É o nome de um filme que assisti ontem, no cinema, aqui
O nome do livro e filme que me parece muito interessante: Os Girassóis Cegos. A flor que leva em seu nome o do astro rei, busca o mesmo durante o dia, de maneira que um girassol está sempre voltado para a direção do sol e curva-se traçando seu caminho, girando conforme sua incidência de luz. Quando se detecta um girassol que não busca o sol, a este denominamos cegos, para definir a incapacidade em desempenhar o fundamental exercício de sua sobrevivência.
Pois bem, creio que nossos girassóis colorados, ainda que não completamente cegos, apresentaram diagnóstico de catarata nesse Campeonato Brasileiro. E parece que algumas intervenções micro cirúrgicas foram feitas e o paciente inicia uma fase de recuperação. Protagonizamos um bom jogo no Rio de Janeiro, ainda que os minutos finais tenham sido de parente em sala de espera da cirurgia.
Agrada-me a proposta de três volantes, e já explico por que. Não acho que Edinho tenha comprometido, embora esteja desgastado e ressaltando que no segundo tempo suas investidas obrigaram Magrão a recuar. Não está certo, é inversão de posições. Contudo, a explicação do técnico Tite está no fato de marcarmos por zona e que Magrão recuou em função dos ataques botafoguenses surgirem por seu lado.
Falei semana passada que deveríamos fixar Guiñazu e liberar Magrão. Não quis evoluir demasiado no assunto, pois escreveria uma Bíblia. Mas o cometário do colega Marco Aurelio lembrou um debate que já tivemos eu e meu irmão Marcio a beria da churrasqueira na casa de seu cunhado, numa noite fria em que contemplávamos a chegada de seu terceiro decendente (meu sobrinho) e conversávamos sobre nosso eterno filho único, Inter. Lembra maninho? Para constar, meu irmão entende muito de futebol e churrasco, é um ótimo assador.
A princípio, Marco, também concluímos o que disseste, que Guiñazu não tem características de primeiro volante. Porém, com a situação calamitosa do meio campo e a competência de nosso craque, pensei que treiná-lo para tal seria uma solução. Só que diante da explosiva atuação do camisa 5 ontem, realmente, fica comprovado que seria um crime contê-lo na função, admito. Logo, dou a mão à palmatória a Tite, pois o raciocínio de manter dois volantes flutuantes em campo leva a escalar mais um, que guarde a entrada da área. E por isso aprovei a tática dos três volantes, repetindo que o primeiro deveria ser Danny Moraes, que espera na fila mais tempo do que devia. Mas, opções a parte, a estratégia dos três volantes superou a dos três atacantes. Também quero salientar que Magrão e Guiñazu avançam e não são jogadores plantados ou pesados, logo, não me parece uma formação retranqueira.
Nelson, tuas explanações nesse mesmo dia contestam a formação. Estou de acordo com o que observaste sobre os laterais nesse esquema, que deveriam subir pra cruzar e que os nossos não o fazem, tampouco temos atacantes altos pra receberem na área. A prova disso está no lance
Seguindo a tendência da sabatina e a todos nós, também me apresento ao corretivo, pois decretei repúdio ao técnico e venho hoje reconhecer seus méritos. Mas como a análise de professora da quinta série inclui medidas educativas generalizadas, vai a pergunta, Tite: D’Alessandro por Rosinei?
Por fim, o que tenho mais a dizer sobre Guiñazu que não seja clichê? Se o que me restara foi a pergunta feita por Louis no post abaixo. O que ainda precisa provar esse gigante à imprensa do centro do país?
Nada! Ignorância não se toma por fato, quanto menos verdade. Não querem reconhecê-lo? Azar o deles!
E à torcida colorada, desencantem tal qual D’Alessandro. Proíbam o verbo acabou. Silêncio que precede o estouro é a palavra de ordem, cientes do caráter humildemente evolutivo. Não sejamos girassóis cegos, há luz por onde nos direcionemos a procurá-la. Não tá morto, e quem peleia?
- Diana;
- Alguém?
- Segue o baile...
E noite cheirando à querencia nas tertúrias do meu pago.