Pois ontem o Luis postou mais um mata-mata entre os novos blogueiros/bloguistas (vamos fazer um concurso pra achar um termo melhor?) e a galera supostamente deveria votar em qual dos dois textos tinha gostado mais.
Como quase sempre, depois de um tempo o assunto toma outro rumo e acaba se discutindo escalação, treinador, direção e o escambau. Porém, nesta terça o troço foi mais ‘violento’ do que o normal, batendo os recordes de comentários do BV.
Do caralho, fico contente pelo sucesso do blog e de fazer parte desse time de loucos e apaixonados pelo clube. Mas (and there’s always a but, right Louis?), a grande maioria dos comentários não era acerca do post!
Tá certo meu pessoal, aqui é o espaço mesmo pra gente discutir e conversar, mas precisa ser tanto assim? Hehe. Toda vez que a gente tenta racionalizar uma paixão, acaba falando bobagem – quem nunca foi apaixonado bobo que jogue a primeira pedra.
Então pasmem, mas eu decidi controlar um pouco a minha paixão pelo Inter. Porque o clube não paga o meu salário, porque o Abel ou qualquer outro técnico vai e vem e porque jogador é profissional e se acabar a relação de trabalho hoje, amanhã ele procura outra coisa e vai beijar outro distintivo.
Vou contar uma historinha: Seu Malafa Pai, meu progenitor, comprou cadeira e ajudou a erguer o Beira. Trabalhava viajando pelo interior do estado, e sempre que vinha a Porto Alegre ia até às margens do Guaíba ver como estava a obra e ficava sonhando onde seria a cadeira dele. Meses se passam, o Beira estréia e meu véio está lá, curtindo os jogos. Final de 75, lá estava o cidadão pra acompanhar a partida. Porém, incauto ou metido a macho, havia comido uma feijoada ao meio-dia. Em Porto Alegre. Em dezembro. E jogo do Inter. Obviamente passou mal, teve que sair às pressas do jogo e o médico o aconselhou a vender a cadeira. Desde então nunca mais pisou no estádio e eu me criei indo ao Gigante na companhia de vizinhos e do zelador do meu prédio.
E eu não acho que ele estivesse errado nem por um minuto! Não vale a pena se estressar tanto por um jogo, que assim como a grande maioria dos esportes, foi inventado como forma de diversão. Torça, berre, grite, chore, ria, partilhe com os velhos amigos – ou com os novos cada vez que você abraça o cara ao lado que nunca viu quando sai um gol rubro. E acima de tudo, divirta-se, a vida é muito mais que contas a pagar, Abel e Píffero. Groovy, baby!
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Foto da minha formatura, com a galera que ia aos jogos junta.