Senhores,
não cumpri minha promessa do Mundial. Não a cumpri. Eis a causa de tudo. Do semestre perdido. Só pode ser. Não é direção, treinador nem time ruim. Foi isso. Não cumpri minha promessa do Mundial.
A história começou na própria final da América, quando eu e mais um grupo de amigos embriagados, lá pelos 43 do segundo tempo, começamos a vender nossa alma ao diabo. "Não vou mais beber", dizia um. "Dois meses sem sexo", o outro.
Eu, mais realista, disse que faria o caminho da Nossa Senhora do Caravaggio, de Caxias a Farroupilha, a pé. "De a pé?", como diria a Dona Rosa, que trabalha para minha avó. "Sim, senhora". Caminhando, walking, um passo depois do outro.
O pessoal à volta reviu suas promessas de imediato. "Barbada, uma caminhadinha". E ficou combinado.
Mas o troço foi sendo adiado. Ninguém ia. Nem eu tomava a iniciativa.
Começaram a sair jogadores. Tinga, Bolívar, Sobis, Jorge Wagner... "Não vai dar com esse time"
E aí surgiu Pato Alexandre. Uma esperança. E aí que eu fiquei preocupado. "Tenho que cumprir a promessa antes do Mundial". Ao menos antes da final.
E foi no dia 16 de dezembro de 2006, às 13h, debaixo de um sol de 40ºC em Porto Alegre, que falei pro meu pai que não havia cumprido a tal da promessa. "Bah, mas nesse calor, Dudu?". "Nesse mesmo, véio...".
"Foi?"
E fomos. E eu caminhei sozinho naquela lua, por 18 km, com caminhões passando a meio centímetro, com os tênis fritando, tudo pelo amor ao Internacional.
Levou umas 2h30min. Lá cheguei, agradeci a Santa pela América e prometi que voltaria se ela trouxesse o mundo aos nossos pés.
E trouxe, no dia seguinte, com um gol do Gabiru. Só a Santa mesmo.
Mas não voltei lá. Esse o problema.
É por isso que, independentemente do jogo de hoje à noite, preciso cumprir minha promessa. Já pedi à Santa que me dê um adiantamento, um empatezinho hoje. Sei que ela confia na minha palavra. Ela sabe que vou cumprir a promessa.
Vou lá de novo no sábado, saída pela manhã, quem quiser ir está convidado, só temos que combinar o ponto de encontro para fazermos a carreata.
Aos colorados que ainda não cumpriram suas promessas do Mundial, conclamo que as cumpram de imediato, por mais difíceis que sejam. Um bem maior está em jogo!
Só pode ser isso. Não tem outra explicação racional.
não cumpri minha promessa do Mundial. Não a cumpri. Eis a causa de tudo. Do semestre perdido. Só pode ser. Não é direção, treinador nem time ruim. Foi isso. Não cumpri minha promessa do Mundial.
A história começou na própria final da América, quando eu e mais um grupo de amigos embriagados, lá pelos 43 do segundo tempo, começamos a vender nossa alma ao diabo. "Não vou mais beber", dizia um. "Dois meses sem sexo", o outro.
Eu, mais realista, disse que faria o caminho da Nossa Senhora do Caravaggio, de Caxias a Farroupilha, a pé. "De a pé?", como diria a Dona Rosa, que trabalha para minha avó. "Sim, senhora". Caminhando, walking, um passo depois do outro.
O pessoal à volta reviu suas promessas de imediato. "Barbada, uma caminhadinha". E ficou combinado.
Mas o troço foi sendo adiado. Ninguém ia. Nem eu tomava a iniciativa.
Começaram a sair jogadores. Tinga, Bolívar, Sobis, Jorge Wagner... "Não vai dar com esse time"
E aí surgiu Pato Alexandre. Uma esperança. E aí que eu fiquei preocupado. "Tenho que cumprir a promessa antes do Mundial". Ao menos antes da final.
E foi no dia 16 de dezembro de 2006, às 13h, debaixo de um sol de 40ºC em Porto Alegre, que falei pro meu pai que não havia cumprido a tal da promessa. "Bah, mas nesse calor, Dudu?". "Nesse mesmo, véio...".
"Foi?"
E fomos. E eu caminhei sozinho naquela lua, por 18 km, com caminhões passando a meio centímetro, com os tênis fritando, tudo pelo amor ao Internacional.
Levou umas 2h30min. Lá cheguei, agradeci a Santa pela América e prometi que voltaria se ela trouxesse o mundo aos nossos pés.
E trouxe, no dia seguinte, com um gol do Gabiru. Só a Santa mesmo.
Mas não voltei lá. Esse o problema.
É por isso que, independentemente do jogo de hoje à noite, preciso cumprir minha promessa. Já pedi à Santa que me dê um adiantamento, um empatezinho hoje. Sei que ela confia na minha palavra. Ela sabe que vou cumprir a promessa.
Vou lá de novo no sábado, saída pela manhã, quem quiser ir está convidado, só temos que combinar o ponto de encontro para fazermos a carreata.
Aos colorados que ainda não cumpriram suas promessas do Mundial, conclamo que as cumpram de imediato, por mais difíceis que sejam. Um bem maior está em jogo!
Só pode ser isso. Não tem outra explicação racional.