Começa hoje os Mata Matas pra decidir o novo Bloguista do Blog Vermelho. Leia e depois vote no seu favorito entre Bloguista #1 e #2. O vencedor passa pra proxima fase.
Vote apenas uma vez. Voce tambem pode dar sua opinião mas seu voto só sera contado se voce incluir seu nome. Candidatos por favor não revele seu nome até o fim do concurso e campanhas para amigos e familiares votarem é proibido. Qualquer controversia será decidido por mim e pelos Bloguitas atuais do BV.
O Tema do concurso é a Situação atual do Inter (lembrando que alguns textos foram enviados a 1 semana)
Boa Sorte a todos.
BLOGUISTA #1Esperando pelos decisivos
Se você imaginar a vida de uma forma mais otimista, vai acabar vendo que ela não é assim tão complicada. Os problemas todos de todo um contexto podem estar resumidos em coisas de uma outra ordem, e tudo pode estar em jogo em uma simples partida de futebol, por exemplo.
Afinal, no campo de jogo há espaço para tudo, não é mesmo? Para vencer o invencível, para acabar o inacabável. Há espaço para rir, para chorar – e para esquecer de tudo.
É lá, na cancha, que a tristeza quase palpável de certas horas por vezes vai embora com um simples gol – e que não precisa nem ser um golaço, um gol de placa, uma pintura.
Basta que seja gol – e que seja gol do Inter.
Ou vai dizer que tudo não fica mais fácil quando é gol do Inter?
Contudo, essa mesma vida que pode se resolver na velocidade de um chute preciso tem lá suas definições, e contra elas nem toda a raça do Guina adiantaria. Contra elas, tem de se ter paciência, esperar a hora certa, e saber o que fazer nessa hora certa – ou não saber, quem pode saber?... mas a vida vai mesmo assim, definindo seus momentos entre os corriqueiros e os decisivos, e nós os vamos vivendo no ritmo em que eles se apresentam – um de cada vez, e um depois do outro – e os corriqueiros a todo instante.
A verdade é que passamos a vida entre os corriqueiros e á espera dos decisivos.
Atualmente, o Inter está vivendo entre momentos corriqueiros: uma partidinha do gaúcho aqui, um treino ali, outra partida pelo gaúcho lá. Mas não nos enganemos: o Colorado está á espera dos decisivos – assim como todos nós estamos, em nossas vidas e em nossas sendas, e assim também em relação ao Inter.
Todos nós queremos os momentos decisivos.
Porém, não há como viver os decisivos sem passarmos pelos corriqueiros, é da vida. E há de se ter muito cuidado nestas horas mais comuns para se conseguir passar por elas com integridade e chegar fortalecido nas horas decisivas.
Enquanto elas não chegam, vamos fazendo o que tem que ser feito.
E se recheamos nossos sonhos com grandes vitórias coloradas na chegada dos decisivos, os momentos corriqueiros tem mostrado um Inter ainda um tanto quanto instável, que parece claramente diferente do Inter dos últimos dois anos. Em 2006, o Inter sabia exatamente o que fazer, e em 2007 tínhamos até potencial, mas havia algo dando muito errado por trás de tudo aquilo – e é melhor que fique tudo assim mesmo: levamos a tríplice, enfim... mas o Inter versão 2008 parece não ter engrenado, ainda: joga muito quando tem como adversário alguém que quer jogar futebol (ou pelo menos tentar jogar), mas dorme em campo quando tem como adversário alguém que não está lá muito a fim de nada em campo. Aí, as coisas param, e quando o Inter acorda, 1 a 0 contra – e o tempo está terminando...
A questão que define as coisas como um acerto ou como um erro na vida, no entanto, é o que nós fazemos diante dos momentos, qual é a nossa atitude quando as horas são comuns, e como agimos diante das horas decisivas – as horas pelas quais por vezes esperamos uma vida inteira! – e não a natureza dos momentos em si.
Não importa qual é o momento – importa o que somos diante deles.
E eu me pergunto: o que vai ser o Inter quando os decisivos chegarem?
A grande maioria eu sei que vai brigar até o último minuto – e até depois, se precisar. Nós todos estaremos lá, é certo. Pulando, cantando, jogando junto.
Mas e os que apagam em campo, de vez em quando? Vão apagar na hora decisiva?
É uma das questões que ficam entre nossos pensamentos vermelhos enquanto vivemos estes dias corriqueiros esperando pelos dias decisivos, e sonhando com muita felicidade – até porque sonhar não custa nada, e felicidade é coisa que não precisa de muito para se tornar real.
Basta apenas um gol – e que nem precisa ser um golaço, de placa, pintura.
Basta que seja do Inter.
Ou vai dizer que tudo não fica mais fácil quando é gol do Inter?
BLOGUISTA # 2Investindo na auto-estima
Se 2006 foi o ano da glória máxima da história colorada e 2007 o da ressaca, 2008 deverá ser o ano da afirmação. A vitória no torneio de Dubai evidenciou o potencial do time e do clube. Dentro de campo, com todos os jogadores à disposição e uma boa formação tática, podemos enfrentar qualquer equipe do mundo e até mesmo, como aconteceu nos Emirados Árabes, vencer. Fora de campo, o prestígio adquirido pelo título mundial e o planejamento iniciado há mais de meia década propiciam ao clube traçar projetos audaciosos.
Nas últimas duas décadas, não lembro de um ano que o Inter tenha começado com um time tão completo e estável quanto este. Jogadores consagrados, juntamente com nomes expressivos recém trazidos, todos com contratos de longo prazo e altas cláusulas rescisórias, fazem com que o torcedor sonhe com onze titulares confiáveis para toda a temporada. Paralelamente, o trabalho de base que revelou Nilmar, Sóbis e Pato, permite que o torcedor deposite grandes esperanças também nas jovens promessas Walter e Tales.
Na casamata, o eternamente contestado Abel Braga tem uma virtude que ninguém questiona: sua identificação com o clube. O destino caprichou em fazer com que o mesmo treinador do Gre-Nal do Século estivesse à beira do gramado nas conquistas da Libertadores e do Mundial. Algum jornalista do centro do país já chegou a afirmar que Abel está para o Inter assim como Alex Ferguson está para o Manchester United.
Fora de campo, hoje o Inter recebe visitas de empresários árabes, chineses e alemães, dentre outros, todos interessados em conhecer detalhes do projeto Gigante Para Sempre. Não se está falando apenas da cobertura do estádio, cujas obras devem se iniciar ainda este semestre, ou das novas suítes já em construção. Estamos diante de um projeto para a cidade, com a remodelação de toda a orla do Guaíba no entorno do Beira-Rio.
Há pouco mais de um ano do seu centenário, o Inter não entregou seu futebol ou seu patrimônio a um único e “milagreiro” parceiro, como já se viu outros clubes fazerem por aí. São vários os investidores no futebol e nos empreendimentos de infra-estrutura do clube, de modo que se uma ou outra não vinga, não se compromete toda a estrutura da instituição.
Não dá pra assegurar que seguiremos conquistando outros títulos já em 2008. Também não me arrisco ainda a dizer que o Beira-Rio receberá jogos da Copa do Mundo de 2014. Provavelmente isso não dependerá só do Inter. Mas o que se pode afirmar, sem medo de errar, é que o planejamento que vem sendo implementado desde longa data, permite que tenhamos essas esperanças e esse é o melhor investimento que um clube pode fazer. O trabalho sério e competente dá esperanças ao torcedor e aumenta a sua auto-estima, colocando em alta, como nunca, o orgulho de ser colorado!