Cada qual com sua filosofia. Eu não consigo me imaginar morando numa casa muito grande, ou tendo um iate, acho que nunca terei um iate. Mas eu posso me imaginar com filhos criados e viajando uma vez por ano pra qualquer lugar pitoresco. Eu não me imagino rica no futuro, se não almejo outras conquistas como, sei lá, reconhecimento, é porque tenho a resignação de pobre e nem sei. Pra falar bem a verdade, nem me apetece muito aquele tipo de prato pronto com molhos fortes e adornos visuais. Adoro um feijãozinho.
Jogador de futebol nos tempos modernos troca de clube por um principal motivo, o salário. A gente entende, não condena e deseja sorte. Mas quando um sujeito opta pela camisa, ambiente e torcida, conquista um respeito de ídolo que não há como comprar. Eu prefiro Guiñazu a Jorge Wagner.
A gente escolhe o que vai sendo na vida, embora não tenhamos toda consciência disso em cada atitude. Daí tudo se mistura, o que desejamos, sonhamos, com o que somos e não percebemos que somos. E segue o baile, num compasso entre agir e reagir.
No fim a gente conclui algo que deve estar presente nas próximas eleições coloradas, é mais importante produzir que possuir. O legado é mais importante que o indivíduo. E o seu foi grande, Arthur Dallegrave. Que os mais moços entendam a velha frase marcada em sua trajetória, dessa vida nada se leva. Melhor pensar no que fica.
Vá em paz. Grata por tudo que nos deixou.