segunda-feira, julho 09, 2012

Vox Populi

Na gélida noite de sábado, o Internacional venceu o bem organizado time do Cruzeiro, faturou 3 pontos, suplantou a equipe mineira e aproximou-se do G4, encurtando a distância para o líder.

O futebol, como de costume, não convenceu, mas os três pontos vieram da forma que virou rotina: apoiada em lampejos e na individualidade dos bons valores ofensivos de nossa equipe.

Seja em organização tática, saída de bola, marcação pressão e transição defensiva-ofensiva, a equipe mineira sempre foi mais organizada que a colorada. Alguém descreveu que nosso time usa a tática do estouro de boiada: “cada um corre para um lado, de maneira desorganizada”.

O que mais impressiona é que o Inter de mais de um ano de Dorival é visivelmente inferior ao Cruzeiro de pouco mais de um mês de Sexy Roth. E cá entre nós, se a comparação com Roth é de prejuízo, é porque a situação está periclitante.

Inclusive, gostaria de manifestar meu orgulho à forma como a torcida gritou incessantemente o nome de Bolatti nos 5 últimos minutos de jogo, mostrando não apenas apoio ao jogador, mas repúdio ao trabalho abaixo da crítica de nosso comandante.

Um jogador de nível de seleção, com história de conquistas e de grandes clubes não pode virar refugo de uma hora para outra, sendo preterido por nomes inexpressivos e de pouco futebol como Josimar e Élton (nada pessoal).

Sob olhares externos, essa indisposição com o gringo mais parece uma birra pessoal do treinador, e não há ninguém que cobre ou questione o que não deixa de ser uma desvalorização do património do clube. Isso vindo de um jogador que indicou preciosidades como Fransérgio.

Por fim, o Marcos Marino, em seu twitter (@Marcos_Marino) foi perfeito acerca de nosso treinador:

O pior argumento para a manutenção do Dorival é dizer que não tem ninguém melhor para o lugar dele. Um treinador para ser mantido no cargo tem que ser por convicção no seu trabalho e não simplesmente porque não há ninguém melhor.”

Por ora, a qualidade ofensiva da equipe vem carregando nosso técnico e mascarando nossas deficiências, mas nem sempre a sorte de jogar mal e vencer vai estar ao nosso lado.

A torcida já percebeu isso e não é burra.

E a voz do povo, é a voz de Deus.
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