O futebol, como
de costume, não convenceu, mas os três pontos vieram da forma que virou rotina:
apoiada em lampejos e na individualidade dos bons valores ofensivos de nossa
equipe.
Seja em
organização tática, saída de bola, marcação pressão e transição defensiva-ofensiva,
a equipe mineira sempre foi mais organizada que a colorada. Alguém descreveu
que nosso time usa a tática do estouro de boiada: “cada um corre para um lado,
de maneira desorganizada”.
O que mais
impressiona é que o Inter de mais de um ano de Dorival é visivelmente inferior
ao Cruzeiro de pouco mais de um mês de Sexy Roth. E cá entre nós, se a comparação
com Roth é de prejuízo, é porque a situação está periclitante.
Inclusive, gostaria
de manifestar meu orgulho à forma como a torcida gritou incessantemente o nome
de Bolatti nos 5 últimos minutos de jogo, mostrando não apenas apoio ao
jogador, mas repúdio ao trabalho abaixo da crítica de nosso comandante.
Um jogador de
nível de seleção, com história de conquistas e de grandes clubes não pode virar
refugo de uma hora para outra, sendo preterido por nomes inexpressivos e de
pouco futebol como Josimar e Élton (nada pessoal).
Sob olhares
externos, essa indisposição com o gringo mais parece uma birra pessoal do
treinador, e não há ninguém que cobre ou questione o que não deixa de ser uma
desvalorização do património do clube. Isso vindo de um jogador que indicou preciosidades como Fransérgio.
Por fim, o Marcos
Marino, em seu twitter (@Marcos_Marino) foi perfeito acerca de nosso treinador:
“O pior argumento
para a manutenção do Dorival é dizer que não tem ninguém melhor para o lugar
dele. Um treinador para ser mantido no cargo tem que ser por convicção no seu
trabalho e não simplesmente porque não há ninguém melhor.”
Por ora, a
qualidade ofensiva da equipe vem carregando nosso técnico e mascarando nossas
deficiências, mas nem sempre a sorte de jogar mal e vencer vai estar ao nosso
lado.
A torcida já
percebeu isso e não é burra.
E a voz do povo, é
a voz de Deus.
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