quarta-feira, maio 09, 2007

56 MATA MATA SEMI-FINAL # 1

55
"And then there were Four". Chegamos aos 4 Finalistas! Bloguistas 4, 6, 8 e 13 estão de parabens pois estão todos invictos nessa bela disputa. Mas essa invencibilidade acabará hoje para um dos Bloguistas. Quem será o Primeiro Finalista? A Decisão está em suas mãos! Daqui a uns dias teremos o novo Bloguista do Blog Vermelho.


BLOGUISTA # 8

HERÓI?

Em esportes coletivos, apesar de prevalecer o conjunto, há os atletas que se destacam entre os demais. Podemos citar alguns personagens determinantes na conquista dos títulos de 2006.
Tinga, motorzinho, jogador de características inigualáveis no futebol brasileiro e mundial. Corre muito, marca mais ainda, chega com qualidade à frente e agüenta até o fim – a menos que seja expulso. Obrigado Jesus, dizia o Muricy quando viu aquele segundo cartão amarelo.

Rafael Sóbis, das vaias ao delírio. Já em 2005 brilhou numa “final” fora de casa, no Pacaembu, fez um golaço. No ano seguinte concluiu o Doutorado no mesmo tema, arrasou o Morumbi. Não foge da luta em momentos de pressão, ao contrário, é quando mais aparece.

Jorge Wagner deixou mais viúvas pela precariedade dos reservas que pela supremacia de seu bom futebol. Meia de origem, sempre teve dificuldade em fazer a principal função de um lateral, ir no fundo e cruzar, no entanto, compensava essa carência com as cobranças de falta. O caso nunca explicado Chiquinho e com o que temos atualmente, só nos resta dizer: que saudade do Jorge Wagner.

Bolívar, Eller e Índio. General, Soldado e Índiovéio, que literalmente deu o sangue pelo colorado e substituiu a altura o zagueiro destaque da Libertadores. Pelas recentes declarações, Fabiano Eller, que nos deixou aos prantos, a mercê de Ediglê, não é digno de mágoa, pois o que pra nós é paixão pra ele é profissão. Mas a corneta merece: calado é um poeta.

Edinho, Guerreiro. Brucutu de carteirinha. É a raça.
Iarley, o Gigante de um metro e meio. A corridinha de costas do Puyol chegou a ser ridícula.
Clemer, meu negócio é decisão.

Fernandão, O Capitão. Veio predestinado aos títulos, marcou o gol mil em grenais logo de cara. O cabeceio é um chute. Da sua galeria, meu tipo de gol preferido é o de voleio, daqueles no rebote. Trouxe de volta aos colorados o futebol elegante de Falcão e o comando de campeão. O rival olha pro F9 e pensa, que merda esse cara...

Quem não disse “agora fudeu” quando o astro saiu de campo em Yokohama? E quem não disse “agora fudeu mais ainda” quando viu o substituto? Não sei se pra contradizer toda e qualquer estatística, ou então relembrar o erro de Golias que subestimou Davi, herói não é necessariamente o mais forte, temido, é quem salva a pátria. Se a saga épica fosse contada por Érico Veríssimo, teríamos o gol lendário feito pelo Capitão, mas foi escrita por Nelson Rodrigues, A Vida Como Ela É.

Isso tudo já é passado alvi-rubro, eu sei, agora é Brasileirão. Dois anos batendo na trave e um início de temporada complicado dão a fórmula da vontade ao grupo e assim novos protagonistas irão surgir. Só quero que lembrem todos, por mais que exaltemos os ídolos, que foram ou aí estão, as promessas como Alexandre Pato, a inovação na figura do técnico Gallo, a valentia do Vargas, a expectativa pelo futebol do Pinga e a oportunidade que estão tendo Titi, Perdigão e Renan, quem cravou seu nome em nossa memória como (anti) herói colorado foi ele, o jogador que no apelido traz o nome de um rato preto típico do Nordeste brasileiro: Gabiru.

Anda com fé e boa sorte Adriano.

BLOGUISTA # 6

Domingo eu vou para o Beira-Rio


Existem poucas paisagens mais lindas em Porto Alegre do que o parque Marinha ensolarado, com o Guaíba esperando o sol se pôr. Mais linda ela fica com uma multidão de vermelho e branco, rumando na direção que aponta a bandeira. Depois de atravessar as árvores e estátuas do parque, ou dobrar a Padre Cacique na curva que não nos permite ver o final, a imponência do Templo sagrado, de colorado concreto. Vindo da Zona Sul, a imagem é igualmente incrível. Entre subidas e descidas, a companhia inesgotável do Guaíba à esquerda se despede de nós apresentando o seu irmão mais glorioso e vencedor. Um estádio no qual coube a América na noite fria de 16 de agosto, e que recebeu o mundo inteiro nos dias quentes de dezembro.

Não foram poucas as vezes que adentrei o Templo em dias de domingo. O sol escaldante tornou populoso o espaço atrás do gol em um Inter X Juventude de 2003, campeonato gaúcho, cimento da bancada fritando a 43 graus. Meu rosto foi queimado pelo astro-rei e molhado pela água do caminhão de bombeiros. Água essa que desabou do céu no Inter X Cruzeiro de 2000 - foi numa quarta-feira, mas o público era de domingo. Uma gota sapeca pingou no rosto de Hiran no exato momento que a bola de Oséas picava na sua frente. Parte do jogo, e da natureza. Pois se não fosse um singelo raio de sol a desobedecer a retranca das nuvens, o gol de Figueroa em 1975 não seria tão iluminado.

Domingos felizes, como os três campeonatos dos anos 70, onde a Taça Brasil chegou ao Beira-Rio para nunca mais sair. Domingos tristes, como o dia em que o Bahia mostrou o poder de Bobô, Zé Carlos e da macumba, na final de 1988. Outros dias de semana também foram muito importantes, mas não têm o mesmo significado do domingo de futebol. Quando a família vai no campo, a mãe compra pipocas e pastéis, enquanto o pai ensina para o guri mais novo a regra do impedimento. Quando a gurizada pode tomar umas e outras depois da vitória sem se preocupar com o último ônibus. Quando a Popular e a 12 podem ficar a manhã toda preparando a festa da entrada em campo, enquanto arrecadam uns pilas para o ingresso com o tiozão que saiu da loja de sacola cheia. Quando o cara que levou a mina que não gosta de futebol pode fazer uma média mostrando o pôr-do-sol na hora do intervalo.

Este domingo é dia de futebol. O nosso Inter pega o Botafogo no dia das mães. Vamos ao campo? Para esquecer a cobertura que a imprensa fez da festa deles pelo regional? Para apoiar o time numa estréia vitoriosa, como não acontece desde 98? Para tirar o dia celebrando nossos dois amores eternos, a mãe e o Inter? Para aproveitar o domingo, que fica sempre mais bonito com a camisa vermelha?

É claro que vamos. Começa às 16h. Procura não te atrasar. Deixa a cerveja a mais de depois do churrasco para depois da vitória.

CURTAS:
- O Cruzeiro quer nos vender André Luís. Um zagueiro-zagueiro, vindo de Bagé.
- Começou no Guarany, foi pro Santos, pro Benfica e não tá bem no Cruzeiro. Talvez se dê melhor jogando no time que sempre torceu, desde pequeno.
- O Cruzeiro quer o Mossoró em troca também. Eu trocaria sem pestanejar.
- Mossoró precisa evoluir muito ainda, André Luís é um jogador pronto e fecha a nossa zaga.
- Chegou Adriano, atacante. O carnê é bom, 13 gols em 17 jogos pelo paranaense. Bom reserva.
- Ficamos à espera também do Rosinei, do Triguinho e do Magrão. Pelo menos as especulações estão aparecendo, coisa que não acontecia no início do ano.
- Um grande domingo de futebol a todos nós.