terça-feira, dezembro 06, 2011

2011, um ano com saldo positivo

Primeiramente, vamos aos dados. Em 2011, o Inter foi campeão gaúcho e campeão da Recopa. Foi eliminado precocemente da Libertadores, embora devamos ressaltar que foi para o Penharol, um clube menor em estrutura e investimento, mas de grande tradição e que acabou chegando à final. Teríamos ainda o Brasileirão e a Copa Audi, competições em que fomos bem, de uma perspectiva geral. Fomos quinto no BR e saímos "invictos" da Copa Audi, o que não é muito, mas também não é pouco. O saldo final é, sem dúvida, positivo de modo geral.
 
Mas o Inter não é "geral". O Inter é hoje um clube diferenciado, está num outro patamar e assim deve ser analisado. E isso não é soberba, amigos, não confundam por favor. Soberba é acharmos que somos perfeitos e intocáveis. Longe disso, o Inter tem muito o que melhorar, mesmo que seu estágio atual possa ser satisfatório para muitos. Melhora que, é claro, não vai garantir títulos, afinal isso é futebol, mas vai nos garantir sempre no topo, que é o que mais importa.



Este foi um ano extramente inconstante, frustrante, por todo o potencial que nosso clube tem, e ainda  melancólico, quando lembramos que nosso estádio permaneu ferido durante todo o ano, uma ferida não apenas física, mas certamente que teve impacto no emocional da torcida e dos jogadores. O Beira-Rio não é mais o mesmo e isso não tem volta. Agora é preciso ir até o fim e fazer nossa casa renascer, seja como for.

Um ano em que, lamentavelmente, por arrogância e CABEÇA DURA do obscuro (pra dizer o mínimo) Fernando Carvalho, começamos insistindo no erro, mantendo Celso Roth et caverna, e continuamos trocando de comissão até a chegada de Dorival Júnior. Este, uma incógnita. Não foi um desastre, mas também não deu ainda nenhum sinal de que seja diferenciado (como técnico). O que esperar dele para 2012? Não sei. Sei, porém, que alguma estabilidade é necessária e precisamos todos disso. Quem acompanha minimamente o futebol, sabe que grandes oscilações são terríveis.

Além disso, por mais mediano que seja Dorival, se Tite foi campeão brasileiro, Dorival também é capaz. Se ele não deu sinais de que é acima da média, também não deu sinais tão ruins quanto Roth e Tite já deram. Portanto, fé. E COBRANÇA, claro. Cobrança como a que fizemos em relação a Bolívar: não devemos permitir que a direção/comissão nos trate como idiotas, que tem apenas que "torcer e pagar a mensalidade". Continuemos vigiando e cobrando seriedade e compromisso de todos. O Inter não é a casa da mãe Joana.

Não sei bem o que esperar de 2012. Por um lado, até acredito que pode ser um ótimo ano, mesmo que eventualmente não venha nenhum título. Mas se fizermos o que deve ser feito (contratações mais certeiras e recisões cirúrgicas), podemos sem dúvida disputar muitos títulos em 2012. Por outro lado, quando penso na constante interferência (e nos interesses) de Fernando Carvalho; no papel, digamos, curioso do Fernandão e sua amizade com Bolívar & cia; na direção "deixa a vida me levar" de Luigi; e no enorme transtorno que promete ser a reforma do estádio (que tem que sair), eu sinceramente me preocupo com 2012.

Tomemos como base o Cruzeiro em 2011: do céu ao inferno em 6 meses. Vejo 2012 como um ano delicado para o Inter. Podemos ir ao céu ou ao inferno, a depender de algumas decisões ou inações. Portanto, pessoal, cabe a nós estarmos muito atentos e vigilantes. Nós torcedores, pelo menos enquanto estamos de fora, somos os únicos que realmente querem apenas o bem do clube. Quem está lá dentro, por diversas razões distintas, tem interesses diferentes que, não raro, vão contra os interesses do clube. Isso vale para todos, desde o pessoal da limpeza, até o presidente.

Então, termino 2011 com um balanço positivo, com uma nota 6,5 para o Inter. Seria 7,5 se tivéssemos disputado o título e não ganho. Seria 8,5 se, além disso, o estádio já estivesse com a reforma a todo vapor. Seria 9,5 se tivéssemos sido campeões.

Nota 10 eu não dou nunca, pois nada, nem ninguém é perfeito. Ainda bem.