Eletrocardiograma. Acho que esta é a melhor definição para o Internacional no ano de 2008. Mas por quê? Muitas são as explicações, as opiniões, as teses, mas poucas ou raríssimas, me parecem bem fundamentadas. No ano em que começamos montando um dos melhores times do país, sonhando com a vaga na libertadores 2009 já no primeiro semestre, e acreditando que atingiríamos a marca dos 100 mil sócios ainda em 2008, chegamos no dia 6 de novembro, ou seja, faltando um mês pra terminar o ano futebolístico e ainda ouvimos o nosso treinador dizer que o time está em formação. Mas o que que aconteceu? Alguém pode me explicar? Se não vejamos:
07 de janeiro - Inter x Internazionale: depois de vencermos o campeão alemão no nosso primeiro jogo na temporada, terminamos a primeira semana do ano vencendo o bicampeão italiano, e levantando a primeira taça na temporada. Foram dois jogos fantásticos do colorado, nos fazendo acreditar que teríamos um ano mágico.
24 de abril – Inter X Paraná: depois de um início de gauchão complicado e duas partidas na Copa do Brasil só pro gasto, chegamos a terceira fase e perdemos o jogo de ida por dois a zero. Porém, no jogo da volta, vimos o gigante rugir pela primeira vez em 2008, com mais de 40 mil pessoas empurramos o Inter para aquela que parecia ser a partida que nos levaria ao bi da Copa do Brasil. Foi 5 a 1 e poderia ter sido mais. Parecia que as coisas estavam estavam no lugar.
04 de maio – Inter x Juventude: num domingo chuvoso em Porto Alegre, vimos os guerreiros colorados voltarem a campo de branco, pra jogar uma partida histórica. Destroçamos a touca, humilhamos a papada e levantamos a segunda taça na temporada. Era a volta da hegemonia vermelha no Rio Grande. Parecia que vinha mais pela frente.
23 de julho Inter x São Paulo: já havia acabado o sonho de ser campeão do Brasil, não tinhamos mais Fernandão nem Abel e o brasileirão começava muito mal. Mas naquela noite fria de julho vimos a primeira grande atuação do Nilmar no brasileirão e parecia que o time tinha “encaixado” e que agora ia. Foi 2 a 0 no São Paulo ao natural.
28 de setembro – Inter x grêmio: jogamos nossas últimas fichas no brasileirão 2008 naquele que foi anunciado como o grenal do século XXI. E valeu a pena. Simplesmente destroçamos o grêmio, tiramos eles da liderança e voltamos a sonhar com a vaga na libertadores. Ainda tinhamos chances.
06 de novembro – Inter x Boca Juniors: poderiamos ter entrado de férias muito antes do esperado. Não tinhamos mais nenhuma chance no campeonato brasileiro e tínhamos uma decisão na Bombonera. E outra vez, o time correspondeu. Jogou muita bola, vencemos o temido boca e sua caixa de bombom e vimos renascer a esperança de voltarmos a ser campeões em 2008. E agora, será que vai?
Fiz este relato daqueles que foram nossos principais jogos em 2008 só para provar que temos time capaz de vencer o campeão alemão, o campeão italiano, o líder do argentino e os 3 primeiros colocados do brasileirão. E por que não conseguimos vencer o Ipatinga, o Náutico e a Portuguesa? Por que este time que vence e joga bem quando não acreditamos mais não conseguiu vencer o Santos e o Figueirense no Beira-Rio e foi ser goleado pelo Vasco? Eu juro: por mais que eu tente, não consigo entender. Por favor, alguém pode me explicar?