Escrito por Diana Oliveira
... a gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá...
Pobre Fernandão, a cigana tá de brincadeira com ele e por tabela, com todos nós. Existem teorias díspares pra definição do quanto somos autores ou meros personagens do destino. Uns dizem que tudo está traçado, não há como fugir, outros afirmam que somos os únicos responsáveis pelo caminho que vamos trilhando ao longo de nossas, emocionantes ou medíocres vidas. Em algum momento a pergunta aflige, minha “frisante” ou frustrante vida? Acredito que sejamos os criadores do roteiro de nossas cenas, mas em tempo real. A vida é mesmo um constante improviso.
Imagino que nesse momento o Capitão está abatido, inquieto, talvez até irritado com a sua condição. Talvez ele se critique pelas providências não tomadas, algo de poder mais preventivo pra situação que se apresenta, mas a verdade é que por algum motivo ele teria um ano difícil. Conseqüente ou inevitavelmente, nós também.
Creio que nas cartas, nas estrelas, no futuro, no placar eletrônico, em algum lugar tava escrito: vai ser dureza, disso não havia como escapar, até aí foi personagem. Já a partir do primeiro momento de “soco no estômago”, passa a valer a postura como agente e na atitude o roteiro vai sendo adaptado e as coisas vão acontecendo a um passo gradativo. Mas tem que ter inconformidade, esta que ataca pungente, que provoca reação.
Não é pra hoje, pro mês que vem, nem pra esse ano que teremos o colorado em sua plenitude. Enquanto isso, que se eternize o momento qualquer de euforia, de paixão contida.
Só não deixa morrer o estímulo, não deixa partir a Glória.
Sábado a previsão é de chuva, como tem sido quase rotina pros dias de Beira Rio, fazer o quê... vamo lá, deixa chover...