OK o Bloguista # 3 ganhou do Bloguista #4 e vai para a proxima fase. #3 por Favor me manda seu proximo texto. Topico Livre. (Parabens aos 2 por terem escrito o topico com o numero recorde de comentarios: 209)
Lembrando para os Escritores não revelarem sua identidade e so faze-lo se quiser apos o termino da campetição. E mais um lembrete: não vale pedir para amigos e familiares votarem em seu favor. Apenas votos de leitores frequentes do Blog vão valer. E talvez a maioria não tem visto mas talvez queiram dar uma olhada no ultimo comentario no Topico da Diana de Segunda Feira.
Vamos então para o proximo Mata Mata. Leia e vote!
BLOGUISTA #5
A morada e o Ethos colorado...
O termo grego ethos, traduzido para a cultura ocidental por ética, designa originariamente morada, ou seja, o habitat, lugar onde o ser humano se sente acolhido e abrigado. Num segundo sentido, ethos significa também costume, modo ou estilo habitual de ser. A morada, vista assim, metaforicamente, indica justamente que, a partir do ethos de cada ser humano, o espaço do mundo torna-se habitável (ou não) para ele (NOGUEIRA, 1989).
Tudo isso em nada tem a ver com aula de ética. Apenas me faço valer do conceito de Ethos para traçar um paralelo com a morada sagrada de toda legião de colorados e coloradas – o Gigante da Beira-Rio. Como bem sabemos, o Beira-Rio não é habitat natural para qualquer tipo de pessoa, não é dado a qualquer tipo profissional. Muitos adentram e passam por nossa morada, mas para nela permanecer e fazer história é preciso ter o que costumo denominar como ETHOS COLORADO.
Mas quais seriam os atributos, as características ou o estilo habitual de ser que melhor identificariam um profissional possuidor do ETHOS colorado? O recente episódio envolvendo as supostas negociações com o jogador Diogo Rincón me fez refletir mais profundamente sobre esta relevante questão. Ouvindo a uma entrevista do atleta num programa esportivo, no qual propagava aos quatro ventos seu amor pelo clube que o projetou, sua identificação com a torcida colorada, tal e coisa, coisa e tal, surpreendeu-me sua resposta diante da simples e fatídica indagação lançada pelo repórter: “Você jogaria no Grêmio?” Eis que a resposta do boleiro foi mais ou menos a seguinte: “Olha, minha prioridade é o Inter, porque sou colorado, amo o Inter, a torcida colorada, mas sabe como é que é, um amor mal correspondido...”.
Foi aí que, na minha perspectiva bem peculiar, a maionese discursiva do cara desandou e seu barraco desabou para os meus padrões de exigência. Como diria o professor Raimundo: Tava indo tão bem...
A pergunta feita pelo repórter foi bem simples, porém muita coisa se explica a partir dela. E lamento dizer: Se o Rincón e sua família não gostaram do que falou o Abelão, então pra mim o jogo ficou 1 a 1 porque também não gostei do que disse o rapaz, ainda mais assim com “toques sutis de ameaça”. Ainda que viesse com aquela ladainha clichê do tipo “olha, eu sou profissional” tudo bem, ainda que entenda não ser esta a resposta mais característica daqueles que possuem o verdadeiro ETHOS colorado. Agora, dizer-se colorado numa frase e na sentença seguinte aceitar passivamente – ainda que remotamente – a possibilidade de vestir a mortalha zebrada azul, preta e branca equivaleria, a meu ver, fazer um golaço de bicicleta nos moldes daquele do Nilmar na final da Dubai Cup: só que contra a própria meta. Sem falar que a suposta negociação tratava-se de mais uma estratégia-especulatória idealizada pelo empresário, para valorizar o passe de seu pupilo. Lamentável…
Alguns poderão entender este meu posicionamento como radical, extremista, fruto de fanatismo cego e tentarão contra-argumentar: Ah, mas o Tinga já vestiu a mortalha zebrada? E daí, tem ou não tem o Ethos colorado? Pois respondo de bate-pronto: O “Nêgo Tinga” tem o mais legítimo Ethos colorado, e explico. Era um jovem humilde, morador do bairro Restinga quando – mesmo sendo colorado – teve a oportunidade de jogar e fazer carreira no arqui-rival. Assim o fez, inclusive com certo brilhantismo. No entanto, tendo atingido o sucesso futebolístico e financeiro não hesitou em escolher a nossa morada sagrada para habitar. Sim a escolheu em um momento de sua carreira em que poderia ter escolhido qualquer outra morada de grandes clubes do Brasil ou do Mundo. Então para mim, esta é uma das características que difere quem tem e quem não tem o Ethos colorado: jogador afirmado, que tem a possibilidade de escolher entre diversos clubes e cogita – ainda que remotamente, por especulação ou simples brincadeira jogar no rival esse não tem o ethos colorado. Claro que não é só isso. Reconhece-se um profissional com ETHOS colorado por sua atitude, garra aliada à técnica tão característica de nossos grandes craques do passado como Dom Elias Figueroa, Falcão, Dunga (tá bem, este mais garra do que técnica) e Gamarra. Este último, por sinal, chegou inclusive a rogar aos céus “em rede nacional” – e eu vi – que Deus o ajudasse a nunca passar por dificuldade financeira a ponto de ter que vestir a camisa do arqui-rival. Do passado mais recente temos o Sóbis (que recentemente mandou o banguela do Pelaipe catar butiá no asfalto quando ousou cogitar imaginá-lo vestindo a mortalha zebrada), Daniel Carvalho, o inesquecível Librelato (que Deus o tenha), sem falar dos craques do presente que ainda habitam nossa morada como o caso de Nilmar (nosso filho pródigo), Fernandão, Iarley, Índio (que literalmente deu seu sangue pelo Inter na grande batalha), o recém-chegado Guina, e tantos outros que são ótimos exemplos de profissionais para os quais eu tranquilamente emito o Selo Ethos Colorado de qualidade e confiabilidade.
Se você discorda desta “teoria”, faça-se a fatídica questão: Aceitaria – por alguma quantia ou circunstância – torcer pelo rival?
Obra citada: NOGUEIRA, J. C. Ética e Responsabilidade Pessoal. In MORAIS, R. de. Filosofia, Educação e Sociedade (Ensaios Filosóficos). Campinas, SP, Papirus, 1989.
BLOGUISTA # 6
A volta de Nilmar e as expectativas para o resto do ano.
A semana marca para hoje um jogo decisivo em termos de momento colorado. O Colorado mais querido do Brasil enfrenta o São Luiz e uma vitória deixa o grupo tranquilo pra pensar na estreia na Copa do Brasil na próxima quarta-feira. Mas, o que anda pela cabeça do torcedor colorado?
Nilmar logo logo vai estar disponível e que time mandar a campo, então? Hoje não joga Alex e na falta de um cara do meio, da maneira que pensa o Abel, o Fernandão seria recuado pro meio, ficando o ataque para o Iarley e o Nilmar. Particularmente, sou da velha escola que dizia, não se mexe em time que esta ganhando.
Nilmar, voltando de lesão, que vá entrando no decorrer dos jogos no lugar dos atuais atacantes Fernandão ou Iarley. O grupo é grande e tem que ser administrado, todo mundo quer jogar, e o trabalho principal do treinador é convencer cada jogador a esperar a oportunidade na posição em que ele, jogador, irá render melhor.
Outro problema dessa fase do ano é que esses jogos ditos mais fáceis, atrapalham nas conclusões sobre os jogadores e o time. Dou um exemplo, num ano o Mossoró fez ótimas partidas no gauchão para ir abaixo do razoável em jogos contra times mais fortes. Alex esta se destacando agora, mas tem que se fazer essa ressalva.
Esperemos que o Inter siga mantendo o embalo sem subir no “salto”. Eu como torcedor espero sempre ganhar tudo. Mas confesso que para mim o título mais saboroso do ano é o de Campeão Brasileiro. Para mim o campeonato mais difícil de ganhar de todo o mundo.
Um grande braço a todos.
E Vamo Vamo Inter !!!