Mas um episodio do MATA MATA para descobrir quem será o Proximo Bloguista do Blog Vermelho.
Parece que teremos 8 mata matas nessa fase, que nem Copa. Infelizmente algumas pessoas mandaram texto DEPOIS do começo da competição e como tinha prometido eu só aceitaria até o começo. Então se por acaso seu texto não aprecer não leve a mal, so cumprindo as regras prometidas.
Bom o Mata Mata # 3 terminou 21 x 5 para o Bloguista # 6. Ele passa para a proxima fase. Mata Mata é fogo né!!
Então porenquanto temos na Proxima fase Bloguistas # 2, # 4 e # 6...hmm só os Pares...por favor, esses então enviem seus proximos textos ao mesmo email de antes para a proxima fase.
Vamos então para o Mata Mata #4. é Bom lembrar que todos esses textos foram enviados ANTES da comepetiçao começar e estou colocando as na competição na ordem que recebi.
Notei até que os Bloguistas diarios estão caprichando tambem nos seus textos! hehe deve ser a pressão! Vamos la entao!
BLOGUISTA #7
O fim de uma gangorra
Crescemos ouvindo aquela música de uma nota só: “quem foi rei jamais perderá a majestade”. Era o tom de um disco quebrado que havia feito sucesso duas décadas e meia atrás e que tocara por algumas outras vezes nos anos 90. Mas era acima de tudo uma arrogância externada pelos co-irmãos ingratos a cada vez que assistiam insólitos um feito relevante do Clube do Povo do Rio Grande do Sul.
Aquela história de que “nada pode ser maior” era só mais um capítulo de uma das maiores rivalidades do futebol mundial. Mas não era assim que os rivais da Azenha se comportavam. Sempre fizeram questão de desdenhar de nossas vitórias gloriosas como o tri invicto, o octacampeonato gaúcho, o Gre-nal do século, a Copa do Brasil, os 5 x 2, o tetra brasileiro ganho em campo e nos tirado no tapetão.
Mas desde 1991 nós ganhamos um trunfo que eles nunca souberam aceitar: vergonhosamente as majestades de outrora amargaram a segundona do futebol brasileiro. Não foi uma vez e sim duas. Com o orgulho manchado e ferido os “imortais” ainda se diziam donos do mundo. E cada vitória relevante do Gigante da Beira do Rio atordoava os nossos rivais que nunca souberam reconhecer nossas façanhas.
É por isso que tem doído tanto para os falsos castelhanos reconhecerem o fim de uma gangorra que balançou pela primeira vez há quase um século quando os irmãos Poppe resolveram democratizar o futebol nos pampas.
Estivemos no topo com o Rolo e o Rolinho nos anos 40 e 50, no nascimento do gigante nos anos 60, quando fomos donos do Brasil nos anos 70, quando conquistamos a quarta estrela nos anos 90. Mas tudo fazia parte de um sobe e desce que começara a terminar por obra de uma conquista inesquecível, para nós e para eles. Era a aposentadoria de uma gangorra que jamais nos levou ao inferno e quando nos ergueu ao topo do mundo fez de uma forma irretocável.
A nossa alegria na manhã do dia 17 de dezembro de 2006 contrastava com a inveja dos nossos rivais que até hoje não admitem que sim, algo poderia ser maior. Essa angústia que os atordoa está explícito em cada recanto e a inconformidade é definição mais cristalina dos sentimentos do co-irmão. O sangue escorrendo na camiseta do guerreiro Índio, o suor na testa do garoto Luiz Adriano, a transpiração do gigante Iarley e o chute consagrador do Gabiru não sai da cabeça de nenhum gaúcho, seja ele vermelho ou azul.
Essa é a história, que pode assim ser contata: um dia teu preconceito nos fez nascer, tua arrogância, nos fez grande, tua inveja nos inspirou e teu orgulho ferido nos viu soberano.
BLOGUISTA #8
O Campeão
Como se faz para ser um campeão? Ganha-se tudo, certo? Pode ser. O Corinthians foi campeão brasileiro em 2005, mas ganhou “tudo” de forma duvidosa. E aí, vale o título? Em contrapartida, é digno de desprezo um time que perdeu? Pode ser. Para alguns a seleção brasileira de 82 foi o melhor time que já disputou uma copa do mundo. E perdeu. A loucura do futebol está justamente nisso, tudo pode acontecer. Resultado injusto, digno, sorte, azar, tudo faz parte. Um erro no ataque é um gol perdido, podendo acarretar em, na pior das hipóteses, um ponto na tabela. Um erro na defesa é um desastre, menos três pontos. E quem são, usualmente, os jogadores mais famosos? Os atacantes.
O que tinha de diferente no Inter em 2006? O Tinga. O que o Inter ganhou depois da saída desse jogador? Campeonato Mundial... contra o Barcelona. Mas então o que aconteceu com esse time? Perdeu.
Perdeu porque não foi suficientemente superior aos seus adversários e nessas horas a sorte abandona, virou a casaca pro lado dos uruguaios, nos deixando pasmos diante da bola que bateu nas costas do goleiro do Nacional e foi pra fora.
Aí nos agarramos às mais diversas explicações: táticas - o técnico, físicas – a direção, psíquicas – a pressão e até sobrenaturais – o Michel.
E o que acaba entrando pra história? O jogo.
Vocês conseguem imaginar como guardaríamos em mente a disputa contra o Nacional se não precisássemos de saldo?
Jogão de bola.
E o que estaríamos dizendo hoje se fizéssemos mais dois gols ilícitos?
Classificamos, é o que importa.
Não deixou de ser o melhor jogo do colorado porque não fizemos três gols, não adianta iludir-se com a atuação, pois não foi suficiente, mas é merecido o reconhecimento aos jogadores, porque foram dignos.
É preciso exaltar a postura que tivemos e trabalhar as falhas exaustivamente, só assim conseguiremos continuar sendo o que somos, campeões.
O que eu vou guardar desse começo de 2007 é a mobilização que esta partida gerou, de todos, equipe e torcida. Vi um time valente e uma torcida apaixonada lutando até o fim.
O campeão cai. Cai pra levantar mais forte, mas só se fortalece quando aprende com a derrota, recado para a direção.
O campeão erra, mas só terá evoluído quando não repetir os mesmos erros, recado para o Abel.
E para a torcida, não tenta dizer que vai abandonar porque paixão de torcedor é igual a namoro, briga porque ama. E tudo começa assim:
Um cara de 1,90m na fila do cinema se apaixona por uma baixinha de quadris voluptuosos, chega perto dela e diz:
- Vai assistir o que?
- Babel.
- Eu também. Adoro esse diretor mexicano, já viu o...
- Amores brutos. Sim, é muito bom. Mas eu gostei mais do...
- 21 gramas, hehe, eu também. Meu nome é Fernando, mas todo mundo me chama de Fernandão. E o teu, qual é?
- Glória.
- De que?
- Do Desporto Nacional.