segunda-feira, julho 23, 2012

Nomes

Cuca, o treinador depressivo e rejeitado pela torcida colorada, com um histórico de bons times, nenhum título e muitas frustrações. Um ex-jogador – R49 , um atacante medíocre – – e um punhado de jogadores medianos, sem passagem marcantes em clube qualquer, tais como Marcos Rocha, Serginho, Leandro Donizete, Júnior César, Escudero e Rafael Marques, entre outros.

Pois bem, este é o time líder do Zveitão, com 9 vitórias em 11 jogos e melhor aproveitamento da história da competição de pontos corridos.

Fábio Santos, Chicão, Edenílson, Alessandro, Júlio César, Luiz Ramírez, Wallace e Weldinho. Atletas com participação na campanha continental e que garanto, não entusiasmam ninguém. E a cereja do bolo, capitaneados pelo Pastor Tite, que não deixou saudade alguma pelo Beira-Rio.

Veja bem, estes atletas jogam e fazem parte do time atualmente campeão brasileiro e sul-americano.

João Vítor, Leandro Amaro, Márcio Araújo, Mazinho, Maurício Ramos, Thiago Heleno, Betinho, Patrick… Nomes de causar questionamento, mas mesmo assim, campeões da Copa do Brasil.

Auremir, Matheus Carvalho, Carlos Alberto, Douglas, Pipico, William Barbio, Chaparro… Preciosidades do vice-líder do Brasileirão, 7 pontos a frente do colorado.

O Cruzeiro, especialmente, é um amontoado de volantes e refugos de outras equipes, e mesmo assim está a nossa frente na tabela.

Por fim, pra contextualizar, Michel, Ediglê, Léo, Marcelo Boeck, Hidalgo, Perdigão e Wellington Monteiro foram campeões mundiais e, cá entre nós, não são nenhum primor de jogador, não é?

Exemplos não faltam, mas vou me deter por aqui. O que quero dizer é que para além da máxima que se trata de um esporte coletivo, acima de tudo futebol se faz com idéias e não com nomes.

Sou contra a demissão de um treinador em meio a um campeonato, mas a saída de Dorival Jr tornou-se imperativa. Independente dos desfalques, não havia estrutura tática, ou seja, não havia uma idéia de futebol.

Com Dorival, o desempenho sempre esteve associado exclusivamente às individualidades, que quando não resolviam, o time como um todo naufragava.

Em contrapartida, quando um treinador encontra uma forma de jogar, preferencialmente adaptado as características que tem no plantel (e não o contrário), e reforça essa idéia através de treinos táticos e de repetição exaustiva, há um ganho em todos os aspectos.

Em um time bem ajustado, ou encaixado como diriam uns, independente de nomes, as peças funcionam e a engrenagem gira… O ruim fica médio, o médio vira bom, e o bom vira craque. Por fim, as individualidades brilham, uma vez que não cai às suas costas o desempenho da equipe como um todo.

Cada jogador escalado na sua posição, sem improvisações, e realizando um papel tático e técnico de forma satisfatória, ciente de suas responsabilidades, sem sobrecarregar um determinado jogador e/ou setor e sempre em função do time.

É apenas isso que exijo de nosso novo treinador.

Que ele seja bem sucedido em suas aspirações, abandone a idéia de jogar com três volantes e simplifique. 

Muito mais do que nomes e reforços vultuosos, o Inter necessita de um bom conceito de futebol e uma boa aplicação em prática destes conceitos.