Escrito por Diana Oliveira
Estripando a derrota. Tal como Jack, vamos por partes:
1. A troca constante de posições, rotatividade - a roda viva - quando bem marcada sofre. Contra times que jogam aberto funciona e muito bem, contra times fechadinhos, o Inter tem cozinhado o jogo até que o adversário cansa e o gol sai naturalmente. Tem sido assim, mas ontem não foi...
2. ... porque: O Edinho fez duas faltas ridículas. Banco já. Punição. Estamos estremecidos! Não admito que um profissional macaco véio na peleia seja expulso num jogo desses, em dois lances amadores. Chance pro Danny Moraes. Com um homem a menos o Juventude pôde controlar o cansaço e seguir marcando firme.
3. Abel: Sem jogada de linha de fundo, nessas situações sucumbiremos inevitavelmente. Se for de sua avaliação retirar Edinho e deslocar Monteiro pro meio campo, por mim tudo bem. Mas eu sacaria os dois, com Bustos na lateral direita e Danny Moraes de primeiro volante (já jogou nessa posição e correspondeu o menino).
E é de extrema importância que tenhamos alguém que vá ao fundo e cruze! Com marcação no campo todo, essa é a jogada fulminante e não podemos abrir mão disso com dois bons cabeceadores: Fernandão e Marcão.
Minha modesta opinião.
4. Abel, parte II: Se o Fernandão recua pro Alex avançar e este último não está bem na partida, eu substituo o Alex pelo Gil e avanço o Fernandão, que não vai conseguir chegar de traz com a frente da área tomada de marcadores, então deve receber pra finalizar dentro da pequena área.
Novamente, minha modesta opinião.
5. Abel, parte III: Mesmo com um a menos estávamos controlando a partida no momento do primeiro gol sofrido, por isso entendo que deveria entrar um jogador agudo, de correria, que vai pra cima. Além de contagiar os demais que sentiram o gol num erro individual, a zaga deles tava exausta. Forçasse mais um pouco era gol ou falta cavada próximo à área. Esse jogador não é o Adriano, foi um dia, mas por enquanto deixou de ser. Era jogo pro Guto, no lugar do Iarley.
Agora menos modesta, mais incisiva, opinião.
6. O problema da atual zaga colorada não é necessariamente a qualidade dos seus formadores. Nem Orozco acho tão mal assim. O problema é a ausência de xerife. Sem Sorondo não tem alguém que mande lá. Marcão não é esse cara. Índio nunca foi. Qualquer um desses três, ou Sidney, podem render tranqüilamente, mas obedecendo. Chefe de zaga é como camisa dez, não se forma, vem pronto. Esse cara é o Sorondo. Sem ele, o que fazer? Não está faltando aí perspicácia de entender tal fragilidade? O Denilson alerta pra isso desde sempre. Fomos juntos ao Beira Rio no sábado e mais uma vez meu nobre ex-colega bloguista tocou no assunto.
7. Hoje briguei com o Edinho. Meu ídolo é o Denilson.
8. Pô Magrão! Tava bem na partida, venho falando em ti. Não dá pra elogiar! Me explica o que foi aquilo?
9. Renan... Sem comentários. Quem te ensinou a sair do gol enlouquecido assim? O Clemer? Pode ser, mas esse era o maior argumento dos que te defendiam quando estavas na reserva: Clemer sai muito louco do gol.
Fizeste igual, se não pior.
10. ...Pior mesmo é no instante do apito final saber que o dia seguinte será muito ruim. Não pelos polentas, nem os pijamas. Mas pelos cornetas. Hoje o trio vai ser duro de agüentar. Eu confesso que tô chata, impaciente até, mas um pouco diferente dos nossos amigos: meu time perde, eu perco junto.
Beijos à nação colorada. E quer saber... na boca, pra melhorar nosso astral.