Danton; Meneghetti e Só; Ribeiro, Lampinha e Moreno; Rosário, Genny, Gasypo, Sady e Maia.
Danton (Danton Coelho) - Era vaiado pelas torcidas adversárias por jogar de luvas, uma raridade entre os goleiros da época. Depois de abandonar o futebol, foi ministro do Trabalho no governo de Getúlio Vargas.
Meneghetti (Reinaldo Meneghetti) - Zagueiro de rara habilidade, jogou várias temporadas no Internacional. Encerrou a carreira em 1926, mas voltou a campo para disputar a final do campeonato gaúcho de 1927, pois o titular Gilberto lesionou-se e não pode jogar.
Só (José Só) - Jogou no Internacional de 1919 a 1924.
Ribeiro (Carlos Ribeiro da Silva) - Iniciou a carreira nos filhotes (juvenis) do Cruzeiro, em 1916. Em 1917 ingressou nos filhotes do Internacional, chegando ao 3º quadro em 1919 (campeão municipal em 1919), 2º quadro em 1920 e 1º quadro em 1921. Até 1920 atuava de centroavante. Foi convocado para a seleção gaúcha que disputou os campeonatos brasileiros de 1923, 1925 e 1926. Lateral goleador, foi o antepassado dos atuais alas. Jogou no Internacional até 1932.
Lampinha (Abílio Mello) - Centromédio nascido em Bagé, unia uma boa técnica à raça e virilidade, às vezes exagerada. Jogou por vários clubes da Fronteira Oeste, tanto no Brasil como no Uruguai. Participou da excursão do Oriental (de Rivera) à Porto Alegre, em 1917, chamando a atenção dos clubes da capital. Chegou ao Internacional em 1920. Era o jogador mais experiente da equipe colorada. Participou da seleção gaúcha de 1925, foi campeão gaúcho em 1927, e jogou no Colorado até o final da década.
Moreno (Dercylidas Lopes) - Lateral-esquerdo que jogava no Grêmio, antes de ingressar no Colorado (talvez tenha sido o primeiro a jogar nos dois clubes). Jogador discreto, mas eficiente, foi titular até 1926. Não participou da campanha vitoriosa de 1927, mas de 1928 a 1932 alternou temporadas como titular e reserva.
Rosário (João Pedro Rosário) - Ponteiro-direito, jogou entre 1919 e 1925. Não era goleador, participando mais na assistência.
Genny (Genny Souza) - Jogou no Internacional de 1919 a 1925.
Gasypo - Centroavante titular apenas em 1922. Na vitória de 8x1 sobre o Ypiranga, marcou 4 gols.
Sady - Atacante que atuou no Colorado de 1922 a 1925.
Maia (Vicente José da Maia) – Ponteiro-esquerdo, jogou no Internacional de 1919 a 1922.
5 Comentários:
Faltou dizer no texto:
O jogador da foto é o Meneghetti.
Era o Inter, já naquela época, conquistando a Tríplice Coroa! heheheh...
belo texto raul
soh falta tu me mandar a foto do scala e do librelato!!
rsrsr
que eu to esperando
abração!
Grande historias Raul! Valeu.
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