sexta-feira, setembro 05, 2008

21 Por que investir no Beira-Rio?

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Caso seja feito com inteligência, cada centavo investido no Beira-Rio deve render lucro a médio prazo. Caso seja feito com inteligência! Isso deve estar na mente de cada colorado antes de pensar em criticar investimentos na infra-estrutura de jogo no Estádio. É comum vermos comentários sobre aqueles sócios que têm entrada livre, pagam, mas não vão ao estádio: "fulano é o melhor sócio, paga e não vai ao jogo". Trata-se de uma grande bobagem baseada em um preceito antigo de que a presença do torcedor causa prejuízos ao clube.

Ao ler sobre estádios europeus, aqueles sempre cheios, cheguei a uma informação fundamental: em média, um terço do faturamento milionário dos grandes clubes europeus provém de rendas de "match day": o ingresso, o estacionamento, os lanches, bebidas, venda de produtos licenciados, espaços de publicidade e tudo mais com que se possa lucrar com a realização de um grande evento desportivo, o jogo de futebol.

Enquanto isso, o Beira-Rio tem recebido uma média de 20 mil torcedores por jogo nos últimos anos. Isso é falta de interesse dos colorados no jogo? Não. É falta de interesse de muitos colorados em enfrentar filas e mais filas, engarrafamento, dificuldade de circulação, e, principalmente para estacionar. E não me falem daquelas teorias furadas de que a baixa renda dos brasileiros é incompatível com o preço dos ingressos. Ora, temos mais de 70 mil sócios, quase 40 mil com entrada LIVRE, o que por si só derruba tal argumento.

Caso os dirigentes do nosso Clube tivessem interesse em lucrar com o jogo de futebol, tal como aqueles clubes que vêm aqui e compram rindo os jogadores que vendemos chorando, deveriam ter mais interesse em investigar os problemas enfrentados pelos torcedores. Aquele sistema inútil de restringir acesso a determinados conteúdos no "site" oficial para sócios, poderia ser usado para pesquisas de opinião junto aos sócios, por exemplo, "com que freqüência você vai aos jogos?", "QUAL É O PRINCIPAL FATOR QUE O AFASTA DOS JOGOS"? E partindo dessas informações, procurar atacar os problemas levantados pelos próprios torcedores, que são quem, afinal, paga a conta.

Partindo-se desses problemas que afastam o torcedor do estádio é que deve ser norteada a reforma do Beira-Rio, isso é RESPEITO com os "clientes" do Inter, seus apaixonados torcedores. A partir do momento em que o Inter aprender a lucrar com a presença dos torcedores, será um estímulo para a promoção de jogos não só dos profissionais. Naqueles fins de semana sem jogo do time principal, poderiam ser promovidos jogos dos juniores, Inter B(se ainda existisse), futebol Feminino, e Futsal(!). Tudo com entrada gratuita para os sócios, e ingressos simbólicos aos não-sócios. E o lucro? Ora, o estacionamento, as bebidas, os lanches, o patrocinador... Match Day! Enfim, um jogo é um espetáculo, um evento, um negócio altamente lucrativo. Basta aproveitar ao invés de se acomodar com as verbas de TV.

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- Falando em Futsal. Bem que o Inter poderia aproveitar a divulgação do "FIFA Futsal World Cup Brazil 2008" que está sendo divulgado até o dia 5/9 no Shopping Praia de Belas e reabrir o Futsal. Ah, claro, tem que aprender a lucrar com o Gigantinho...

http://www.brasilfutsal2008.com.br/

- Promessa de Fernando Carvalho em 14 de Dezembro de 2002, dias antes de eleger-se presidente: "reativar o futsal". Leiam: Candidatos querem a volta do futsal.

- Curiosidade histórica. Em 1997 eu tinha um narrador preferido. Disparado! Era o Haroldo. Quanta emoção e quanta força passava aquela voz. Um gol narrado pelo Haroldo era uma provocação em si: "gooolll...CALA A BOCA! Esse é o gol Cala a boca!", "a grande nação colorada lava a alma nesse grenal!" e por aí vai. Por esse motivo, eu gravava os gols quando eram repetidos após o jogo. Depois, ligava para os colegas do colégio e deixava o Haroldo falar por mim.

Abaixo os gols do Gre-Nal 335, aquele. Transcritos de fita K-7.

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