terça-feira, setembro 04, 2007

14 ARBITROS

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Vocês devem lembrar que a algumas semanas atras fiz as "10 perguntas para" o Juca Kfouri e uma das perguntas era sobre o problema de arbitragem que o futebol enfrenta e que a FIFA nada faz para resolver. No basquete com 1/6 do tamaho de um campo de futebol e menos da metade do numero de jogadores eles tem 3 Juizes e o futel 1 mais dois assistentes. Já comentei sobre isso varias vezes aqui no Blog e até sugeri varias soluções. Mas nada da FIFA eles nem parecem tentar achar soluções. A cada rodada é sempre a mesma história...erros e reclamações. Eu entendo que errar é humano por isso nem culpo o Juizes e sim a FIFA que não arruma essa bagunça.

Mas o legal é que o Juca escreveu sobre o assunto essa semana. Veja:

POR JUCA KFOURI

O futebol quer que os árbitros errem


Não é de hoje que as segundas-feiras são dedicadas muito mais a discutir arbitragens do que propriamente a falar futebol.

E nada indica que isso vá mudar.

Em vez de se falar do gol mais bonito, de escolher, por exemplo, entre os gols de Nilton, Maicossuel e Souza, ou comentar o recorde da torcida do Flamengo, fala-se dos erros das arbitragens.

Ontem não foi diferente e um dos temas era se o carrinho dado por Pierre em Ramirez foi ou não para expulsão.

Fato é que as arbitragens erram pelo mundo afora como sempre erraram.

A diferença, já se disse mil vezes, é que hoje a TV flagra o erro por mais milimétrico que tenha sido, o que torna o árbitro o grande vilão do futebol, muito mais que o centrovante que perde um gol ou o goleiro que come um frango.

E assim será até que três medidas sejam adotadas:

1. auxílio eletrônico para a arbitragem;

2. profissionalização dos árbitros;

3. independência do departamento de árbitros das federações e confederações.

O problema é que nenhuma dessas medidas está no horizonte brasileiro porque:

1. falta dinheiro para profissionalizar a arbitragem num futebol que dá prejuízo;

2. o conservadorismo do mundo do futebol não quer nem pensar em arbitragem eletrônica;

3. dar independência aos árbitros significa deixar de exercer uma grande fatia do poder que está nas mãos da cartolagem.

Qual é a saída, então?

A de sempre.

Discutir os erros da arbitragem depois de cada rodada.