Esse texto e documentos são da Anelise Rodrigues, uma das meninas do Blog Vermelho. Vale a pena dar uma lida e uma olhada nesses documentos historicos! Nem eu era vivo ainda nessa epoca! Obrigado Anelise por compartilhar as historias e documentos!
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Comentário de Anelise Rodrigues:
Belíssimo texto Rafael. Pode parecer coincidencia, mas ontem à noite fuçando nos "museus" aqui em casa, encontrei uma carta do Inter para meu falecido avô, datada de 17 de junho de 1966 (eu nem sonhava em virar gente) e assinada pelo Engenheiro Ruy Tedesco agradecendo pelas doações para a construção do Gigante e convidando-o para visitar as obras do "nosso novo estádio para que constate pessoalmente o adiantamento de sua execução". Nem preciso dizer que me emocionei em encontrar esta carta, afinal dizem na minha família que meu falecido avô (que morreu um mês após meu nascimento em 1975)era o COLORADO MAIS FANÁTICO QUE JÁ EXISTIU.
Suas histórias de amor ao Inter são eternas na família. Na inauguração do Gigante, por exemplo, ele "raptou" meu irmão recém-nascido sem que minha mãe percebesse e levou o guri "de fraldas". Minha mãe quase enlouqueceu, mas hoje meu irmão é um desses colorados fanáticos como todos aqui no Blog (o esforço do véio valeu à pena, pois deixou um bom substituto).
Contam também que era comum ele acompanhar o Inter em todas as finais de campeonato; onde quer que fosse o jogo, lá partia ele em alguma excursão (as vezes levava minha avó, minha mãe e meu tio). O engraçado é que, segundo relatos, quando o Inter ganhava (e na época do rolo isso significa dizer quase sempre) o véio bebia todas e perdia paletó, carteira, chapéu e tudo mais - mas voltava pra casa cantnado.
Certa vez bebeu tanto após um jogo no Gigante que esqueceu onde havia deixado o carro, então foi de taxi pra casa e só no outro dia foi ao Beira-Rio procurar o carro - então não foi difícil achar o carro no estacionamento - era o único que havia sobrado. Anos mais tarde, já sem poder ir ao campo, ia para o bar do Bodinho (aquele ex-jogador do Inter) alí no IAPI onde encontrava Ênio Andrade e outras figuras do mundo futebolístico pra tomar uns tragos e falar do "Glorioso" (como ele sempre se referia ao Inter). Fiquei encantada ontem a noite lembrando essas e outras histórias do véio Theobaldo (que Deus o tenha). Pena não ter podido ver nosso Inter campeão do mundo (talvés de algum lugar até o tenha feito; pior é que ele está enterrado com vista pro chiqueiro - alguns da família incllusive dizem que ele fica "secando" o porto-alegrense até hoje). Mas ao menos pode ver o ROLO do Falcão... Pior fui eu que só fiquei com as histórias do vovô colorado, que me pegou no colo apenas uma unica vez quando eu tinha dias de vida. Estando já adoentado, falou à minha mãe: "Coitadinha, esta não vai me conhecer". De fato não o conheci pessoalmente, mas ontem ao encontrar aquela carta, a carteirinha dele de sócio paraninfo n. 7332 de 15/08/1955 fiquei orgulhosa do avô que eu tive.
Ou seja de Falcão à Fernandão; de Manga, Taffarel àte o Clemer; do Elias ao Adriano Gabirú; ou mesmo em se tratando do meu avô Theobaldo - um humilde mecânico boa gente, o qual hoje presto essa homenagem - o que resta dizer é que ÍDOLOS SÃO ETERNOS!!!!
INTER ONTEM, HOJE E SEMNPRE!!!
Saudações coloradas a todos e todas...
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Comentário de Anelise Rodrigues:
Belíssimo texto Rafael. Pode parecer coincidencia, mas ontem à noite fuçando nos "museus" aqui em casa, encontrei uma carta do Inter para meu falecido avô, datada de 17 de junho de 1966 (eu nem sonhava em virar gente) e assinada pelo Engenheiro Ruy Tedesco agradecendo pelas doações para a construção do Gigante e convidando-o para visitar as obras do "nosso novo estádio para que constate pessoalmente o adiantamento de sua execução". Nem preciso dizer que me emocionei em encontrar esta carta, afinal dizem na minha família que meu falecido avô (que morreu um mês após meu nascimento em 1975)era o COLORADO MAIS FANÁTICO QUE JÁ EXISTIU.
Suas histórias de amor ao Inter são eternas na família. Na inauguração do Gigante, por exemplo, ele "raptou" meu irmão recém-nascido sem que minha mãe percebesse e levou o guri "de fraldas". Minha mãe quase enlouqueceu, mas hoje meu irmão é um desses colorados fanáticos como todos aqui no Blog (o esforço do véio valeu à pena, pois deixou um bom substituto).
Contam também que era comum ele acompanhar o Inter em todas as finais de campeonato; onde quer que fosse o jogo, lá partia ele em alguma excursão (as vezes levava minha avó, minha mãe e meu tio). O engraçado é que, segundo relatos, quando o Inter ganhava (e na época do rolo isso significa dizer quase sempre) o véio bebia todas e perdia paletó, carteira, chapéu e tudo mais - mas voltava pra casa cantnado.
Certa vez bebeu tanto após um jogo no Gigante que esqueceu onde havia deixado o carro, então foi de taxi pra casa e só no outro dia foi ao Beira-Rio procurar o carro - então não foi difícil achar o carro no estacionamento - era o único que havia sobrado. Anos mais tarde, já sem poder ir ao campo, ia para o bar do Bodinho (aquele ex-jogador do Inter) alí no IAPI onde encontrava Ênio Andrade e outras figuras do mundo futebolístico pra tomar uns tragos e falar do "Glorioso" (como ele sempre se referia ao Inter). Fiquei encantada ontem a noite lembrando essas e outras histórias do véio Theobaldo (que Deus o tenha). Pena não ter podido ver nosso Inter campeão do mundo (talvés de algum lugar até o tenha feito; pior é que ele está enterrado com vista pro chiqueiro - alguns da família incllusive dizem que ele fica "secando" o porto-alegrense até hoje). Mas ao menos pode ver o ROLO do Falcão... Pior fui eu que só fiquei com as histórias do vovô colorado, que me pegou no colo apenas uma unica vez quando eu tinha dias de vida. Estando já adoentado, falou à minha mãe: "Coitadinha, esta não vai me conhecer". De fato não o conheci pessoalmente, mas ontem ao encontrar aquela carta, a carteirinha dele de sócio paraninfo n. 7332 de 15/08/1955 fiquei orgulhosa do avô que eu tive.
Ou seja de Falcão à Fernandão; de Manga, Taffarel àte o Clemer; do Elias ao Adriano Gabirú; ou mesmo em se tratando do meu avô Theobaldo - um humilde mecânico boa gente, o qual hoje presto essa homenagem - o que resta dizer é que ÍDOLOS SÃO ETERNOS!!!!
INTER ONTEM, HOJE E SEMNPRE!!!
Saudações coloradas a todos e todas...
Aspectos interessantes: um dos documentos mostra que a sede do Inter era ainda na Andradas - famosa rua da Praia, e minha mãe conta que quando o Rolo Compressor amassava os adversários a maré vermelha tomava conta da andradas em cortejo, no maior carnaval fora de época que Porto Alegre já presenciou; a carta ainda datilografada e com um palavreado todo requintado (típico da época em que homens e mulheres frequentavam o estádio muito bem trajados); prova de que nosso clube foi construido com o suor do povo (=dinheiro limpo e não picaretagens como outros clubes por aí).
18 Comentários:
Anelise...seu Vô, junto com minha Mãe que faleceu em 89 está la no ceminterio com vista ao da Azenha. É estranho as vezes passa jogo do Gremio aqui nos EUA e la vejo o ceminterio (quando mostram o estadio no inicio) e penso "Po minha mae tá na TV" pelo jeito ela ta de boa compania lá!
belo texto.. bela homenagem
so vi as fotografias. muito legal!
alguem mais percebeu que no titulo de socio paraninfo as iniciais sao E. C. I.?
Fantástico! Que depoimento! Se alguém por favor tem mais histórias como essa pra compartilhar que mande o material pro Louis ou escreva um artigo!
PS: Me diz uma coisa Louis, alguém conseguirá parar o Patriots na NFL??? Parece que a Gisele tá fazendo muito bem pro Tom Brady! Quem sabe não arranjamos uma supermodel pro Fernandão tb???
Abraços!
Conhecer estes documentos e depoimentos é conhecer a História do Inter.
Isto é muito importante para os que moramos longe de POA e não temos contato com pessoas que viveram esta história, ainda que anonimamente.
Mas, pensem bem nisto, o mesmo ocorrerá com os moradores de POA no futuro, pois tudo o que terão deste momento glorioso serão relatos pessoais e os documentos que tiverem em mãos (jornais, revistas, carteirinhas... tudo!) em formato digitalizado.
Outra sugestão: contatem o Depto de História das universidades gaúchas para que façam monografias sobre o Inter, juntando relatos, documentos e compilando em formato eletrônico.
Afinal, o futebol faz parte da cultura de nosso povo.
Esqueci de fazer um comentário.
Espero que o sucesso de bilheteria do filme sobre a conquista do Mundial acabe com um mito.
Há a idéia generalizada de que somente clubes com torcida nacionalizada, como Fla e Curíntia, são viáveis comercialmente.
Principalmente nosso ineficaz depto de marketing e o fornecedor de material esportivo (cujo nome não citarei).
O Inter tem milhões de torcedores fanáticos espalhados por estados que ocupam toda a "costa" oeste do Brasil, do RS ao Acre, ainda que se concentre a maioria nos dois estados mais ao sul.
Louis e demais: Fico imensamente feliz em compartilhar um pouco de história do "Glorioso" e de minha família com colorados tão ilustres como os do BV. Penso que agora os documentos estão em um lugar digno, ao invés de trancafeados em gavetas... Ah, e o núcleo de colorados póstumos e secadores localizados na Azenha parece ser enorme; não é à toa que os azuis estão como estão... Estou organizando uma festa familiar para comemorar 1 ano do mundial e quero gravar depoimentos, em especial de minha mãe e meu tio (agora os mais antigos da família) sobre histórias do Rolo Compressor - são fantásticas... Quem sabe não sai um livro? (risos) Valeu galera!!!
GANHA UM PRÊMIO QUEM ACERTAR O PRESIDENTE QUE ASSINOU O TÍTULO DE SÓCIO DO ESTÁDIO (a primeira imagem ali) DO SEU THEOBALDO!!!
Não vale a Anelise, que deve saber quem foi. ahauhaua
Eu sei quem foi...hehe
Pelo menos, eu acho que sei...ahuahua
Aí! Meu avô, coloradaço que acabou levando a maioria absoluta dos netos pro lado vermelho (inclusive eu e meus irmãos, contrariando meu pai), também está lá de olho no chiqueiro há cerca de 10 anos... grande vô Dorval!
Caramba que lance legal esse ae, ainda mais com os teus relatos do teu avô Anelise...algo de dar muito orgulho mesmo...valeu por compartilhar com a gente...
...sabe que eu estava pensando que em atos assim, poderíamos também mesmo que simbolicamente...não ajuda financeira diretamente, mas assim que forem definidas como serão as reformas...o cara ir lá e contribuir com um saco de cimento ou seja lá o que for....podia o clube dar em troca algo assim tipo um diploma ou um comprovante assim de colaboração, para que pudessemos quem sabe num futuro mostrar aos netos ou bisnetos também...ou simplesmente ficar pra história familiar também.
Maravilha. Parabéns Anelise!!
Só uma coisa. Não fales do teu vô no passado. Isto que tu fizeste de resgatar a história dele junto ao nosso Inter, álém, é claro, de todas as demais lembranças que a tua família têm dele, certamente deixam ele MUITO VIVO.
Tenho um avô vivo, hoje com 90 anos. Mas não consigo manter com ele nem 10% da relação que tu mostraste ter com o teu falecido avô, através desse relato.
Parabéns mais uma vez.
Parabens pessoal por disponibilizar esses documentos preciosos. Muito legal a estoria relatada pela Anelise, uma das "meninas do BV".
OFF- Pra apimentar o marasmo:
Quem acha que alguns aqui gostam de teoria da conspiracao, segue um trecho da coluna do Prof. Ruy:
"Giovanni Luigi, que contratou jogadores qualificados, mas que por 20 motivos não organizou um time competitivo, queria Renan no gol já nesta temporada. Foi vencido pelo grupo de jogadores, que tem no veterano goleiro uma referência. Clemer chega aos 39 anos querendo mais. O Inter vê em Renan o futuro, e o amanhã chega hoje. A decisão é dura. Com Clemer por perto, Renan não terá paz, o ex-titular jamais se contentaria em freqüentar o banco, algo desconfortável para um ex-titular de sucesso."
Parece que ninguém quer ganhar um prêmio...hehehe
Meu vô tb me influenciou fortemente no meu coloradismo. Ele morreu pouco antes do gayNAL do século. Lembro bem de dedicar aquela virada pra ele, no meio da multidão, em Capão da Canoa.
O símbolo do Inter na carta, muito massa! o "s" sobrepoe o "i" na parte de baixo...
bela historia
O título do avô da Anelise parece ter sido assinado pelo Sr. Beira-rio, José Pinheiro Borda.
Temos um vencedor: Vinicius, do Planalto Central. hehehehe
Cobre o seu prêmio do Derrotório Píffero. Se conseguir tirar algo daquele muquirana, será um GRANDE PRÊMIO! ahuahauahauhua
Estranho que no site do Inter ele não aparece como ex-presidente. Era interino? Vejam só:
Frederico Arnaldo Ballvé - 1959
Ephraim Pinheiro Cabral - 1960
Luís Fagundes de Mello - 1961 a 1963
Salvador Lopumo - 1964
Manoel Braga Gastal - 1965
Ephraim Pinheiro Cabral - 1966 a 1967
José Alexandre Zachia - 1968
Carlos Stechmann - 1969 a 1973
bah.... meu vô tem uns documentos iguais a esses. Eu me emociono so de pensar. O mais bala é a 1ª carteirinha de sócio que ele tem, la pra começo da decada de 50 (ta inteirinha)
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