sexta-feira, julho 20, 2007

34 Campanha FIQUEM Nelson e CJR!!!

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ESCRITO POR RAFAEL SEVERO

Vou lançar aqui uma campanha que, justiça seja feita, foi sugestão do Dadinho, em comentário numa postagem anterior. Porém, a minha é às avessas à do proponente: a Campanha Fiquem Nelson e CJR. O Mundo anda tão sem graça. Então, qual a graça do convívio sem o contraditório? Que graça tem em ouvir o côro uníssono de amém, (ainda que Nelson e CJR digam amém sistematicamente um ao outro, como um espelho) a cada sentença.

A tática da exclusão é odiosa e exprime o desejo de supremacia de determinado grupo. Já vimos esse filme várias vezes na história da humanidade. A promoção de tal prática leva à aridez das idéias, ao lugar comum. Não, definitivamente, não precisamos mais da ferramenta da censura, pois, como tal, é uma forma de violência e, cá entre nós, o Mundo está de saco cheio de violência.

Não gostam do que escrevem os dois famosos colegas de blogue? Contra-argumente, se possível, com bom humor. Às vezes também não curto o que eles escrevem. Às vezes nem leio. Pra falar a verdade, me irrito bastante com algumas reiterações sistemáticas de algumas idéias do Nelson e do CJR. Parecem martelos!!! É tão irritante que chega a ser divertido. É aí que está a fórmula, na diversão! Isso tudo aqui é uma grande curtição, trocação, não de porrada, mas de idéias. Democracia total. Ponto e contraponto, blá, blá, blá, enfim...

Mas também, confesso eu, que concordo com muitos dos conceitos que eles emitem aqui. Aprendo com eles, como aprendo com muita gente boa que dá pitacos por aqui. É por isso que defendo incondicionalmente a presença do Nelson e do CJR e de todos os outros neste espaço criado pelo gringo. São peças imprescindíveis à saúde do blogue, como o são seus desafetos, que são inúmeros, eu sei. A presença dos dois é garantia do debate. Isso é certo. É isso que alimenta o blogue. E isso é, acima de tudo, muito divertido... Pelo menos enquanto não descamba para agressões pessoais.

Nem vou entrar na paranóica discussão se eles são autênticos colorados ou maquiavélicos gremistas. O que sei é que os dois são quase instituições do blogue, são assunto e, sobretudo, dão muita audiência. Bom, chega é isso. E não adianta me chamarem de gremista ou qualquer outro palavrão... eh, eh

Mudando de assunto... Como sabemos, a quarta-feira amanheceu sob mórbida configuração para os brasileiros e, em especial, os brasileiros do Rio Grande do Sul. Então, por sugestão da Diana, vou reproduzir aqui um poema do Grande Mário Quintana. Um poema singelo, mas o Quintana era gênio justamente por sua singeleza de ser e de suas palavras.

"Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"

Mario Quintana