Vocês devem lembrar que a algumas semanas atras fiz as "10 perguntas para" o Juca Kfouri e uma das perguntas era sobre o problema de arbitragem que o futebol enfrenta e que a FIFA nada faz para resolver. No basquete com 1/6 do tamaho de um campo de futebol e menos da metade do numero de jogadores eles tem 3 Juizes e o futel 1 mais dois assistentes. Já comentei sobre isso varias vezes aqui no Blog e até sugeri varias soluções. Mas nada da FIFA eles nem parecem tentar achar soluções. A cada rodada é sempre a mesma história...erros e reclamações. Eu entendo que errar é humano por isso nem culpo o Juizes e sim a FIFA que não arruma essa bagunça.
Mas o legal é que o Juca escreveu sobre o assunto essa semana. Veja:
POR JUCA KFOURI
O futebol quer que os árbitros errem
Não é de hoje que as segundas-feiras são dedicadas muito mais a discutir arbitragens do que propriamente a falar futebol.
E nada indica que isso vá mudar.
Em vez de se falar do gol mais bonito, de escolher, por exemplo, entre os gols de Nilton, Maicossuel e Souza, ou comentar o recorde da torcida do Flamengo, fala-se dos erros das arbitragens.
Ontem não foi diferente e um dos temas era se o carrinho dado por Pierre em Ramirez foi ou não para expulsão.
Fato é que as arbitragens erram pelo mundo afora como sempre erraram.
A diferença, já se disse mil vezes, é que hoje a TV flagra o erro por mais milimétrico que tenha sido, o que torna o árbitro o grande vilão do futebol, muito mais que o centrovante que perde um gol ou o goleiro que come um frango.
E assim será até que três medidas sejam adotadas:
1. auxílio eletrônico para a arbitragem;
2. profissionalização dos árbitros;
3. independência do departamento de árbitros das federações e confederações.
O problema é que nenhuma dessas medidas está no horizonte brasileiro porque:
1. falta dinheiro para profissionalizar a arbitragem num futebol que dá prejuízo;
2. o conservadorismo do mundo do futebol não quer nem pensar em arbitragem eletrônica;
3. dar independência aos árbitros significa deixar de exercer uma grande fatia do poder que está nas mãos da cartolagem.
Qual é a saída, então?
A de sempre.
Discutir os erros da arbitragem depois de cada rodada.