terça-feira, novembro 11, 2008

30 Mexicanos

30
Na Libertadores de 2006 enfrentamos os mexicanos do Pumas na primeira fase. Duas vitórias, ambas de virada, foram fundamentais para a classificação em primeiro do grupo e com a segunda melhor campanha geral da primeira fase. O Pumas era o vice-campeão da Sul-Americana, tendo perdido o título para o Boca Juniors na Bombonera. Foram partidas difíceis para o Inter, especialmente a do Beira-Rio, na qual o time protagonizou uma das viradas mais emocionantes que já tive o privilégio de assistir.

No ano seguinte, enfrentaríamos outro mexicano, o Pachuca. Este, não apenas vice, mas campeão da Copa Sul-Americana, razão pela qual se credenciou para disputar a Recopa. Dois jogos bastante distintos marcaram aquela competição, com uma derrota por 2 a 1 em solo mexicano e uma arrasadora vitória de 4 a 0 no Beira-Rio. Mais uma vez o Inter superava um time mexicano em busca de um título oficial da Conmebol.

Mas também na Copa do Mundo de Clubes de 2006, embora não tenhamos jogado contra nenhuma equipe mexicana, é inegável que a participação do América, enquanto campeão da Concacaf, ficou marcada e será sempre lembrada quando se falar do título mundial colorado. Alguns torcedores até sonhavam com a possibilidade do América eliminar o Barcelona na semifinal, vislumbrando a possibilidade de uma final menos dramática para o Inter. Contudo, a goleada sofrida pelos mexicanos diante do time catalão só aumentou a dramaticidade da finalíssima.

Bueno, eis que estamos em busca de mais um título internacional inédito e, de novo, nos deparamos com um time mexicano: o Chivas Guadalajara. Eu já torci para o Chivas. Foi em 2006, na semifinal da Libertadores, contra o São Paulo, mas eles não fizeram frente. Eu gostaria que o Inter fizesse a final conta os mexicanos pois, além de teoricamente mais fracos que o tricolor paulista, mesmo em caso de um indesejado vice cameponato colorado naquela competição, representaríamos o continente no Japão. Hoje, olhando para trás, vejo que tudo que ocorreu só valorizou ainda mais as conquistas coloradas.

Esse Chivas de hoje tem uma campanha curiosa na Sul-Americana: três empates, todos em casa, e três vitórias, todas como visitante. Tomou gols em todas as partidas e, nas que venceu, o fez sempre por apenas um gol de diferença. Pelo pouco que pude ver dessa equipe, é um time leve e ofensivo, mas não chega a ser um primor técnica e taticamente falando.

No jogo de amanhã, espero que o Inter mantenha a postura com a qual jogou na Bombonera. Jogando com maturidade e inteligência e, também, sempre com o regulamento de baixo do braço. Digo mais, esse time do Inter, que muitas vezes passa a impressão de que só joga quando quer e que, quando quer, joga muito, tem plenas condições de voltar do Estádio Jalisco com alguma vantagem. É o que quero e é o que espero.

Baita abraço a todos!