Ela era uma nordestina feia como o diabo, mas gostosa pra cacete. Veio parar em Porto Alegre, na mesma repartição em que Mathias trabalhava. Pra ser mais preciso, na mesma mesa do Mathias, viradinha de frente pra ele. Mathias não pôde deixar de notá-la. A cara dela lhe dava náuseas, mas do pescoço pra baixo tudo lhe era absolutamente comestível; Mathias estava em grande fase com as mulheres, comendo tudo que voa, anda e rasteja. Que mal teria comer a nordestina também?
Auto-confiante, ele começou a planejar o estratagema perfeito pra levar a moça pra cama. Começou a lançar sorrisos pra ela, trocar e-mails e até cafezinho preto ele servia pra mulher em meio ao expediente. Mathias tinha a idéia de levá-la a um motel que há lá nos confins da zona norte de Porto Alegre. Essas coisas precisavam ser feitas sem muita propaganda, bem longe de tudo e de todos, ainda mais com uma nordestina feia pra caralho como aquela, entendia Mathias. Não lembrava do nome do estabelecimento, mas sim de um ornamento grotesco na entrada, uma enorme viga de cimento de cerca de 6 metros de altura, com duas grandes esferas de concreto, uma em cada lado da viga. Era uma clara e cafona referência fálica, como um pênis gigante. Um cacete de concreto! Isso mesmo: Mathias queria levar a nordestina feia ao motel do cacete de concreto.
Pois bem, depois de um certo tempo de intimidades, Mathias resolve mandar um e-mail mais apimentado para a nordestina.
- E aí, tô muito a fim de dar uma banda contigo!
- Puxa vida, até que enfim, agora vc tá falando minha língua. Tô louquinha pra lhe chupar, gaúcho! Qual motel nós vamos?
Aquela agressividade toda foi um espanto para o Mathias. Era ele quem devia estar no comando da coisa. Não esperava uma receptividade tão espontânea e efusiva por parte da moça. Aquilo desarmou o rapaz e de certa maneira não lhe cheirava bem...
- ãh, bem... por onde começo, tem um motelzinho na zona norte da cidade. Não lembro o nome, mas ele tem, digamos, um adereço na frente, uma escultura, um p...
- Ah, eu sei, um cacete de concreto, não é?
- Sim, esse aí, do cacete. Conheces?
- Claro, já tive lá, no cacete de concreto... KKKKKKK Vamo hoje, né? A gente sai daqui e vai direto, né, gaúcho?!
A atitude da mulher caiu como uma avalanche sobre os ombros do Mathias, o gaúcho. E agora ele se via na obrigação de apagar aquele fogo do nordeste assim, de modo repentino, sem ao menos uma preparação, sem encher a cara. Estava completamente sem chão. Restava-lhe apenas encarar a "baranga" e dar o melhor de si. O tesão diminuia à medida que aumentava a preocupação. Será que vou "dar no couro?" O grande e comedor Mathias estava numa "sinuca de bico" e a poucas horas do momento derradeiro, lá no cacete de concreto.
Antes de passarem pela grande porta de acesso às entranhas do motel estava o bizarro cacete de concreto. Aquela imagem oprimiu ainda mais o coitado do Mathias, intimidando mais suas ações. "Putz, tô eu aqui com uma puta duma nordestina feiosa e depravada até a alma, num motel que tem um cacete de concreto na entrada. Pelo menos ela é gostosa pra cacete! É nisso que devo me concentrar: gostosa pra cacete, gostosa pra cacete, gostosa pra cacete..."
O mantra do Mathias até que funcionou bem, proporcionando uma noitada razoável com a nordestina. No entanto, o Mathias não conseguiu dar 100% do seu potencial. Operou à "meia-bomba". Também pudera, o sorriso da moça - quando lhe sorria com aquela carinha de cão judiado - combinado com a imagem perturbadora do cacete de concreto, que volta e meia vinha-lhe à mente, tornava difícil, quase impossível, manter a "postura ereta".
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Estranho o Internacional e o comportamento de sua torcida, na quarta. Tiveram uma noite de Mathias, contra o nordestino Sport. O time estava meio pregado (menos Guiñazú, óbvio) e a torcida estava "meia-bomba", quase broxando (É com x ou ch?). Tá certo que o Sport não é um bicho tão feio assim, mas está longe de ser uma gostosa e o Gigante, pelo que consta, não tem um cacete de concreto ornamentando sua entrada.
Auto-confiante, ele começou a planejar o estratagema perfeito pra levar a moça pra cama. Começou a lançar sorrisos pra ela, trocar e-mails e até cafezinho preto ele servia pra mulher em meio ao expediente. Mathias tinha a idéia de levá-la a um motel que há lá nos confins da zona norte de Porto Alegre. Essas coisas precisavam ser feitas sem muita propaganda, bem longe de tudo e de todos, ainda mais com uma nordestina feia pra caralho como aquela, entendia Mathias. Não lembrava do nome do estabelecimento, mas sim de um ornamento grotesco na entrada, uma enorme viga de cimento de cerca de 6 metros de altura, com duas grandes esferas de concreto, uma em cada lado da viga. Era uma clara e cafona referência fálica, como um pênis gigante. Um cacete de concreto! Isso mesmo: Mathias queria levar a nordestina feia ao motel do cacete de concreto.
Pois bem, depois de um certo tempo de intimidades, Mathias resolve mandar um e-mail mais apimentado para a nordestina.
- E aí, tô muito a fim de dar uma banda contigo!
- Puxa vida, até que enfim, agora vc tá falando minha língua. Tô louquinha pra lhe chupar, gaúcho! Qual motel nós vamos?
Aquela agressividade toda foi um espanto para o Mathias. Era ele quem devia estar no comando da coisa. Não esperava uma receptividade tão espontânea e efusiva por parte da moça. Aquilo desarmou o rapaz e de certa maneira não lhe cheirava bem...
- ãh, bem... por onde começo, tem um motelzinho na zona norte da cidade. Não lembro o nome, mas ele tem, digamos, um adereço na frente, uma escultura, um p...
- Ah, eu sei, um cacete de concreto, não é?
- Sim, esse aí, do cacete. Conheces?
- Claro, já tive lá, no cacete de concreto... KKKKKKK Vamo hoje, né? A gente sai daqui e vai direto, né, gaúcho?!
A atitude da mulher caiu como uma avalanche sobre os ombros do Mathias, o gaúcho. E agora ele se via na obrigação de apagar aquele fogo do nordeste assim, de modo repentino, sem ao menos uma preparação, sem encher a cara. Estava completamente sem chão. Restava-lhe apenas encarar a "baranga" e dar o melhor de si. O tesão diminuia à medida que aumentava a preocupação. Será que vou "dar no couro?" O grande e comedor Mathias estava numa "sinuca de bico" e a poucas horas do momento derradeiro, lá no cacete de concreto.
Antes de passarem pela grande porta de acesso às entranhas do motel estava o bizarro cacete de concreto. Aquela imagem oprimiu ainda mais o coitado do Mathias, intimidando mais suas ações. "Putz, tô eu aqui com uma puta duma nordestina feiosa e depravada até a alma, num motel que tem um cacete de concreto na entrada. Pelo menos ela é gostosa pra cacete! É nisso que devo me concentrar: gostosa pra cacete, gostosa pra cacete, gostosa pra cacete..."
O mantra do Mathias até que funcionou bem, proporcionando uma noitada razoável com a nordestina. No entanto, o Mathias não conseguiu dar 100% do seu potencial. Operou à "meia-bomba". Também pudera, o sorriso da moça - quando lhe sorria com aquela carinha de cão judiado - combinado com a imagem perturbadora do cacete de concreto, que volta e meia vinha-lhe à mente, tornava difícil, quase impossível, manter a "postura ereta".
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Estranho o Internacional e o comportamento de sua torcida, na quarta. Tiveram uma noite de Mathias, contra o nordestino Sport. O time estava meio pregado (menos Guiñazú, óbvio) e a torcida estava "meia-bomba", quase broxando (É com x ou ch?). Tá certo que o Sport não é um bicho tão feio assim, mas está longe de ser uma gostosa e o Gigante, pelo que consta, não tem um cacete de concreto ornamentando sua entrada.