Os mais novos e modernos estádios de futebol do mundo têm emprestado seus nomes para grandes empresas, em troca de recursos financeiros. É assim com o Emirates Stadium, na Inglaterra, e também com a Allianz Arena, na Alemanha. Aqui no Brasil, essa tendência já chegou, mais especificamente em Curitiba, com a Kyocera Arena. Contudo, tenho minhas dúvidas se essa moda pegará pra valer aqui abaixo do equador.
Ocorre que não só no Brasil, como em outros países da América Latina, muitos dos mais famosos estádios de futebol que já têm nome próprio, acabam sendo conhecidos mesmo pelos seus apelidos. É assim com o Mário Filho (Maracanã), o Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) e também com o nosso querido José Pinheiro Borda (Beira-Rio). O próprio estádio do Atlético Paranaense é mais conhecido como Arena da Baixada que pelo nome de seu patrocinador.
Só que nesta semana, eu quero que o Inter inverta essa tendência sul-americana, concentrando-se no nome real do estádio em que vai jogar. Tenho certeza de que nenhum jogador colorado sabe, mas a partida desta quinta-feira será jogada no Estádio Alberto J. Armando, em Buenos Aires. Eu também não sabia, pesquisei na internet antes de escrever este texto. Mas por que o fiz?
O fiz para dizer que a Bombonera não passa de um apelido em torno do qual se criou um mito. Basta falar em Bombonera para que muitos mudem o seu semblante e façam referência a um local sagrado, tal qual algum religioso fanático faça diante de um templo idolatrado. Vá lá, admitamos que essa mística tem alguma razão de ser. De fato o Boca Juniors dificilmente é eliminado em seus domínios. Não sei se algum time brasileiro já o fez, talvez o Santos de Pelé. Tudo bem, mas e daí?
O fato é que o monstro reside na mente de quem o teme. A Bombonera pulsa só na cabeça de quem isso admite. É um cachotão alto com uma torcida fanática? Sim, isso lá é. Mas dentro das quatro linhas, a questão se resolve mesmo é no jogo de bola. A menos, é claro, que se permita que a torcida local faça do campo de jogo uma praça de guerra e participe da partida atirando bombas no gramado. Nós, mesmos, colorados, já vimos isso acontecer em 2004. Mas de uns tempos pra cá, até mesmo o Boca Juniors foi punido com perda de mando de campo e esse tipo de agressão não tem mais ocorrido.
Ademais, convenhamos, não se trata mais daquele timaço de 2004/2005. Abbondanzieri, Gago, Insúa e Carlitos Tevez já não estão mais por lá. Hoje eles ainda têm Palácio e Palermo, além do repatriado Riquelme, mas ao que tudo indica, nenhum destes deverá jogar contra o Inter. Além disso, ainda que não tenhamos um goleiro afirmado e laterais de confiança, um time que tem zagueiros com o currículo e a experiência de Índio e Bolívar, um meio com Guiñazú, Magrão e D’Alessandro e um ataque com Nilmar e Alex, não pode deixar de buscar uma classificação tendo dois gols de vantagem e o saldo qualificado a seu favor.
Não quero, com isso, dizer que será fácil, pois não há vitória sem luta e respeito muito esse time que já meteu quatro no atual campeão da Libertadores. Mas o que quero enfatizar é que não podemos jogar na Bombonera como quem vai jogar num castelo mal-assombrado. É tudo uma questão de ponto de vista, ou melhor, é tudo psicológico.
Nesta quinta-feira, quero que todos os colorados se concentrem no jogo que será disputado no Estádio Alberto J. Armando, não na Bombonera. Não estou querendo mudar a realidade, tentar fazer de algo aquilo que não é. Pelo contrário, o lugar da partida é o mesmo, o adversário é o mesmo, mas a forma como vamos encará-los é o que definirá a nossa postura em campo e, estou convencido, será essa postura que vai definir, ao final, o resultado de mais esse embate entre colorados e xeneises.
Afinal, não somos nós que temos propensão a acreditar em contos de fadas ou histórias da carochinha. Colorado que se preza não acredita no sobrenatural nem em morto-vivo. Aliás, o último com um apelido parecido que apareceu no Beira-Rio tomou de quatro e, pelo jeito, não achou mais o rumo de casa.
Então, nesta quinta-feira, não tem nada de fantasma nem de mística da Bombonera. O colorado que já matou um Campeão do Mundo em seus domínios e um Campeão Europeu em Yokohama vai com o que tem de melhor no momento, pra cima desse Boca Juniors. Vamos jogar bola, vamos buscar um resultado favorável e a tão desejada classificação. Pois estamos recém no início de novembro e eu ainda quero dar mais uma boa viajada pela América até o fim deste ano.
Baita abraço a todos!
Ocorre que não só no Brasil, como em outros países da América Latina, muitos dos mais famosos estádios de futebol que já têm nome próprio, acabam sendo conhecidos mesmo pelos seus apelidos. É assim com o Mário Filho (Maracanã), o Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) e também com o nosso querido José Pinheiro Borda (Beira-Rio). O próprio estádio do Atlético Paranaense é mais conhecido como Arena da Baixada que pelo nome de seu patrocinador.
Só que nesta semana, eu quero que o Inter inverta essa tendência sul-americana, concentrando-se no nome real do estádio em que vai jogar. Tenho certeza de que nenhum jogador colorado sabe, mas a partida desta quinta-feira será jogada no Estádio Alberto J. Armando, em Buenos Aires. Eu também não sabia, pesquisei na internet antes de escrever este texto. Mas por que o fiz?
O fiz para dizer que a Bombonera não passa de um apelido em torno do qual se criou um mito. Basta falar em Bombonera para que muitos mudem o seu semblante e façam referência a um local sagrado, tal qual algum religioso fanático faça diante de um templo idolatrado. Vá lá, admitamos que essa mística tem alguma razão de ser. De fato o Boca Juniors dificilmente é eliminado em seus domínios. Não sei se algum time brasileiro já o fez, talvez o Santos de Pelé. Tudo bem, mas e daí?
O fato é que o monstro reside na mente de quem o teme. A Bombonera pulsa só na cabeça de quem isso admite. É um cachotão alto com uma torcida fanática? Sim, isso lá é. Mas dentro das quatro linhas, a questão se resolve mesmo é no jogo de bola. A menos, é claro, que se permita que a torcida local faça do campo de jogo uma praça de guerra e participe da partida atirando bombas no gramado. Nós, mesmos, colorados, já vimos isso acontecer em 2004. Mas de uns tempos pra cá, até mesmo o Boca Juniors foi punido com perda de mando de campo e esse tipo de agressão não tem mais ocorrido.
Ademais, convenhamos, não se trata mais daquele timaço de 2004/2005. Abbondanzieri, Gago, Insúa e Carlitos Tevez já não estão mais por lá. Hoje eles ainda têm Palácio e Palermo, além do repatriado Riquelme, mas ao que tudo indica, nenhum destes deverá jogar contra o Inter. Além disso, ainda que não tenhamos um goleiro afirmado e laterais de confiança, um time que tem zagueiros com o currículo e a experiência de Índio e Bolívar, um meio com Guiñazú, Magrão e D’Alessandro e um ataque com Nilmar e Alex, não pode deixar de buscar uma classificação tendo dois gols de vantagem e o saldo qualificado a seu favor.
Não quero, com isso, dizer que será fácil, pois não há vitória sem luta e respeito muito esse time que já meteu quatro no atual campeão da Libertadores. Mas o que quero enfatizar é que não podemos jogar na Bombonera como quem vai jogar num castelo mal-assombrado. É tudo uma questão de ponto de vista, ou melhor, é tudo psicológico.
Nesta quinta-feira, quero que todos os colorados se concentrem no jogo que será disputado no Estádio Alberto J. Armando, não na Bombonera. Não estou querendo mudar a realidade, tentar fazer de algo aquilo que não é. Pelo contrário, o lugar da partida é o mesmo, o adversário é o mesmo, mas a forma como vamos encará-los é o que definirá a nossa postura em campo e, estou convencido, será essa postura que vai definir, ao final, o resultado de mais esse embate entre colorados e xeneises.
Afinal, não somos nós que temos propensão a acreditar em contos de fadas ou histórias da carochinha. Colorado que se preza não acredita no sobrenatural nem em morto-vivo. Aliás, o último com um apelido parecido que apareceu no Beira-Rio tomou de quatro e, pelo jeito, não achou mais o rumo de casa.
Então, nesta quinta-feira, não tem nada de fantasma nem de mística da Bombonera. O colorado que já matou um Campeão do Mundo em seus domínios e um Campeão Europeu em Yokohama vai com o que tem de melhor no momento, pra cima desse Boca Juniors. Vamos jogar bola, vamos buscar um resultado favorável e a tão desejada classificação. Pois estamos recém no início de novembro e eu ainda quero dar mais uma boa viajada pela América até o fim deste ano.
Baita abraço a todos!