segunda-feira, maio 05, 2008

62 Quatro vira. Oito acaba.

62
Somos e seremos surpreendidos por lesões e cartões durante toda a temporada, faz parte. Não é culpa do Gauchão e eu quero esse título. Não por rivalidade, é por vontade mesmo. Quero ganhar. Acompanhei, fui a todos os jogos, torci, e quero guardar mais essa. Adoro feijoada, mas não abandono o churrasco. O estado se motivou, é a competição que vigora nas ruas, conversas, amigos. É a realidade que vivo momentaneamente e não rejeito, desfruto.

Escrevi isso há duas semanas. Que doce realidade nesta segunda-feira de tempo feio em Porto Alegre. Mais feio ainda deve estar o clima em Caxias.
Que pena.
Lembro das sábias palavras do Guerrinha, há poucos dias, quando disse “Essa história de touca é igual à briga de vizinho, o cara apanha uma e pensa que toda vez que sair na rua vai apanhar do vizinho de novo. Até que uma hora bate e deu, acabou”.

E que surra... Bem dada.

Até o gol deles tivemos que fazer.

E foram cutucar onça com vara curta. Abençoado erro do Fernandão no Alfredo Jaconi. Não existe melhor combustível para alguém determinado: ser subestimado. Agora tá aí, mais um caneco ele ergue. E por falar em levantar a taça, reprovo a formação do triunvirato, a atitude dos três é desrespeitosa com os colegas, principalmente com dois deles: Guiñazu e Magrão, pulmão e cadência do Inter, respectivamente. Não acho digna a postura, é antipática e excludente. Fica aí meu manifesto.

Estamos todos de parabéns:
Índio - falhou depois marcou, nem liga Índiovéio, eles precisavam desse golzinho de consolo;
Orozco - apesar de não ter meu apreço, é justo reconhecer que foi bem;
Marcão - às vezes é um tanto inconseqüente, mas é dele a lateral esquerda;
Bustos - tá melhorando e segue na lista do crédito, grande jogada no gol do Nilmar;
Golden Boy - o que mais dizer?
Blá, blá blá e golaço do Alex;
Clemer agora trabalha no caixa, fecha a conta. E que categoria.
Dá-lhe Abelão, sequei lágrimas do meu amigo Nelson, muito emocionado com tua determinante participação.
Torcida - espetáculo à parte. Sem comentários.

Meio campo genial ganhou reforços, mas teve uma baixa. E a pergunta que não quer calar,
RAFAEL SEVERO, POR QUE NÃO COMPRA UM CELULAR?!
Para os amigos desentendidos, nosso poeta BV não tem telefone móvel, por convicções de artista. Sendo assim foi impossível localizá-lo, diante da confusão em meio ao mar vermelho, no dia em que quatro virou, oito acabou.

Sigo nas minhas convicções: temos grupo, Danny Moraes é o primeiro volante e Fernandão é o cara. Insisti nessas três questões. Nos momentos de dúvidas generalizadas em função de algumas derrotas, afirmei confiança na equipe, mesmo ciente das fragilidades e justamente por acreditar no conjunto. Ao me despedir do amado brucutu, este era meu candidato número um, ainda falei no Sandro e não desmereço Jonas, mas Danny era o preferido. E quando surgiram críticas ao Capitão, saí em defesa da qualidade ímpar desse jogador. Até aqui não mordi a língua. Comemorei e muito, exatamente como eu queria.

Campeão Gaúcho 2008. E segue o baile.