Eu era apenas um pré-adolescente quando meu pai comprou um vídeo-cassete Panasonic made in Paraguai. Detalhe: o vídeo era d`além Foz, mas era um legítimo quatro cabeças, o supra-sumo da tecnologia da época. Pelo menos foi o que garantiu o cara que vendeu a "geringonça" pro meu pai. O vídeo foi a sensação da família; da minha família e da "parentada" em geral - todo dia era primo, avó, tio, amigo, vizinho e por aí afora tentando descolar uma sessão de cinema grátis lá em casa.
Lembro até qual foi o primeiro filme que tiramos: Stallone Cobra, aquele que ele era um policial mau pra caralho (o Stallone sempre foi mau pra caralho!) e tinha um carrão cinza igualmente do caralho. A partir de então, eu tive acesso a todos os "clássicos" do cinema da época: A Volta dos mortos-vivos, De volta para o Futuro, O Exterminador do Futuro, Top Gun, Rambo, Encruzilhada, Conta Comigo, Comando Para Matar, Curtindo a Vida Adoidado, e uma infinidade de outros filmes.
Mas eu era um "gurizote" de 12 pra 13 anos e, vejam bem, era natural que minha curiosidade descambasse pro lado underground da sétima arte: o mundo maravilhoso da pornografia. A verdade é que eu estava louco para ver um "pornozão", afinal punheta era mato e eu precisava de estímulos extras pra fazer jus a tamanha energia. Eu queria muito ver "Surubas muito Especiais de um Bigode Filtrador". Sim, nomezinho de filme safado esse! Descobri na página de cinema do Correio do Povo, que trazia os nomes dos filmes e as cotações, que variavam de 0 a 5 estrelas, conforme a qualidade do filme.
Estranhamente, o "Surubas" não tinha estrela alguma. Lembro que estava passando O Selvagem da Motocicleta, estavam reapresentando Laranja Mecânica, Os Intocáveis... todos com cotações máxima. No entanto, Surubas e outros pornôs nada, nadica de estrelinha. E assim eu ia, entrava semana, saía semana, os filmes entravam e saíam igualmente de cartaz, mas Surubas continuava lá, firme.
Aquilo gerou em mim simpatia pelo filme e natural curiosidade pela temática da putaria e devassidão. Tinha que bolar um jeito de tirar o Surubas assim que fosse lançado em vídeo. Nunca tirei e tampouco assisti o famoso "Surubas muito Especiais de um Bigode Filtrador". Claro que descobri o mundo da sacanagem ainda pré-adolescente. Recordo do impacto do primeiro filme que assisti.
Recordo também de alguns títulos clássicos de putaria: Garganta Profunda, Gatas de Fino Trato, Garotas que dão o C... e a B..., Elas Relincham de Quatro, Rabo I, II, III, IV, Apocalipse Anal, entre outros. Os astros da época eram John Holmes (que envergava uma "benga" e 33 cm) e a depravadíssima Cicciolina. Pra ser sincero, nunca tive sequer coragem pra ir a uma locadora e retirar uma fita pornô e, ainda hoje, já velho e em processo de decreptação natural, só espio de soslaio as capas na sessão de sacanagem.
Além do mais, hoje existe a internet e dá pra ver sacanagem até enjoar, talvez por isso perdemos o interesse em filmes pornográficos. Até porque, depois de adulto é muito melhor fazer do que ver. É algo natural, fisiológico e estamos mentalmente e fisicamente preparados pra isso.
Confesso, no entanto, que putaria como aquela vista na quarta à noite, eu ainda não estava preparado. O Internacional foi pornográfico conosco.
Lembro até qual foi o primeiro filme que tiramos: Stallone Cobra, aquele que ele era um policial mau pra caralho (o Stallone sempre foi mau pra caralho!) e tinha um carrão cinza igualmente do caralho. A partir de então, eu tive acesso a todos os "clássicos" do cinema da época: A Volta dos mortos-vivos, De volta para o Futuro, O Exterminador do Futuro, Top Gun, Rambo, Encruzilhada, Conta Comigo, Comando Para Matar, Curtindo a Vida Adoidado, e uma infinidade de outros filmes.
Mas eu era um "gurizote" de 12 pra 13 anos e, vejam bem, era natural que minha curiosidade descambasse pro lado underground da sétima arte: o mundo maravilhoso da pornografia. A verdade é que eu estava louco para ver um "pornozão", afinal punheta era mato e eu precisava de estímulos extras pra fazer jus a tamanha energia. Eu queria muito ver "Surubas muito Especiais de um Bigode Filtrador". Sim, nomezinho de filme safado esse! Descobri na página de cinema do Correio do Povo, que trazia os nomes dos filmes e as cotações, que variavam de 0 a 5 estrelas, conforme a qualidade do filme.
Estranhamente, o "Surubas" não tinha estrela alguma. Lembro que estava passando O Selvagem da Motocicleta, estavam reapresentando Laranja Mecânica, Os Intocáveis... todos com cotações máxima. No entanto, Surubas e outros pornôs nada, nadica de estrelinha. E assim eu ia, entrava semana, saía semana, os filmes entravam e saíam igualmente de cartaz, mas Surubas continuava lá, firme.
Aquilo gerou em mim simpatia pelo filme e natural curiosidade pela temática da putaria e devassidão. Tinha que bolar um jeito de tirar o Surubas assim que fosse lançado em vídeo. Nunca tirei e tampouco assisti o famoso "Surubas muito Especiais de um Bigode Filtrador". Claro que descobri o mundo da sacanagem ainda pré-adolescente. Recordo do impacto do primeiro filme que assisti.
Recordo também de alguns títulos clássicos de putaria: Garganta Profunda, Gatas de Fino Trato, Garotas que dão o C... e a B..., Elas Relincham de Quatro, Rabo I, II, III, IV, Apocalipse Anal, entre outros. Os astros da época eram John Holmes (que envergava uma "benga" e 33 cm) e a depravadíssima Cicciolina. Pra ser sincero, nunca tive sequer coragem pra ir a uma locadora e retirar uma fita pornô e, ainda hoje, já velho e em processo de decreptação natural, só espio de soslaio as capas na sessão de sacanagem.
Além do mais, hoje existe a internet e dá pra ver sacanagem até enjoar, talvez por isso perdemos o interesse em filmes pornográficos. Até porque, depois de adulto é muito melhor fazer do que ver. É algo natural, fisiológico e estamos mentalmente e fisicamente preparados pra isso.
Confesso, no entanto, que putaria como aquela vista na quarta à noite, eu ainda não estava preparado. O Internacional foi pornográfico conosco.