Pois bem, este é
o time líder do Zveitão, com 9 vitórias em 11 jogos e melhor aproveitamento da
história da competição de pontos corridos.
Fábio Santos,
Chicão, Edenílson, Alessandro, Júlio César, Luiz Ramírez, Wallace e Weldinho.
Atletas com participação na campanha continental e que garanto, não entusiasmam
ninguém. E a cereja do bolo, capitaneados pelo Pastor Tite, que não deixou
saudade alguma pelo Beira-Rio.
Veja bem, estes
atletas jogam e fazem parte do time atualmente campeão brasileiro e sul-americano.
João Vítor,
Leandro Amaro, Márcio Araújo, Mazinho, Maurício Ramos, Thiago Heleno, Betinho,
Patrick… Nomes de causar questionamento, mas mesmo assim, campeões da Copa do
Brasil.
Auremir, Matheus
Carvalho, Carlos Alberto, Douglas, Pipico, William Barbio,
Chaparro… Preciosidades do vice-líder do Brasileirão, 7 pontos a frente do
colorado.
O Cruzeiro,
especialmente, é um amontoado de volantes e refugos de outras equipes, e mesmo
assim está a nossa frente na tabela.
Por fim, pra
contextualizar, Michel, Ediglê, Léo, Marcelo Boeck, Hidalgo, Perdigão e
Wellington Monteiro foram campeões mundiais e, cá entre nós, não são nenhum
primor de jogador, não é?
Exemplos não
faltam, mas vou me deter por aqui. O que quero dizer é que para além da máxima que
se trata de um esporte coletivo, acima de tudo futebol se faz com idéias e não
com nomes.
Sou contra a
demissão de um treinador em meio a um campeonato, mas a saída de Dorival Jr
tornou-se imperativa. Independente dos desfalques, não havia estrutura tática,
ou seja, não havia uma idéia de futebol.
Com Dorival, o
desempenho sempre esteve associado exclusivamente às individualidades, que
quando não resolviam, o time como um todo naufragava.
Em contrapartida,
quando um treinador encontra uma forma de jogar, preferencialmente adaptado as
características que tem no plantel (e não o contrário), e reforça essa idéia
através de treinos táticos e de repetição exaustiva, há um ganho em todos os
aspectos.
Em um time bem
ajustado, ou encaixado como diriam uns, independente de nomes, as peças
funcionam e a engrenagem gira… O ruim fica médio, o médio vira bom, e o bom
vira craque. Por fim, as individualidades brilham, uma vez que não cai às suas
costas o desempenho da equipe como um todo.
Cada jogador
escalado na sua posição, sem improvisações, e realizando um papel tático e
técnico de forma satisfatória, ciente de suas responsabilidades, sem
sobrecarregar um determinado jogador e/ou setor e sempre em função do time.
É apenas isso que
exijo de nosso novo treinador.
Que ele seja bem
sucedido em suas aspirações, abandone a idéia de jogar com três volantes e
simplifique.
Muito mais do que nomes e reforços vultuosos, o Inter necessita de
um bom conceito de futebol e uma boa aplicação em prática destes conceitos.